Blood Blast Distribution
Nove anos após lançar seu último registro oficial, “We’re All Gonna Die”, e oito anos após a saída conturbada de Rob Dukes do Exodus, a banda de Thrash Metal, Generation Kill, lança o seu terceiro full lenght, “MKUltra”, pelo selo Blood Blast Distribution.
PRIMEIRAMENTE, VAMOS FALAR DO TÍTULO. O QUE É “MKULTRA”?
Segundo consta, foi um programa da CIA, usado na Guerra Fria, para realizar experiências ilegais com seres humanos, desenvolvendo drogas para serem usadas, principalmente, em interrogatórios, objetivando o controle mental, a tortura e a lavagem cerebral.
“Never Relent”, que conta com a participação do guitarrista Gary Holt (Exodus, Slayer), abre o disco, introduzida por dedilhado, solo melódico, partindo para a violência sonora em menos de um minuto. Rob Dukes mostra que está em plena forma, impondo toda a sua agressividade em uma canção de abertura perfeita. Holt faz um dos seus solos familiares, impondo ainda mais brutalidade à sonoridade.
A FAIXA TÍTULO VEM
AVASSALADORA, NA SEQUÊNCIA:
“TRABALHANDO
EM SEGREDO PARA CONTROLAR AS MENTES
VÍTIMAS INOCENTES PARA INVOCAR NOSSOS CRIMES
DOSADO COM LSD PARA SELAR O TERCEIRO OLHO
BEM-VINDO AO MUNDO DO MKULTRA
CRIE UM ASSASSINO QUE POSSA SE INFILTRAR NO REBANHO
JUSTO SOLDADO, SEMPRE ELE FAZ O QUE ELE DISSE
ASSASSINO ROBÓTICO COM MEMÓRIAS FALSAS
SUA MENTE AGORA SE TORNA UMA PRISÃO DE CRENÇA
MKULTRA
MATE EM NOSSO COMANDO
MKULTRA
MATE EM NOSSO COMANDO
Thrash Metal brutal como esperamos que seja, tanto na musicalidade, quanto na temática lírica. “MKUltra” está entre as melhores músicas do subgênero em 2022, indubitavelmente. Bem mais cadenciada, “Evil Eye”, que conta com a participação do guitarrista Chris Poland (Megadeth), faz lembrar Dukes no Exodus. Apesar de ser uma faixa diferente, cai muito bem, fechando a primeira trinca com total sucesso. O solo com awah deixa o resultado fortalecido. A pegada Thrash Metal retorna com força total em “Into The Black”, com direito a break down que remete a Slayer. Dukes proporciona trechos com a voz mais limpa. Destaco a dinâmica do baterista Craig Cefola e o trabalho da dupla de guitarristas, Jason Tranczer e Jason Velez. “Dogs Of War”, com a participação do vocalista John Joseph (Blood Clot/CroMags JM) com uma veia Crossover, vem em seguida, mantendo a temperatura aquecida.
“ÓDIO / DIVISÃO / O FIM DOS TEMPOS (O FIM DOS TEMPOS)
/ PODER / CORRUPÇÃO / UMA TEIA DE MENTIRAS (UMA TEIA DE MENTIRAS) / DECEPÇÃO /
TRAIÇÃO / A MORTE DO MUNDO (A MORTE DO MUNDO) / DESTRUIDORES / LADRÃO DE TODA A
VIDA”
ASSASSINATO
AMNÉSICO, UM AGENTE DA MORTE
VOCÊ VAI NOS OBEDECER ATÉ SEU ÚLTIMO SUSPIRO
PEÃO DISPENSÁVEL NESTE JOGO SINISTRO
NA SUJEIRA EM UMA COVA NÃO MARCADA
ESCONDENDO NAS SOMBRAS, NOSSO PODER CORRUPTO
CONDUÇÃO PSICÓTICA, NÃO PODE SACIAR NOSSA LUXÚRIA
NEGOCIANTES DA MORTE, VOCÊ CUMPRE NOSSO PLANO
NÓS TEMOS A CHAVE PARA O QUE É MELHOR PARA O HOMEM”
A balada “Opiate of the Misinformed Masses” tem uma veia mais Heavy Metal. Dukes canta de forma mais melódica em grade parte de sua duração, com intercalados momentos de maior agressividade. Após esses minutos de calmaria, “Rat King” volta com sua massa sonora pesada, ainda que não seja acelerada como as canções iniciais. Seus riffs são os meus preferidos, pois soam perfeitos, apesar de modernos. Mais solos com awah enfeitam e dão prazer a minha audição.
A trinca final inicia com a música “Mold of Clay (MKUltra 2)”. Não posso deixar de salientar o estupendo timbre de baixo Max Velez nessa introdução, pois, ele já iniciou fazendo a diferença. O trabalho de Dukes é impecável no disco, não importa o que dizem alguns haters a seu respeito. Ele não deve nada a vocalista algum no subgênero Thrash. “Life Of Sin”, mais uma vez, desenvolve Thrash Metal com ingredientes diferentes, fato que quase sempre me agrada. Seus solos de guitarra são os meus favoritos no registro. O full lenght fecha suas portas com uma canção cujo título é em francês, “La Fin Du Monde”, porém, a letra é em inglês, exceto a última frase do refrão, a qual repete o seu nome em francês.
Álbuns de Thrash Metal tem uma tendência natural do subgênero a serem mais planos. Porém, “MKUltra” do Generation Kill foge totalmente a essa tendência, sendo uma obra cheia de alternâncias dinâmicas do início ao fim. Fico feliz pelo fato de Dukes ter se saído tão bem após sua saída nada amigável do Exodus. Parece que ele encontrou o equilíbrio e nos proporcionou um excelente full lenght
INDICADO PARA
FÃS DE THRASH METAL NÃO CONSERVADORES.
Fonte: Mundometal.com
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