No domingo, 4 de agosto, Massimiliano Antonio Cavalera, mais conhecido como Max Cavalera, completou meio século de vida. Nascido em Belo Horizonte, onde fundou com o irmão Igor, o SEPULTURA, em 1984.
E foi à frente do SEPULTURA que Max se tornaria a maior lenda do Metal brasileiro. Ele que havia começado como guitarrista, acumulou a função de vocalista, após a saída de Wagner Lamounier.
Max está longe de ser considerado um guitarrista virtuoso, apesar de ser o autor de alguns dos maiores riffs do Metal brasileiro. Ele é conhecido por tocar com apenas 4 cordas de sua guitarra. E em seu livro autobiográfico “My Bloody Roots“, ele explica a razão:
“Comecei a usar apenas quatro cordas logo após o (lançamento de) “Bestial Devastation“. A minha corda quebrou e o roadie Silvio me disse que não tínhamos muito dinheiro e que teríamos de escolher entre comprar um novo conjunto de cordas ou mais bebida e eu lhe disse para comprar mais bebida.(…) E ele me sugeriu que eu retirasse a segunda corda. Me acostumei com aquilo e virou minha marca registrada. Nunca toquei guitarra solo e é algo que não sei fazer até hoje.”
E assim o homenageado ficou marcado, por ser um excelente guitarrista base e responsável por alguns dos clássicos do Metal. Mas o seu grande mérito foi o de pegar umas cópias do “Schizophrenia” e partir com a cara e a coragem em direção aos Estados Unidos, ainda no final dos anos 1980. Com isso, ele voltaria com um contrato assinado com a “Roadrunner Records” Isso seria o marco não só do SEPULTURA, mas do Metal brasileiro. O mundo já sabia que o Brasil não era composto apenas de samba, futebol e praia.
Então essa atitude tomada por Max foi o ponto de partida. E todas as outras bandas que surgiram depois, puderam trilhar esse caminho. E o resto do mundo teve a oportunidade de olhar com outros olhos para as bandas do Brasil.
A única bola fora do aniversariante foi a declaração que ele deu à imprensa estrangeira de que “não havia uma cena Metal no Brasil”, quando havia sim, bandas como KORZUS, DORSAL ATLÂNTICA, RATOS DE PORÃO, CHAKAL, OVERDOSE, SARCÓFAGO, entre outras.
Mas isso não anula as conquistas desta lenda, sejam elas nos doze anos em que passou com o SEPULTURA, no seu projeto com Alex Newport, o NAILBOMB, no SOULFLY, no CAVALERA CONSPIRACY, banda que formou com seu irmão após ambos voltarem a se falar após dez anos. Aliás na companhia do irmão, ele mata as saudades dos fãs mais saudosistas (este que vos escreve é um deles), tocando periodicamente na íntegra alguns dos álbuns clássicos do SEPULTURA. E não podemos nos esquecer do seu trabalho no PROBOT, o projeto Metal de Dave Grohl em que Max brilhou na música “Red War“.
Em 2008, a revista “Rolling Stone” promoveu uma Lista dos cem Maiores Artistas da Música Brasileira” e Max Cavalera figura na 47ª posição.
Com o SEPULTURA, Max gravou seis álbuns, sendo quatro deles (“Beneath the Remains“, “Arise“, “Chaos A.D.” e “Roots” são considerados como o ponto alto da carreira da banda). Com o SOULFLY, ele já está no 11º full-lenght. Com o CAVALERA CONSPIRACY já são quatro discos. Além disso, Max ainda gravou um álbum com o KILLER BE KILLED.
E com todo esse histórico e importância máxima na história do Metal brasileiro, Max Cavalera se faz merecido desta homenagem. E tudo que nós da ROADIE METAL, A VOZ DO ROCK podemos lhe dizer, além de felicitar os parabéns e felicidades, é desejar longa vida para esta lenda. Que ele continue com seu vigor, produzindo mais clássicos para a música pesada. E aos sonhadores, o desejo de uma reunião (improvável) do clássico SEPULTURA.
Feliz Aniversário, Max Cavalera!
Fonte: Roadie-metal.com
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