sábado, 25 de fevereiro de 2017

The Exploited: homem é morto após tentar impedir saudação nazista

De acordo com o Life.ru, Igor, 27 anos de idade, foi morto à facadas durante um show do The Exploited no clube Cosmonaut em St. Petersburg, na Rússia, no último sábado. O crime aconteceu do lado de fora do local onde a banda se apresentava. Ao que consta, ele entrou em confronto com um grupo de neonazistas que faziam a saudação "sieg heil", usada pelos simpatizantes da causa nazista. Igor foi socorrido mas morreu no hospital e a polícia está investigando quem seriam os envolvidos. A banda soltou uma nota mandando condolências para a família do rapaz, dizendo que espera que encontrem os culpados e deixou claro que "Punks e skins nazistas NUNCA SÃO bem vindos em seus shows".


Fonte: Whiplash.net

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Marilyn Manson: "Sou o monstro do Lago Ness! Sou o Bicho Papão!"


"O Christian Coalition disse que eu joguei filhotes e cocaína para o público e mandei que eles matassem os cachorrinhos e usassem a droga, quando, em verdade, EU NUNCA MACHUQUEI UM ANIMAL E EU NÃO JOGO FORA DROGAS DE GRAÇA."
"Algumas pessoas pensam que eu sou o tipo de rock star que fez cirurgia para fazer sexo oral consigo mesmo. Sendo sincero, EU NÃO GOSTARIA DE CHUPAR O MEU PINTO. Ele esteve em muitos lugares sujos."

"E também há o boato de eu ter participado do Mr. Belvedere. Eu nunca sequer assisti a esse programa. Eu espero que o ator verdadeiro esteja usando esse rumor para fazer sexo."
"E eu ouvi dizer que eu sou um nazista e que eu fui criado em um laboratório. A VERDADE É MAIS CHOCANTE: Eu já cheirei grande quantidade de tudo. Eu já bebi lama. Eu poderia contar a você desventuras sexuais que fariam você começar a beber.
Mas o mais assustador sobre mim é que EU TENHO MAIS MORTES EM MEUS ÁLBUNS DO QUE QUALQUER OUTRA PESSOA."

"Nestes dez últimos anos, eu tenho sido apontado, mais do que qualquer um, como a causa da violência nas escolas. Mais que o Ozzy ou Judas Priest. Eu descobri que os assassinos não têm aparecido na imprensa nacional porque eu estou associado a todos os assassinatos. Isto é estranho – MARILYN MANSON É UM VILÃO CRIADO PELAS PESSOAS QUE PRECISAM QUE ELE EXISTA PARA EXPLICAR OS PROBLEMAS PELOS QUAIS ELES MESMOS SÃO RESPONSÁVEIS."

[Os gritos abafados de uma mulher são escutados ao fundo]
"Você escutou isso? Eu posso começar uma nova lenda agora mesmo. EU SOU O ROQUEIRO MONSTRO DO LAGO NESS, EU SOU O BICHO-PAPÃO."
MARILYN MANSON


Fonte: Whiplash.net

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Max Cavalera: comparando a cena metal de hoje com a de 30 anos atrás

Durante conversa com o Exclaim, Max Cavalera falou sobre a emoção de descobrir bandas novas: "Quando estávamos envolvidos no underground da troca de fitas, trocávamos material com caras do Mayhem, Death, Morbid Angel e Kreator. Acho que aquele espírito se mantém vivo até hoje. Tipo quando você sai procurando bandas novas. Eu estou sempre atrás de coisas novas, e quando acho algo que gosto vou atrás e troco ideia com os caras, compro as camisetas, quero representá-los, quero usar suas camisetas. Este é o espírito underground. É uma escolha. Você pode deixar ele morrer e ser como aqueles caras das antigas que envelhecem e não gostam de nada novo e vivem apenas do passado 'Oh, os velhos bons tempos'. Foda-se os tempos gloriosos! Estamos vivendo tempos gloriosos hoje, as coisas são tão boas quanto há vinte ou trinta anos atrás. Viver isto é uma questão de escolha individual. E escolhemos viver assim, conhecendo coisas novas e nos envolvendo com bandas novas, coisa que adoro fazer, não troco isto por nada.

