Com o passar dos anos, o Exodus se tornou aquele tipo de banda que dispensa apresentações, sendo um dos mais importantes e seminais representantes do Thrash Metal da Bay Area de São Francisco e também mundial.
Entre os anos de 1985 e 1989, fecharam sua trinca inicial com clássicos absolutos do Thrash. A tal trinca foi formada pelo magnânimo debut “Bonded by Blood”, com Paul Baloff nos vocais, “Pleasures of The Flesh” com Steve Zetro fazendo sua estreia no front da banda, e “Fabulous Disaster” fechando a década de 80 com chave-de-ouro. Mas, como bem sabemos, o caminho percorrido pelo Metal e seus subgêneros na indústria da música é muito mais tortuoso e inclemente.
Não vamos entrar em detalhes novamente sobre como a década de 90 foi conturbada para o estilo e generosa com outros subgêneros, vamos apenas nos limitar a dizer que foi aí que começou a ser crianda uma tendência pela busca de mudanças de sonoridades e atitudes. Uma das principais responsáveis por tudo isso (talvez a principal banda responsável por essa mudança de paradigmas), foi justamente uma banda de Thrash da Bay Area, em seu quinto registro de estúdio com capa de cor preta. Vocês me entenderam…
Pois bem, voltando ao Exodus, ainda com Steve Zetro firme no front da banda, lançam seu quinto full lenght em 1992, o injustiçado “Force of Habit”, que tentava se adaptar as novas tendências sem perder completamente a sua excência. Após o lançamento deste registro, a banda entra em um período de hiato que vai até o ano 1997, retomando brevemente com o saudoso Paul Baloff nos vocais e lançando o ótimo registro ao vivo, “Another Lesson In Violence”. No ano de 2001, eles retornam oficialmente as atividades na promessa de novo registro de estúdio.
Após anos de espera, em 2002 vem a morte precoce de Paul Baloff, vítima de um ataque cardíaco, aos 41 anos de idade. Steve Zetro volta ao posto, substituindo Baloff pela segunda vez. No ano de 2004, é lançado o excelente e muito aclamado “Tempo of The Dammed”, considerado por crítica e público como um dos melhores álbuns de Thrash dos últimos anos, colocando o Exodus no mapa novamente.
Mas ainda em 2004, Steve Zetro abandona a banda por conta de problemas pessoais.
No ano seguinte, Rick Hunolt, guitarrista desde 1983, também resolve deixar o Exodus, abrindo espaço para a entrada do fantástico Lee Altus (Heathen). O baterista e membro fundador, Tom Hunting, também faz o mesmo, citando problemas médicos na época, sendo substituído pelo excelente Paul Bostaph (Slayer, ex-Forbidden). E por último, mas não menos importante, para o lugar de Steve Zetro, entra o monstruoso Rob Dukes, dando inicio a uma das mais potentes trincas do Thrash Metal, dos últimos 20 anos.
Em 2005, é lançado o insano “Shovel Headed Kill Machine”. Um disco em que ao mesmo tempo em que soa diferente por conta do estilo vocal de Rob Dukes, parece ser um filho mais novo de “Tempo of The Dammed” devido à repetição da mesma formula. É importante deixar registrado que apesar do mesmo estilo de composição, é inegável que “Shovel Headed Kill Machine” soa mais agressivo e pesado que seu antecessor.
Os destaques são muitos e faixas como as excepcionais “Raze”, “Deathamphetamine”, “I Am Abomination”, “Going Going Gone” e a canção título, apresentam uma banda renovada e pronta para disparar insanamente o seu Thrash devastador na direção de quem estiver pela frente
Nenhum comentário:
Postar um comentário