quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Viúvas, deixem o Sepultura viver!

Ainda estou impactado com a apresentação 
memorável do Sepultura no dia dia 19 de junho, na "perna 
carioca" da tour de 30 anos, e impressionado com a 
atual forma da banda. Isso dito, acabo de me deparar 
com mais uma declaração lamentável do grande
 Iggor Cavalera dizendo que a banda já era, deveria 
acabar e coisas assim. Amigos, me revolto de tal 
maneira com esse tipo de ciumeira que preciso 
escrever um pouco sobre o que penso a respeito.
A opinião não é só do baterista da chamada
 "formação clássica", e se faz presente nos 
discursos de antigos fãs da banda, atualmente 
verdadeiras viúvas dos Cavaleras. A verdade é
 que Andreas e Paulo nunca deixaram a banda
 morrer, e junto do ótimo vocalista Derrick e agora
 com o monstro Eloy Casagrande, mantém para 
lá de vivo o nome da maior e melhor banda do 
nosso Heavy Metal.
Quem viu a banda recentemente, presenciou 
a apresentação de um grupo na plenitude de 
sua forma, com 4 gigantes no palco. Fora o "ao vivo",
 em estúdio eles também respondem, com dois
 petardos lançados recentemente, o fantástico Kairos
 e o não menos espetacular The Mediator Between 
Head and Hands Must Be the Heart. Esses são para mim
 os melhores da "nova era", e foi justamente quando
 os irmãos se uniram e Iggor saiu que o Sepultura deu 
um salto no estúdio, por mais que nenhum dos discos
 lançados depois de Roots podem ser chamados de fracos.
 Mesmo com tudo isso, tem gente que 
prefere ignorar o Sepultura atual, sem a menor 
explicação lógica para tanto.
Falando um pouco do "outro lado", a família Cavalera 
ainda tem lenha para queimar, continua lançando coisas
 boas, mas numa comparação inevitável com Eloy e Derrick
 em 2015, estão perdendo sim. Ambos não estão na mesma
 forma de seus anos dourados, principalmente Max Cavalera,
 que não toca e por muitas vezes não canta nos shows 
do Cavalera Conspiracy e do Soulfly. Vi a banda dos irmão
 em 2014, num ótimo show, mas o mesmo ao meu ver 
ficou abaixo do que o Sepultura atual anda apresentando,
 e o mesmo vale para os discos.
A maior prova que a forma fantástica da atual banda 
incomoda os irmãos, ao menos o baterista, que anda 
mais "falante", está exatamente no fato de isso 
ser motivo de comentários. Jean Dolabella era um 
bom baterista, mas não era capaz de tirar o sono 
de Iggor. Agora que a banda achou um cara do
 mesmo nível, e no presente, melhor que ele, 
veio a deixa para o famoso papo que o "Sepultura morreu",
 algo que ninguém que ouviu o último disco ou viu 
a banda em ação tem a loucura de dizer.
Por tudo isso, eu peço aos que viram as costas
 para reverem os seus (pré)conceitos, e deem 
uma chance aos que ainda mantém a banda viva.
 Eu sou fã dos Cavaleras, e sigo prestigiando as suas 
bandas ainda relevantes, mas nem por isso sou 
obrigado a aceitar absurdos desse nível. Quem não 
quer ouvir, siga a sua vida, mas deixa o Sepultura viver!


Fonte: Whiplash.net

Nenhum comentário: