Nesta terça-feira, 27, o álbum de estreia do PEARL JAM completou 28 anos de lançamento. E antes de falarmos deste disco, que foi um marco, precisamos voltar alguns anos no tempo:
Voltaremos 7 anos, mais precisamente em 1984, quando os amigos Stone Gossard (guitarra) e Jeff Ament (baixo), fundaram o GREEN RIVER, uma banda punk. A banda encerrou as atividades em 1987, mas a dupla seguiu junta: ambos montaram uma banda, chamada MOTHER LOVE BONE e contavam com o vocalista Andrew Wood.
Mas Wood morreu de overdose em 1990 e o projeto teve de ser abortado, embora tenha lançado um álbum póstumo, chamado “Apple”. Porém, a dupla persistiu e por intermédio do baterista Jack Irons, que havia tocado no RED HOT CHILLI PEPPERS e mais tarde integraria o próprio PEARL JAM, encaminhou uma demo tape com linhas instrumentais para que seu amigo, um certo Edward Louis Severson III, que mais tarde seria conhecido como Eddie Vedder (o sobrenome ele passaria a utilizar e que era de sua mãe) e que vivia em San Diego. O trabalho dele seria escrever letras, gravar em cima das músicas compostas pelo agora trio Gossard. Ament e Mike McCreaddy e mandar a fita de volta à dupla. Irons havia sido convidado, porém, declinou.
Vedder, que vivia em San Diego e havia sido vocalista de bandas como a BAD RADIO, trabalhava na época como segurança, mas já havia sido frentista e até mesmo coveiro, recebeu a demo e passou a trabalhar em cima dos instrumentais que tinha à sua disposição.
Reza a lenda que Vedder, surfista, foi pegar onda e teria saído de lá com três letras compostas: “Alive“, “Once” e “Footsteps“. Apenas “Footsteps” nunca fora lançada em um álbum oficial do PEARL JAM. Os integrantes gostaram muito do que fora gravado pelo vocalista e logo ele foi convidado a se mudar para Seattle e assim se juntar aos novos parceiros.
A banda seria chamada de Mookie Baylock, um jogador de basquete, mas ainda bem que desistiram da ideia. Porém, para o álbum de estreia, fora escolhido o número da camisa que este atleta utilizava. Antes, os músicos se juntaram ao saudoso Chris Cornell e Matt Cameron, que se tornaria baterista do PEARL JAM até os dias atuais, e gravaram um disco tributo a Andrew Wood. O projeto se chamou TEMPLE OF THE DOG e teve um relativo sucesso.
Com o nome da banda alterado (o PEARL é uma homenagem a avó de Vedder e o JAM a banda adotou após assistir a uma jam session comandada por Neil Young, grande influência da banda), nome do disco definido e um baterista escolhido para gravar o álbum, Dave Krusen, era a hora de a banda adentrar ao “London Bridge Studio“, na cidade de Seattle, sob a batuta de Rick Parshar na produção. E entre os dias 27 de março e 26 de abril de 1991, “Ten” fora gravado.
Em 54 minutos o que temos aqui é um belo disco de Rock, com peso, melodia e melancolia bem dosados. Em onze músicas, a banda chegaria para fortalecer um movimento que estava entrando em evidência na cidade de Seattle e que movimentaria o mundo: o Grunge. E curiosamente, esse movimento logo seria esquecido e dentre as bandas mais notórias do estilo, somente oPEARL JAM e o ALICE IN CHAINS seguem em atividade atualmente.
Temos a abertura com a belíssima faixa “Once“, em que temos fortes influências de Hard Rock e uma bateria bem swingada no refrão. Era a rebeldia em forma de música.
Fonte: Roadie-metal.com
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