segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Nightwish tem lançamento especial com experiência virtual

Cerca de 150 mil fãs do mundo inteiro presenciaram, no último dia 28 de maio, a aguardada apresentação virtual do Nightwish, que foi a primeira divulgando o novo álbum Human. :II: Nature (2020). O evento, cercado de mistérios, apresentou Jukka Koskinen (Wintersun) como substituto de Marko Hietala no posto de baixista do sexteto finlandês. 

Logo no início, o cenário da “taverna” feito digitalmente revelou-se menos “espetaculoso” do que fora anunciado, mas ainda assim valeu muito o esforço.

As grandes virtudes e defeitos da trupe de Tuomas Holopainen, entretanto, permaneceram as mesmas. Só mudou o endereço do presencial para a “live”.

Entre os pontos positivos, destaque para o setlist que passeou por diversos álbuns e resgatou músicas esquecidas, como 7 Days To The Wolves.

Entre os negativos, a total falta de interação entre a banda foi evidenciada no formato online e Floor Jansen continua apostando nos vocais mais graves do que em seu potente lírico (o final de Shoemaker que o diga!).


Quanto ao novo baixista, Jukka, é impossível julgar. A ferida da saída abrupta de Marko ainda está aberta, mas o novato cumpriu seu papel. Inclusive, foi um dos que mais interagiu, timidamente, com Tuomas e o guitarrista Emppu Vuorinen.

Dados os devidos descontos por estarem fora de forma devido à ausência de shows, a sensação é que faltou aquele verniz energético que cobre uma banda e transforma cada músico em sua individualidade em uma máquina potente e única.

No âmbito musical, a banda resolveu o problema da falta da voz de Marko com algumas boas sacadas. Logo de cara, Floor Jansen cantou as partes de Planet Hell originalmente interpretadas por Marko. Certamente foi melhor do que dar as frases à voz suave de Troy Donockley, o cara das flautas.

Troy, no entanto, aceitou o desafio de substituir o barbudo finlandês em I Want My Tears Back e simplesmente não rolou. Com sua voz doce, seria mais produtivo colocar ele para cantar The Islander ou The Crow, The Owl and The Dove, dos tempos de Marko.

A roupagem folk de 7 Days To The Wolves, o final dramático de Nemo (com Floor no talo) e escolhas acertadas como She Is My Sin, do Wishmaster, foram alguns dos pontos altos da apresentação.

Fonte: Whiplash.net

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