Fonte: Whiplash.net

18/06/17 - Moonspell (Fortaleza - CE)

Fonte: Whiplaash.net

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Body Count: veja capa do novo álbum, "Bloodlust"




Este é o "Bloodlust", novo álbum do Body Count, a banda de metal do artista de hip-hop, ator e diretor Ice-T, que sai no dia 31 de março, e conta com a participação especial de Max Cavalera, Dave Mustaine e Randy Blythe, do Lamb Of God. O primeiro single, "No Lives Matter", sai no dia 17 de fevereiro.

Fonte: Whiplash.net

13/05/17 - Sonata Arctica (Fortaleza - CE)



Fonte: Whipash.net

05/03/17 - Belphegor (Recife - PE)

Domingo 5 de Março de 2017
Abertura da casa 17h - Belphegor 19h
Local: Teatro da Boca RIca
Rua - Dragão do Mar 260, Beira Mar

Ingressos promocionais R$70,00
Segundo Lote R$85,00
na Porta R$100,00

Fonte: Whiplash.net

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Overkill: The Grinding Wheel na zona de conforto

No dia 10 de fevereiro de 2017 é lançado pela gravadora Nuclear Blast o décimo oitavo álbum de estúdio da banda americana OVERKILL, “The Grinding Wheel”. Se você espera encontrar peso e fidelidade ao estilo da banda, você irá encontrar, porém nada mais que isso. O OVERKILL vem mantendo um padrão de composição musical desde “Ironbound”, mas imagino eu que por estarem lançando álbuns com pouco intervalo de tempo, as composições vem perdendo um pouco de qualidade. Claro que o disco está longe de ser ruim, porém confesso que como fã, esperava algo no mínimo no nível dos ótimos “Ironbound (2010)” e “Eletric Age (2012)”.



Fonte: whiplash.net

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Rock in Rio: Alice Cooper, Aerosmith e Billy Idol no mesmo dia, diz jornalista

Embora ainda não tenha sido anunciado oficialmente pela produção do Rock in Rio, o jornalista José Norberto Flesch informa que Alice CooperAerosmith e Billy Idol se apresentarão no mesmo dia, 21 de setembro. Curiosamente Alice mantém com Joe Perry, do Aerosmith, o projeto Hollywood Vampires, que participou da edição passada do Rock in Rio.

Fonte: Whiplash.net

Cronos N.T: confira a cara nova do mascote "Cronovaldo"

O mascote que existe desde 2015, ano onde a banda lançou seu primeiro registro de estúdio, a demo "Web of Lies", foi criado pelo ilustrador paulista Cleyton Amorim para estampar as primeiras peitas da banda, devido a finalidade o mascote foi apresentado bicromático, para em 2017 ser revitalizado, ganhando uma nova pintura feita pelo próprio vocalista.


Fonte: Whiplash.net

Iron Maiden: banda pode vir ao Brasil e trazer o Ghost na bagagem?


A imagem abaixo foi compartilhada pelo Iron Maiden em seu site oficial, para anunciar uma data de show extra no Brooklin, tendo como convidado especial o Ghost. Notem que, dentre outras bandeiras no canto inferior direito, aparece a do Brasil. Seria isto indício de uma vinda ao país, e trazendo o Ghost na bagagem?

Fonte: Whiplash.net

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Nile: o fim de um era, Dallas Toler Wade deixa a band

O músico estadunidense Dallabanda neste mês. Segundo o que foi informado na página oficial do Nile no facebook, Dallas resolveu se dedicar exclusivamente a seus projetos musicais pessoais.s Toler Wade, que integrava o Nile desde 1997, decidiu deixar a 


Durante seu tempo com a banda, Dallas trabalhou na produção de seus maiores trabalhos, a citar Annihilation of the Wicked (2005) e Those Whom the Gods Detest (2009), álbuns que definiram a atual sonoridade ethno-musical do power trio.

