Apesar da relativa pouca idade dos integrantes, não foi nenhum problema para eles compor e executar um disco agressivo, pesado e cru, com nove composições e transitando entre Death, Black e Thrash Metal. Aos poucos, esse sonoridade tenderia mais para o Thrash, faria muito sucesso e ainda serviria de influência para outras bandas e músicos mundo afora.
Se a capa mostra uma “sugestiva” cena da Crucificação, onde um capetão bem tosco se certifica de complicar ainda mais o sofrimento de um suposto Jesus Cristo, que reflete também nas letras, até certo ponto “fortes”, em especial para a época, com revolta e ódio, o som, cuja qualidade é razoável (para um ‘debut’), com riffs sombrios e os vocais de Max se destacando, mostra os primeiros passos do Sepultura, enfrentando as dificuldades e rumo à luta em conseguir um lugar ao sol.
A introdução do disco é um trecho da música do compositor Carl Orff, “Carmina Burana – O Fortuna”, que inclusive em alguns relançamentos foi retirada por causa de questões de direitos autorais, e em outros, conseguiu ser mantida. Como curiosidade, o disco foi relançado em diversas versões ao longo dos anos, tanto em vinil, CD e em cassete.
Totalizando um pouco mais de meia hora de duração, “Morbid Visions” apresenta composições verdadeiras, que deram a oportunidade de fazer com que os rapazes seguissem em frente, evoluíssem cada vez mais e chegassem onde chegaram. O resto da história, praticamente todo mundo conhece...
Formação:
Max Cavalera (vocal e guitarra);
Jairo Guedz (guitarra);
Paulo Jr. (baixo);
Igor Cavalera (bateria)
Faixas:
01 – Intro (Instrumental)
02 – Morbid Visions
03 – Mayhem
04 – Troops of Doom
05 – War
06 – Crucifixion
07 – Show Me the Wrath
08 – Funeral Rites
09 – Empire of the Damned
Fonte: Whiplash.net
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