Xandria: Repetindo a velha fórmula, mas com boas inovações
Foi no disco “Neverworld´s End” que o Xandria resolveu querer ser grande e começou a busca pela tão sonhada fórmula do sucesso. Algo que flutue entre não ser uma cópia de suas influências e ter uma sonoridade que o torne instantaneamente reconhecido. E que seja boa para os ouvidos, claro. Em “Sacrificium” veio o trunfo maior com a excepcional soprano Dianne van Giersbergen debutando nos vocais e seus agudos de primeira grandeza, com vibratos cirurgicamente colocados e tendo lindas melodias para emprega-los. Havia uma certa personalidade aí, uma sonoridade particular, distinta, mas ainda em formação. “Theater Of Dimension” se encaixa nos mesmos moldes de seu álbum predecessor, abusando das orquestrações, aquele clima épico e até um peso extra nas guitarras. No difícil equilíbrio entre adicionar novos elementos e utilizar os que outrora deram certo, os holandeses apostaram as fichas em repetir a receita, mas esqueceram do ingrediente principal: As boas melodias. No geral, tanto as linhas de voz quanto de orquestra não foram tão inspiradas. Quando a banda não se apegou ao passado, a coisa funcionou. As músicas Death to the Holy, Forsaken Love e a dançante Ceilí vieram com uma pegada folk bem interessante e o épico que dá nome ao disco é uma obra prima de nada menos que 14 minutos com direito a estrofes inteiras declamadas por Dianne dando uma de atriz.
Fonte: Whiplash.net
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