A banda KK’s Priest, que reúne dois icônicos ex-integrantes doJudas Priest, o guitarrista K.K. Downing e o vocalista Tim ‘Ripper’ Owens, mais o guitarrista A. J.Mills, o baixistaTony Newton e o bateristaSean Elg, acaba de anunciar seu próximo álbum de estúdio, The Sinner Rides Again. O disco, sucessor do debut Sermons of the Sinner (2021), foi produzido e composto por Downing, mixado e masterizado porJacob Hansene será lançado no dia 29 de setembro pelaNapalm Records.
Downing comenta: “Para continuar o legado do rock e do metal tradicionais do qual tive a sorte de fazer parte por mais de 50 anos, este último álbum, The Sinner Rides Againg, foi criado para levar o ouvinte a uma jornada real e fictícia com seus personagens, embora às vezes ambígua. Essas músicas permitem que a imaginação de todos os fãs deste maravilhoso gênero musical escape da realidade e se junte a nós para continuar nossa experiência de heavy metal no futuro”.
E o primeiro single de The Sinner Rides Again vai para a música de título sugestivo para quem é fã do Judas Priest, One More Shot at Glory. O single acompanha videoclipe, que foi dirigido e editado por Charlie Smith, da Mind Art Visual. Assista:
Confira o tracklist e a capa de The Sinner Rides Again:
Uma das bandas mais renomadas do metal brasileiro, TORTURE SQUAD, anuncia o tão esperado novo álbum, intitulado ‘Devilish’. O disco dá início a nova parceria da banda com a gravadora italiana Time To Kill e será lançado em 22 de setembro de 2023. Junto com o anúncio, a banda divulga a arte da capa, feita por Marcelo Vasco, ilustrador brasileiro que já criou artes para Slayer, Dimmu Borgir, Soulfly entre outros.
Sobre o novo álbum, MAYARA PUERTAS comenta:
” ‘Devilish’ é um álbum envolto por uma atmosfera sombria, suas letras mostram anseios vivenciados em nosso século, como a constante degradação da floresta amazônica e a população cada vez mais acometida por doenças psicológicas como ansiedade e depressão. Ao mesmo tempo, abre janelas de fuga para um mundo imaginário inspirado em games, séries e livros de ficção”.
Em seu segundo álbum com a nova formação, Mayara Puertas (Voz), Rene Simionato (Guitarra), Castor (Baixo) e Amilcar Christófaro (Bateria) transcendem com maturidade a sonoridade do metal extremo, incorporando o metal progressivo, influências da música brasileira e sinfônica elementos.
O álbum também homenageia os heróis brasileiros com a participação de Andreas Kisser (Sepultura) na faixa “Buried Alive”, é uma homenagem a Rickson Gracie o resiliente lutador de Jiu Jitsu considerado uma das maiores lendas do esporte, tema da faixa “Warrior”. A banda também mobilizou diversos músicos ligados às causas indígenas em seu país para colaborar na música “Uatumã”, fazendo um apelo pela preservação da Amazônia em uma canção que flui de forma potente com as falas do líder indígena Raoni Metuktire e ritmos tribais.
Atualmente TORTURE SQUAD segue com a agenda lotada, realizando shows por todo o Brasil e se prepara para lançar ‘Devilish’. Mais informações serão divulgadas em breve.
TORTURE SQUAD lançou recentemente o álbum ao vivo ‘Tortura en La Iglesia En Vivo’, com o single inédito “The Fallen Ones”, com estreia exclusiva no site Decibel Magazine. O disco sintetiza a energia dos headbangers presentes no dia 16 de julho de 2022, onde a banda se apresentou em noite esgotada no La Iglesia, em São Paulo, uma das maiores metrópoles do mundo, e todo o show gravado deu origem ao novo álbum ao vivo.
‘Tortura en La Iglesia En Vivo’ está disponível nas plataformas digitais e na versão física, lançada pela Voice Music. Adquira sua cópia através do link: https://heartmerch.com.br.
