terça-feira, 24 de maio de 2022

RESENHA: JUNGLE ROT – “A CALL TO ARMS” (2022)

 



No último dia 13 de maio, sexta-feira, bruxas, demônios e espíritos imundos estavam soltos na Terra. Nessa atmosfera sombria é que o décimo primeiro álbum do Jungle Rot, “A Call To Arms”, chegou novamente para atormentar o sossego dos posers sensíveis. O atual livro sonoro da maldade musical está sendo espalhado pela Unique Leader Records.


“A Call To Arms”, faixa-título, entra no cenário de pura distopia, espalhando vísceras por todos os cantos. Dave Matrise, que é vocalista e guitarrista, impõe através de seu conhecido gutural, deixando tudo ainda mais assustador. Os riffs conjuram por espíritos atormentados por seus carmas. A introdução mais calma de “Beyond The Grave”, que parecia ser um sinal de misericórdia, não é mais do que o prenúncio da legião de Satã que estava para chegar a qualquer momento. As guitarras bem trabalhadas formam a trilha sonora de todo esse espetáculo de morbidez espiritual.


O Sabbat é iniciado ao som de “Genocidal Imperium”. Bruxas e demônios guerreiam entre si para provar que ser do mal é o mais poderoso. Todo esse fluído negativo faz com que o planeta Terra fique mais ardente que o inferno, chegando próximo do calor solar. “Asymmetric Warfare” joga vinagre e sal nas queimaduras provocadas por esse fogo diabólico. O ritmo, desde o início, mescla Death Metal old school com uma pitada providencial de Thrash Metal. Em “Vengeance & Bloodlust”, a pegada Thrash fica um pouco mais evidente, espancando todos os que sobreviveram ao incêndio causado pela má fluidez.

Assim que os primeiros acordes de “Maggot Infested” são executados, os espíritos das recentes vítimas desse genocídio se juntam as bruxas e demônios. Unidos, eles entoam cantos de louvor ao seu único rei, Satanás. Os riffs de “Death Squad” soam como um aviso que tudo ainda vai piorar. O fundo do poço espiritual ainda não foi atingido. Spenser Syphers participa da festa esmagando os posers através de seus repiques insanos. As guitarras de Matrise, Geff Bub e o baixo de James Genenz são os principais elementos musicais dessa celebração fúnebre coletiva.

O título “Haunting Future” se refere a um futuro assombrado, porém, a realidade presente já está assombrada o suficiente por toda essa invasão dos exércitos profanos. Solos de guitarra estridentes causam gritos de desespero na multidão de almas condenadas ao sofrimento eterno. O single “Total Extinction”, canção mais poderosa e acelerada desse disco, escurece a estratosfera, deixando todos em absoluta escuridão.


O apocalipse se concretiza com “Population Suicide”, pois, todos aqueles resistentes que sobreviveram as chamas cometeram suicídio coletivo. Nosso planeta tornou-se local dos espíritos zombeteiros e condenados, além de agora ser um mundo no qual não há ninguém vivo para reproduzir todos esses acontecimentos para a posteridade.

Fonte: Mundometal.com

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