sexta-feira, 18 de março de 2022

NILE – “VILE NILOTIC RITES “(2019)


Nuclear Blast Records

Nile jamais decepciona. Seu nono álbum completo, “Vile Nilotic Rites”, lançado em 2019 pelo selo Nuclear Blast, comprova essa afirmativa. A banda de Brutal/Death Metal da cidade de Greenvile parece ficar ainda melhor a cada novo registro. As letras com temática egípcia e canções recheadas de técnica e selvageria conquistam cada vez mais fãs para o Metal da Morte com o passar dos anos.

“Long Shadows Of Dread” já abre o álbum mostrando o habitual cartão de visitas do Nile e sua conhecida sonoridade extrema, exatamente da maneira que se esperava. A técnica dos músicos impressiona muito. “The Oxford Handbook Of Savage Genocidal Warfare” supera a faixa anterior em peso, velocidade e virtuosismo. A banda parece querer explorar além do extremo já conhecido. Na sequência, a faixa título reduz um pouco o andamento, mas não a brutalidade. A bateria de George Kollias só falta falar, pois ele é acima da média.

Um som como de orquestra introduz “Seven Horns Of War”, minha canção preferida do disco. O baixista Brad Parris realiza uma performance de fazer cair o queixo. Uma faixa de quase nove minutos de duração que passa longe de ser enjoativa. Só ela já teria feito o trabalho não ter sido em vão. “That Which Is Forbidden” proporciona uma atmosfera Doom Metal em seus primeiros acordes, mas após dois minutos, trás o Death Metal de volta. “Snake Pit Mating Frenzy” tem uma pequena pitada de Thrash em seu tempero, o que a torna bem interessante no contexto do álbum.



“Revel In Their Suffering” tem os melhores riffs do full-lenght. Apesar de sustentar a tônica das primeiras faixas, ela tem um ar épico que a torna única. O tema instrumental “Thus Sayeth The Parasites Of The Mind” é completamente baseado em música egípcia e serve de introdução para “Where Is the Wrathful Sky”, a qual, igualmente, intercala sonoridades típicas do país árabe. Excelente canção, diga-se de passagem.

As músicas mais extensas são um dos pontos mais fortes do Nile. “The Imperishable Stars Are Sickened” prova isso de uma vez por todas. As variações e influências rítmicas são responsáveis pela elevação do nível musical da banda. O disco encerra com “We Are Cursed”, a qual mescla elementos presentes em todo o seu conteúdo. Uma bela despedida, deixando um gosto de quero mais, que só será saciado no lançamento do próximo full-lenght.

Metal da Morte apresentado em “Vile Nilotic Rites” enche o Deus Anúbis de orgulho, fazendo com que nós, meros mortais metalheads, também nos orgulhemos de seu resultado final.

Fonte: Roadiemetal.com

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