Torture Squad é visto pelos fãs de música extrema como uma das bandas de metal mais viscerais e poderosas em ação atualmente. Com quase três décadas de atuação, com excelentes apresentações ao vivo inclusive nos mais importantes festivais de metal do mundo, o grupo brasileiro reuniu legiões de fãs tocando por todo o país, América Latina e Europa.
Em 2019, enquanto preparavam o novo álbum, o Torture Squad chegou a um dos maiores festivais de música do mundo, o brasileiro Rock in Rio, onde se apresentou para um público de 120 mil pessoas. Em um elenco repleto de lendas do metal como Anthrax, Slayer, Sepultura, Scorpions e Iron Maiden, o show foi épico ao lado de Chuck Billy (Testament) e os brasileiros do Claustrofobia no palco Sunset, com o set abrangendo músicas de toda a carreira Torture Squad e clássicos do Testament. Depois do Rock in Rio, veio a tão esperada turnê pela América Central passando pelo México, Honduras, El Salvador e Guatemala. O destaque foi o show no Mexico Metal Fest que o Torture Squad foi um dos headliners.
Em 2020 lançaram um novo single e vídeo chamado “O Doutrinador”, inspirado em um personagem de quadrinhos brasileiro que também virou filme e série de TV. A versão em inglês do single e vídeo chamado “The Awakener” também está disponível. Em 2021 a banda comemorou vinte anos do lançamento de seu terceiro álbum ‘The Unholy Spell’ (2001) tocando álbum inteiro em Lives e shows ao vivo.
Em 2022 o Torture Squad se apresentou pelo Brasil ao lado de grandes bandas como Exodus e Nervosa, provendo também o recém lançado disco ao vivo ‘Tortura en La Iglesia En Vivo’.
A banda canadense de death metal Kataklysm divulgou nesta sexta-feira (30 de junho) o vídeo oficial de "Die As A King". A música é uma das faixas do próximo disco de estúdio do grupo, "Goliath", que tem lançamento previsto para o dia 11 de agosto. Clique no player abaixo e confira o clipe.
Poucas bandas alcançaram o que o Kataklysm conseguiu em sua longa e rigorosa carreira, mas o que realmente os diferencia das massas é ver o mundo com olhos verdadeiros e criar a paisagem musical perfeita para descrevê-lo. Com este novo álbum,o Kataklysm dá um álbum inocente, mas agressivo em um momento de tanta incerteza. "Goliath" é a resposta da banda ao tipo de mídia que estava sendo alimentada à força de ambos os lados e surgindo com sua voz e identidade que os tornou as figuras do death metal.
"Goliath" é o sucessor de "Unconquered", lançado em setembro de 2020.
O Marduk vai lançar "Memento Mori", seu novo álbum de estúdio e 15º da carreira, no dia 1º de setembro, pela gravadora Century Media Records, cuja capa pode ser vista abaixo. A informação é do Blabbermouth.
O vocalista Daniel Rostén comentou sobre o álbum: "'Memento Mori' é, ao mesmo tempo, um salto ousado à frente, um desvio calculado e um olhar saudoso para trás. Significa que avançamos sem esquecer nossa herança ou a jornada que nos trouxe até aqui".
Ouça no player a seguir o single "Blood Of The Funeral".
Há mais de 20 anos, o vocalista/guitarrista Michael Poulsen tem liderado a máquina dinamarquesa Volbeat, lançando oito álbuns, vendendo milhões de cópias e lotando estádios ao redor do mundo. No entanto, antes de liderar o Volbeat, Poulsen formou a banda de death metal Dominus, que gravou quatro álbuns rápidos e brutais na metade dos anos 1990.
Quando Poulsen estava compondo as músicas para o álbum “Servant Of The Mind” do Volbeat em 2021, ele escreveu uma série de riffs de death metal e os salvou em seu celular.
Então, quando ele terminou o disco do Volbeat, ele começou a compor músicas para sua nova banda de death metal, Asinhell, cujo álbum de estreia “Impii Hora” (em latim, “Hora Ímpia”) é uma homenagem aos seus grupos favoritos da velha guarda.
