“Touchdown” é o décimo oitavo full lenght da carreira solo do vocalista Udo Dirkschneider.
Ok, não podemos dizer que 13 faixas constituem um disco de tiro curto e fácil assimilação, mas é nítido que os 53 min de “Touchdown” passam muito rápido se comparados aos quase 70 min e 16 músicas contidas em “Game Over”. Além do novo álbum ser mais dinâmico, ainda soa mais inspirado e é quase como se a banda tivesse rejuvenescido ou encontrado algum tipo de motivo extra para se esforçar mais.
LINE-UP/PRODUÇÃO
Capitaneada por ninguém menos que o vocalista UDO Dirkschneider, ex-vocalista do Accept e, inegavelmente, uma das vozes mais únicas de todo o Heavy Metal, a banda ainda conta com o filho de UDO, Sven Dirkschneider na bateria, a dupla de guitarristas Dee Dammers e o excepcional Andrey Smirnov, além de um velho conhecido no baixo. É claro que estamos falando de Peter Baltes, antigo parceiro de UDO no Accept e o mais novo reforço da banda.
Outro velho conhecido que aparece, mas de forma mais discreta, é Stefan Kaufmann (ex baterista do Accept). Óbvio que não para tocar bateria ou guitarra, mas para masterizar a produção competente de Martin “Mattes” Pfeiffer. O ótimo trabalho da dupla foi realizado no Redhead Studio e no Roxx Studio, ambos na Alemanha.
TOUCHDOWN – TRACKLIST
Falando um pouco da musicalidade do álbum, podemos concluir que UDO focou no que faz de melhor. “Touchdown” possui canções extremamente fortes e com potencial para se tornar novos hinos da banda.
Não vamos detalhar cada uma das 13 composições, mas dentre as velozes e diretas, vale destaque para “Isolation Man” (canção de abertura e detentora de um riff inicial de tirar o fôlego), “The Betrayer” (moderna e pesada, alterna vocais graves e rasgados muito bem), “Fight For The Right” (melhor refrão do disco, feito para cantar junto com os punhos para o alto em um estádio lotado) e “Touchdown” (esta pisa fundo no acelerador e é detentora de um dos melhores solos da carreira do cantor).
Não podemos deixar de fora aquela faceta mais melódica e cadenciada da banda e aqui este lado atende pelos nomes de “The Flood” (você jura que está começando o riff de “Teutonic Terror”, do Accept), “Forever Free” (disparado a minha favorita do álbum) e “The Batle Understood” (outro refrão do tipo hino para cantar em coro em show lotado).
“TOUCHDOWN”, O SIGNIFICADO
Para quem não sabe, o termo “Touchdown” que batiza o disco é a principal pontuação do futebol americano, que ocorre quando um atleta mantém a posse da bola dentro da endzone defendida pelo adversário e, além disso, um touchdown vale 6 pontos e concede ao time que anotou o direito de chutar a bola entre as traves para ganhar 1 ponto extra ou entrar de novo na endzone para anotar 2 pontos extras.
São inúmeras as histórias fantásticas em que campeonatos foram decididos por um “Touchdown”, pois a jogada é capaz de reverter vantagens impensadas, dar vida a novos heróis e levar a torcida à loucura. Assim sendo, podemos afirmar com extrema satisfação que UDO marcou um “Touchdown” com seu mais novo trabalho de estúdio.
Nota: 8,6
Fonte: Mundometalbr.com
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