terça-feira, 6 de junho de 2017

Show da banda ABBATH em Fortaleza 2017

AMON AMARTH, um dos maiores nomes do metal extremo hoje, dedicou uma generosa turnê ao Brasil. Os Vikings fizeram em solo brasileiro nada menos que nove shows, invadindo cidades do norte ao sul do país, levando um pouco de toda a selvageria dos nórdicos para Limeira, Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Manaus e, finalmente, Fortaleza e Recife. E vieram acompanhados pelos vizinhos noruegueses da banda que leva o nome do ex-líder do IMMORTAL, o ABBATH. Em Fortaleza, o show foi no Complexo Armazém, casa normalmente dedicada ao forró, mas que já botou muito camisa preta pra balançar a cabeça ao som de bandas como OBITUARY, CANNIBAL CORPSE, TESTAMENT, CAVALERA CONSPIRACY e KRISIUN, só para citar os mais pesados. A produção do show foi da Liberation, com apoio local da Gallery Productions.





ABBATH



15 minutos de atraso, o que é muito pouco quando compara-se a outros shows que acontecem em Fortaleza, foi o que provavelmente fez com que o show já começasse com a lenha queimando, sem música do Conan, nem marcha romana, como em outras praças. Primeiro posicionam-se, sob muitos gritos do público, King ov Hell (ex-GORGOROTH), empunhando seu baixo, o guitarrista Ole André Farstad e o baterista Creature e já começam "To War". Depois entra a figura mítica de Abbath Doom Occulta, com os gritos ecoando ainda mais alto. E no meio da música o público corresponde com heys, ao chamamento para a guerra. Os heys continuaram, enquanto o quarteto apresentava canções do auto-intitulado primeiro álbum do ABBATH, a banda, que recebe o nome de seu fundador e figura mais ilustre. Seguem-se "Winterbane" e "Ashes of The Damned". Em meio à grande parede sonora criada pelas guitarras de Abbath e Ole, o som do baixo de King ov Hell ainda conseguia ganhar destaque. Principalmente em "Warriors", do I, super grupo do qual tanto Abbath quanto King ov Hell fizeram parte.



No entanto, acostumados às gélidas regiões da Escandinávia, um aspecto presente também nas letras, os músicos encontraram uma Fortaleza em uma de suas noites mais quentes, tanto que o batera, Creature, dispensou a máscara a la Unnamed Ghoul que costuma usar e tocou apenas de corpse paint. É, Fortaleza não brinca.





Adiante, o público respondeu aos grunidos ininteligíveis de Abbath. Apenas chuto porque não dava mesmo pra entender, mas ele devia estar provavelmente perguntando se queríamos ouvir IMMORTAL. E começou o mini-"show" com canções da banda que o fez mais conhecido no mundo, representada ali por um de seus terços mais icônicos

Para os padrões de um show de Black Metal, o som estava excelente. E o público ia à loucura com os sucessos do grupo norueguês. "In My Kingdom Cold", "Tyrants", para muitos, era um sonho sendo realizado. Com os heys do público, Abbath chegou a sinalizar para a banda para mantivesse os riffs cadenciados um pouco mais. E até para para reger o público. Gritos apaixonados receberam cada um dos clássicos do IMMORTAL, e não poderia ser diferente com "Nebular Ravens Winter", que termina com um "ensaio" da tal dancinha do siri.

A rápida "Count The Dead" destoou um pouco das demais. Não por ser ruim ou por ser da carreira solo, mas por ser um tanto mais direta que as outras e ficar mesmo meio perdida naquela parte do show que, aquela altura deixara de ser um show do ABBATH e transformara-se num show do IMMORTAL. No entanto, logo após "One by One", a seguinte, alguém da produção vai ao palco e fala algo no ouvido de Abbath. A banda inteira sai do palco sem se despedir, deixando o público incrédulo.




Fonte: Whiplash.net

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