Enquanto Poulsen canta no Volbeat e cantou no Dominus, ele não quis ser o vocalista do Asinhell. Então, em março de 2022, ele ligou para seu velho amigo, o ex-vocalista do Morgoth, Marc Grewe, e o convidou para se juntar à festa.
" Eu conhecia o Michael há muito tempo e ele sempre mencionava que um dia deveríamos fazer um projeto de death metal, mas nunca levei muito a sério porque ele estava tão ocupado com o Volbeat”, diz Grewe. “Então ele me ligou de verdade e disse: ‘Sim, eu quero fazer agora. Você está dentro?’ Imediatamente, eu disse ‘Sim, claro!'”
Depois de considerar amigos bateristas de bandas estabelecidas, Poulsen pediu a Morten Toft Hansen, do grupo dinamarquês Raunchy, para se juntar.
Os dois músicos veteranos começaram a ensaiar e completaram uma música completa quase toda vez que se reuniram. Grewe estava ocupado em casa na Alemanha quando chegou a hora de escrever as letras, então Poulsen enviou gravações das sessões de ensaio para o cantor iniciar o processo.
“Impii Hora” será lançado em 29 de setembro pela Metal Blade.
A banda brasileira de death metal Crypta lançou nesta terça-feira (27 de junho) a inédita "Trial Of Traitors". A música é uma das faixas de "Shades Of Sorrow", segundo disco de estúdio do quarteto fundado por Fernanda Lira e Luana Dametto, que tem lançamento programado para o dia 4 de agosto.
"Trial Of Traitors" é a segunda música de "Shades Of Sorrow" que foi liberada antes do lançamento do álbum (a primeira foi "Lord Of Runs") e pode ser ouvida no player abaixo.
Shades Of Sorrow" é o segundo disco de estúdio da banda Crypta e o sucessor de "Echoes Of The Soul", lançado em junho de 2021. O álbum marca a estréia da guitarrista Jéssica di Falchi.
A banda mais sanguinolenta do death metal da Flórida já tem título, capa, tracklist, videoclipe e data de lançamento anunciados para seu novo álbum de estúdio, sucessor de Violence Unimagined, de 2021. Chaos Horrific marca o aniversário de 35 anos do Cannibal Corpse e será lançado no próximo dia 22 de setembro através da parceira de longa data do grupo, Metal Blade.
Rob Barrett disse que Chaos Horrific foi o resultado de anos de crescimento em seu estilo de compor – ainda que tal estilo aconteça naturalmente. “Acredito que nossas composições progrediram de uma maneira em que cada música abre seu próprio caminho, seja uma música direta ou técnica. Às vezes é uma mistura dos dois, então não há uma ideia preconcebida de que queremos ser mais técnicos. A música meio que toma seu próprio curso”, explica o guitarrista.
Como primeiro single, a banda lançou um videoclipe para a faixa Blood Blind. O produtor e também guitarrista, Erik Rutan, falou a respeito. “Blood Blind foi a primeira música que compus para Chaos Horrific. Tudo começou com aquela marcha fúnebre de um primeiro riff flutuando na minha cabeça e foi dali que decolou. Pesado e perturbador, ele abriu caminho para uma agressiva miscelânea de profundidade e escuridão turbulenta! Achei que seria ótimo colaborar, então fiz com que Paul (Mazurkiewicz, bateria) adicionasse sua estampa lírica nela”.
Mazurkiewicz comenta o conceito lírico de Blood Blind: “Blood Blind é sobre manipulações em massa para resetar a raça humana em um genocídio que foi abraçado por essas massas”.
Chaos Horrific Track List:
1. Overlords Of Violence 2. Frenzied Feeding 3. Summoned For Sacrifice 4. Blood Blind 5. Vengeful Invasion 6. Chaos Horrific 7. Fracture And Refracture 8. Pitchfork Impalement 9. Pestilential Rictus 10. Drain You Empty
Sob a batuta de Demonaz, o Immortal honra seu significado e apresenta seu mais novo álbum!
Muitas bandas acabam tendo fortes embates diante dos tribunais por vários motivos, dentre eles os direitos quanto ao nome da banda e também referente às composições. Grande parte acaba emperrando na justiça e ninguém consegue utilizar as partes ligadas a ela.