Para substituí-lo, a banda conta agora com o vocalista/guitarrista Brian Kingsland.

Fonte: Whiplash.net

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Slipknot: preparativos para produção de novo álbum


Faz pouco mais de dois anos desde que Slipknot lançou ".5 The Gray Chapter" (eles levaram seis e quatro anos, respectivamente, entre seus dois álbuns anteriores) e Corey Taylor está atualmente trabalhando no novo álbum e turnê com Stone Sour. Mas nada disso tem impedido SLIPKNOT de iniciar os planejamentos para o próximo álbum.


Pelo menos foi o que deu a entender o guitarrista Mick Thomson - que inclusive acabou de ter uma cirurgia no pescoço - em entrevista dada recentemente à revista Backstage Axxess:

"Acabamos de terminar (uma turnê). Passamos muito tempo nela. Bom, foram dois anos excursionando, e antes dela ficamos um ano inteiro para escrever e gravar toda essa merda (se referindo ao último álbum). Então, agora estamos em uma pequena pausa. E eu acho que o Corey está fazendo suas próprias coisas. Se ele não está, pelo menos supõe-se que esteja. Então vamos começar a trabalhar e escrever alguma merda (material novo), e provavelmente estaremos de volta à estrada depois que fizermos outro disco."

Pensando com os pés no chão, o fato é que não há nenhuma possibilidade de lançamento de música nova do SLIPKNOT antes de 2018. Mesmo que eles iniciassem os trabalhos de um novo disco no final de 2017, ainda assim um lançamento em 2018 seria improvável se levarmos em conta o ritmo usual da banda na produção de novos materiais e os intervalos entre um álbum e outro.


Fonte: Whiplash.net

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Show Madball no Brasil em 2017


Data Início: 19/03/2017 
Data Término: 19/03/2017
Horário: 17h30
Local: Carioca Club
Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 2899 - Pinheiros, São Paulo - SP
Ingressos: Pista - Meia-entrada: R$ 80,00
Website: http://www.clubedoingresso.com/madball 

Participando da 14º edição do projeto Honorsounds, a banda de hardcore nova-iorquina Madball fará único show no Brasil com set list especial em São Paulo no dia 19 de março, no Carioca Club. Os ingressos custam entre R$ 80,00 e R$ 260,00 e estão à venda no site do Clube do Ingresso.

As bandas convidadas para o evento são Paura, Bayside Kings e Oponente. O Madball retorna ao Brasil para revisitar duas décadas de uma carreira sólida e honrada, tocando os maiores clássicos da banda e divulgando seu último álbum de estúdio, “Hardcore Lives” (2014).

Os nova-iorquinos do Madball são também conhecidos como “os reis do hardcore”, devido ao respeito conquistado ao longo dos anos através de trabalhos marcantes e cativantes como "Set It Off" (1994), "Demonstrating My Style" (1996) e "Look My Way" (1998). Atualmente o Madball é formado por Freddy Cricien (vocal), Jorge "Hoya Roc" Guerra (baixo), Brian "Mitts" Daniels (guitarra) e Mike Justian (bateria).

Serviço:
Show principal: 21:30 horas
Bandas convidadas: Paura, Bayside Kings e Oponente
Classificação: 16 anos

Venda de ingressos online: http://www.clubedoingresso.com/madball 

Ingressos:
1º Lote - Pista - Meia-entrada: R$ 80,00
1º Lote - Pista - Promocional (doe 1 Kg de alimento não perecível): R$ 100,00
1º Lote - Pista - Inteira: R$ 160,00
1º Lote - Camarote - Meia-entrada: R$ 130,00
1º Lote - Camarote - Promocional (doe 1 Kg de alimento não perecível): R$ 130,00
1º Lote - Camarote - Inteira: R$ 260,00


