sábado, 27 de abril de 2024

RESENHA: DEICIDE – “BANISHED BY SIN”


 Banished by Sin”, décimo terceiro full lenght da banda americana de Death Metal, Deicide, enfim, chegou. O sucessor do álbum “Overtures of Blasphemy”, de 2018, saiu, portanto, quase seis anos após o seu lançamento, dessa vez pelo selo Reigning Phoenix Music. No entanto, o novo registro traz uma novidade no line-up, a inclusão do guitarrista Taylor Nordberg (Inhuman Condition). O guitarrista Mark English saiu em 2019, logo depois do lançamento de “Overtures of Blasphemy”. Chris Cannella foi o seu substituto imediato, mas ele deixou o quarteto em 2022, dando lugar a Norderberg.

   

Após tanto tempo de espera, a pergunta que vem imediatamente a mente é: qual maldição os seres infernais de Tampa/Fl nos reservaram em formato de Metal da Morte? A resposta vem logo em seguida e vocês são nossos convidados a desvendá-la.

AQUECENDO OS CALDEIRÕES DE SATÃ

Assim que os primeiros acordes de “From Unknown Heights You Shall Fall” se manisfestam, chegamos a imaginar que o disco pode iniciar com mais cadência. Porém, em menos de um minuto, percebemos que o velho Deicide assume o comando das ações, através do peso, brutalidade e blasfêmias que compõe a sua marca registrada. “Doomed to Die” é ainda mais intensa em relação aos predicados dirigidos a sua antecessora. O gutural de Glen Benton segue a atormentar almas que por acaso estejam despreparadas para a sua bestialidade, enquanto a dupla de guitarristas Kevin Quirion e o debutante Taylor Nordberg capricha no vigor dos solos, sem deixar de lado seus riffs macabros. A bateria de Steve Asheim, único membro remanscente do line-up original ao lado de Benton, cumpre, primordialmente e com louvor profano, o seu papel. O segundo single “Sever the Tongue” chegar a dar uma impressão equivocada sobre a totalidade registro, ainda que seja uma boa canção.


Desde que ouvimos o disco pela primeira vez, “Faithless” é de longe a nossa favorita, justamente por lembrar o Deicide old school. Ou seja, essa canção é tudo o que um fã dos primórdios do Deicide pode querer. Um fan service feito de coração, mesmo que seja um coração que abrigue uma legião de demônions, é sempre bem vindo.

ENTERRANDO A CRUZ DE JESUS EM PLENO NATAL

O primeiro single do atual trabalho, “Bury the Cross…with Your Christ”, chegou em pleno natal, 25/12/2023, a fim de anunciar os detalhes sobre o disco que estamos conhecendo nesse instante. Deicide sendo Deicide, nada a mais do que isso. “Woke From God”, por sua vez, pisa no acelerador ao propósito de fomentar a desgraceira, discretamente aliviada pelos bem executados solos de guitarra. Já nesse momento podemos nos dar conta que, embora o álbum anterior seja mais cru, o atual soa muito mais sombrio, forjado nas produndezas do umbral por um quarteto em seu momento de inspiração.


BANIDOS PELA PECADO

A faixa título está entre as jóias do Metal da Morte presentes nesse full lengh. Uma canção que deixa clara a aposta que Deicide fez em suas raízes, principalmente, naquela pegada presente em seus 4 primeiros lançamentos, por mais que a produção faça tudo soar como moderno. Logo após “Banished by Sin”, que tem um ritmo pouco mais constante, temos “A Trinity of None”, recheada de variações dentro do Death Metal, mas soando old school.

Perto do encerramento, “I Am I…a Curse of Death” segue com o festival de profanação, dando uma aula de Metal extremo a modo antiga. A entidade a qual chamamos de Glen Benton não demonstra sequer uma pitada de misericórdia, ou seja, não há um único segundo sequer de amor. “The Light Defeated” completa o trabalho o qual “Ritual Defied” iniciou, conduzindo todo o resquício de luz para dentro de sua singularidade, já que ao fim dessa audição, nenhuma luz escapa e as trevas permanecem. Toda essa alegoria vive em nossa mente em cada nova audição de “Banished by Sin”


Fonte: Mundometalbr.com

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