Fonte: Roadiecrew.com

Show Graver Digger no Brasil 2017


Data Início: 26/03/2017 
Data Término: 26/03/2017
Horário: 18h
Local: Carioca Club
Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 2899 (próximo ao Metrô Faria Lima) -SP/SP
Ingressos: ISTA: R$ 100,00 (meia-entrada/promocional*)
Website: http://www.clubedoingresso.com

A lendária banda alemã Grave Digger, uma das atrações internacionais que mais vezes se apresentou no Brasil, acaba de confirmar a sua 10ª passagem pelo país! O grupo tem performance agendada para o próximo dia 26 de março, no Carioca Club, em São Paulo.

Esta exibição já faz parte da mais nova turnê mundial que Chris “Reaper” Boltendahl (vocal), Axel “Ironfinger” Ritt (guitarra), Jens Becker (baixo), Marcus Kniep (teclado) e Stefan Arnold (bateria) estão preparando para promover o novo álbum “Healed by Metal”, que vai ser lançado, no próximo dia 13 de janeiro via Napalm Records.

Os ingressos já estão à venda pelo site do Clube do Ingresso (http://www.clubedoingresso.com), bilheteria do Carioca Club e diversos pontos autorizados na capital paulista, Santo André, Osasco, São José do Rio Preto, Rio de Janeiro e Curitiba (http://www.clubedoingresso.com/ondecomprar). Mais informações no serviço abaixo.

“Healed By Metal” contem 12 consistentes composições, trazendo todos os predicados para se tornar um dos principais trabalhos da vasta discografia do grupo e bater de frente com os clássicos “Heavy Metal Breakdown” (1984), “Witch Hunter” (1985), “The Reaper” (1993) e superar os resultados obtidos com o antecessor “Return Of The Reaper” (2014).

Links relacionados:
https://www.facebook.com/gravediggerofficial
https://www.facebook.com/overloadbrasil
https://www.facebook.com/UltimateMusicPR

Serviço São Paulo
Overload orgulhosamente apresenta Grave Digger
Data: domingo, 26 de março de 2017
Local: Carioca Club
End: Rua Cardeal Arcoverde, 2899 (próximo ao Metrô Faria Lima)



                                      

Hora: 18h (abertura da casa) | 19h (show time)
Capacidade: 1.500 lugares
Classificação etária: 16 anos. Entre 14-16 anos somente acompanhado por pai ou mãe munidos de documentos.
Duração: Aproximadamente 90 minutos
Estacionamento: nas imediações (sem convênio)
Estrutura: ar condicionado, acesso para deficientes, área para fumantes e enfermaria

SETORES / PREÇOS (1º lote)
PISTA: R$ 100,00 (meia-entrada/promocional*)
CAMAROTE: R$ 170,00 (meia-entrada/promocional*)
*doe um kilo de alimento na entrada da casa no dia do evento e pague meia entrada).

Ponto de venda sem taxa de serviços (pagamento em dinheiro): Bilheteria do Carioca Club

COMPRA PELA INTERNET – http://www.clubedoingresso.com
*Consulte o ponto de venda mais próximo da sua região, no site do Clube do Ingresso.

*Para a compra de ingressos para estudantes, aposentados e professores estaduais, os mesmos devem comparecer pessoalmente portando documento na bilheteria respectiva ao show ou nos pontos de venda. Esclarecemos que a venda de meia-entrada é direta, pessoal e intransferível e está condicionada ao comparecimento do titular da carteira estudantil no ato da compra e no dia do espetáculo, munido de documento que comprove condição prevista em lei;
**A produção do evento NÃO se responsabiliza por ingressos comprados fora do site e pontos de venda oficiais;
***É expressamente proibida a entrada com câmeras fotográficas e filmadoras profissionais ou semi-profissionais.


Fonte: Roadcrew.com

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Metallica: banda pode fazer turnê com Avenged e Volbeat nos EUA

Aparentemente o Metallica fará uma turnê pelos EUA neste verão (meio do ano), tendo como bandas de apoio o Avenged Sevenfold e o Volbeat. Seriam ao menos vinte datas, que já deveriam ter sido anunciadas mas, por razões desconhecidas, ainda não vieram a público



Fonte: Whiplash.net

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Rob Halford: "Ninguém escolhe ser Gay

Segue uma parte da entrevista que Mitch Lafon, da revista canadense BW&BK, fez com o Metal God Rob Halford, em junho de 2007, quando da visita deste ao Canadá para promover sua empresa, a Metal God Entertainment, e seu CD, "Metal God Essentials Volume 1".


ML: Se você me permite, quando você 'saiu do armário', você temeu que seus fãs em lugares como, por exemplo, o Alabama...

RH: "É ótimo porque quando eu vou para lugares como Tennessee ou Alabama, os headbangers gays estão lá na frente fazendo o sinal do Demônio. É algo sobre o qual eu sempre me senti confortável pra falar desde que me revelei".

ML: Espero não ter te ofendido...

RH: "Nem um pouco. Foi em '98 ou sei lá quando, mas o negócio é o seguinte: eu sempre disse que se eu não tivesse me 'revelado' quando estava fora do Priest, se eu nunca tivesse saído do Priest, será que eu teria ou poderia ter feito essa 'proclamação'? E eu não sei te dar a resposta. É uma coisa que eu sempre fico matutando. Num nível puramente pessoal, eu acho que se uma pessoa, seja homem ou mulher, faz essa afirmação, e - de novo - num nível puramente pessoal, eu sempre tentei ser tão aberto e honesto quanto possível, e não poder mostrar esse lado meu sempre me fez sentir desonesto e eu acho que isso acaba refletindo na música. A música é uma força incrível na humanidade e as pessoas são atraídas pela música de uma forma bastante pessoal. Pra mim, então, era uma questão de equilíbrio e eu sempre pensei, mesmo antes de sair do Priest, 'será que eu digo?', e 'o que será que vai acontecer?' De qualquer forma, acabou que eu me revelei estando 
fora da banda e quando eu voltei esse assunto já era 'águas passadas'".

ML: Não deveria fazer qualquer diferença...

RH: "Bem, não, não deveria e obviamente não fez".

ML: Mas você deve ter ficado com medo nos anos 70 e nos 80´s...

RH: "Ah, sim sim sim, e eu acho que ainda é amedrontador, mesmo hoje em dia. Deve ter outros 
músicos de Metal por aí que sejam gays e que não se revelam".

ML: Eu acabei de ler hoje sobre o Chuck Panozzo, do STYX, e o livro que ele lançou...

RH: 'Especificamente sobre o Metal, que ainda é visto como um domínio estritamente masculino (o que não é). É por isso que eu adoro bandas como EVANESCENCE e a AVRIL LAVIGNE (ainda que ela não seja Metal - a música dela é pesada)".

ML: Também tem a DORO, JOAN JETT, LITA FORD...

RH: "Exatamente. Isso destruiu o mito, se é que havia esse mito, de que esta era uma experiência para 'machões'. Não é. Os headbangers são tão misericordiosos, tolerantes e cuidadosos quanto fãs de qualquer outro estilo de música".

ML: Mas ao optar em não manifestar sua orientação sexual nos anos 80 e mesmo no início dos anos 90, havia um receio de que eles não eram assim. Havia um receio de que os fãs de Metal eram homofóbicos.

RH: "Sim, e esse receio ainda existe até um certo ponto, ainda que eu ache que já houve avanços e mudanças nessa área em diferentes culturas. Há mais abertura e honestidade hoje em dia, mas AINDA há o precondeito e o ódio que, na minha opinião, são falhas da raça humana. Ainda se vê isso o tempo todo - crianças sendo ridicularizadas em playgrounds, ou na internet, ou coisa que o valha, e isso é terrível. Eu acho que qualquer que seja a marca que eu tenha deixado quando anunciei minha sexualidade, tendo sido parte de uma banda de Heavy Metal famosa mundialmente, eu gosto de pensar que algo de bom tenha resultado disso. Quando se vive com uma coisa dessas por toda a sua vida, você não pensa nas ramificações da declaração, mas quando eu recebi e-mails de bangers de 16 anos dizendo 'porque você fez o que fez eu tive coragem de chegar para o meu pai e falar de mim, e ele me deu um abraço'. Eu não pensei nisso, sabe. E eu não faço exatamente parte da cultura gay porque a cultura gay é bem estereotipada no mundo da música. Passamos meio que despercebidos, mas estamos aí. É fato que há muitos bangers gays por todo o mundo e eu acho ótimo que todos possam estar em um lugar e aceitar uns aos outros".

ML: Não deveria haver 'bangers gays' ou 'bangers não gays', o que importa, ou ao menos o que deveria importar, é a música...

RH: "Totalmente e eu gosto de imaginar que está pra chegar o dia em que todos vão assimilar isso. Eu tenho um apartamento em Amsterdam e lá a cultura gay é tão assimilada pela população que nem é discutida. Está lá. Sua sexualidade é irrelevante. A cor de sua pele é irrelevante. Sua religião é irrelevante. Você é uma pessoa. Eu adoraria que esse dia chegasse para todos, mas até lá temos que trabalhar com essa falha humana que, até um determinado ponto, é imposta a todos pela formação familiar, apesar de que não dá pra ignorar que não é uma questão de escolha. Eu não escolhi isso. O pessoal da extrema direita conservadora, seja na política ou na religião, constantemente diz 'bem, foi você que fez a escolha'. Ninguém faz esse tipo de escolha. Ninguém. Eu não escolhi ser quem sou, eu sou desse jeito e há cada vez mais provas da comunidade científica de que isso é um fato. É como, ninguém escolhe ser negro, ser judeu. Acontece".

ML: O nosso tempo está acabando, eu gostaria de fazer só mais uma pergunta sobre isso. Depois que você abriu o jogo, você teve uma sensação de alívio, de relaxar e, 'aaaaaaah'?

RH: "Sim, eu tive".

ML: Isso mudou a experiência de sair em turnê, porque você não tinha mais que esconder nada ou tinha que pedir para que os roadies te ajudassem a passar despercebido?

RH: "Não. Francamente, nada mudou nesse aspecto, além do fato que eu posso ser aberto e honesto sobre quem eu sou. Na verdade isso me colocou numa posição mais próxima aos meus fãs do que nunca. Gostaria de recomendar a todos os gays que ainda estão dentro do armário que encontrem sua paz de espírito, seu contentamento e sua força porque é algo muito revigorante de se fazer. Te dá muita força porque assim que você 'sai do armário', todas aquelas afirmações do tipo 'ele é uma bicha' ou 'ele é um chupador de pinto' passam a significar absolutamente nada. O efeito é o de balas de revólver vazias, não fazem a mínima diferença. As pessoas tiram aquelas paredes e barreiras que colocam para se proteger e, de uma hora pra outra, as atitudes, interpretações e opiniões dos outros deixam de ter qualquer valor porque cada um de nós somos únicos neste planeta e temos o direito de sermos quem quisermos ser e de dizer o que quisermos dizer. Creio totalmente no sistema democrático e no aspecto humano da sobrevivência".

ML: Então, ao que parece, houve uma grande sensação de alívio, chega de fingimentos, chega de se esconder...

RH: "Essas perguntas foram feitas pra mim nos anos 80 (por jornalistas) e eu não consegui responder. Eu nunca neguei minha sexualidade mas a minha tendência natural era sempre desconversar quando alguém vinha com esse assunto. Agora eu não preciso fazer mais isso, o que é ótimo. Eu uso isso para quaisquer benefícios que possam advir desse fato


Fonte: Whiplash.net