Em contrapartida, outras acabam ficando sob custódia de um ou mais integrantes, enquanto a parte derrotada, seja temporariamente ou em definitivo, decide por criar uma outra banda, quase que como um clone da banda original, e que por vezes acaba rivalizando com o trabalho do detentor do nome original, vide os casos de Venom Inc. e Entombed AD, como dois dos vários exemplos existentes. O caso do Immortal acabou não resultando em um segundo Immortal.
Os direitos da banda estão nas mãos de Demonaz, membro fundador, e este faz questão de levar a tradicional horda do Metal Negro adiante.
Sobre os problemas quanto aos direitos do nome da banda, a batalha judicial começou em 2014, quando Abbath ficou contrário ao Demonaz e também ao Horgh. A alegação foi que os dois músicos abandonaram o barco depois da retirada do seu equipamento do espaço de ensaio. A justiça local concedeu direito ao dois junto ao nome da banda.
Porém, há quatro anos, de acordo com o site noruegues VG, surgiu um novo conflito envolvendo o Immortal. Após Demonaz registrar o nome da banda no Escritório de Patentes da Noruega como marca exclusiva em 2019, Horgh tratou de entrar na justiça e a causa foi decretada a seu favor. Desse modo, Demonaz havia perdido o direito de usar o nome de forma exclusiva.
CONFIRA O QUE HARALD “DEMONAZ” NÆVDAL REVELOU AO SITE CHAOSZINE:
“TIVEMOS ALGUMAS DISPUTAS E JÁ HOUVE PROBLEMAS EM 2014 COM ISSO. MAS TUDO ESTÁ RESOLVIDO AGORA. NÃO POSSO DIZER A VOCÊ OS DETALHES PORQUE HÁ UM ACORDO EM VIGOR NOS IMPEDINDO DE DISCUTI-LO PUBLICAMENTE. EU TENHO UMA BANDA HÁ MAIS DE 30 ANOS, ENTÃO É IMPOSSÍVEL NÃO PERDER ALGUNS MEMBROS OU TER ACORDOS POR TANTO TEMPO. ACHO QUE TODA BANDA QUE DURA MAIS DE 20 OU 30 ANOS ACONTECERÁ O MESMO… NEM TODO CASAMENTO É UM CASAMENTO FELIZ. JÁ FAZ ALGUM TEMPO DESDE QUE TIVEMOS CONTATO. ENTÃO ISSO É NATURAL, EU ACHO. ELES ESTÃO OCUPADOS COM SUAS COISAS E EU ESTOU OCUPADO COM MINHAS COISAS. NÃO É COMO NOS VELHOS TEMPOS, QUANDO NOS ENCONTRÁVAMOS COM MUITA FREQUÊNCIA. MAS PARA MIM, É COMO SE NÃO HOUVESSE AMARGURA. EU SEGUI EM FRENTE E ELES SEGUIRAM EM FRENTE.”
Mesmo sem a presença de Abbath, que por sua vez, lançou seu projeto solo e autointitulado, se consolidando e encontrando liberdade para expor suas ideias musicais à sua maneira, já com três discos na prateleira, Demonaz possui carreira solo, mas optou por manter a chama do Immortal acesa, o que é muito importante para o cenário da música extrema. O trabalho anterior acabou não transcendendo muito e mal é comentado hoje em dia. Vale lembrar que seu nome é “NorthernChaos Gods” e foi lançado em 2018.
Agora, com um nome bem sugestivo, “War Against All” chega com a missão de resgatar os grandes momentos do esporte satânico sonoro e conta com as ilustres presenças do baixista Ice Dale (também conhecido como Arve Isdal do Enslaved), que também contribuiu com linhas de guitarra adicionais, e do baterista Kevin Kvale (Horizon Ablaze) como músicos contratados.
O décimo álbum de estúdio do Immortal aponta para o norte e carrega o característico ar gélido norueguês. Para essa nova missão foram construídas oito canções em um total de pouco mais de 35 minutos de duração, o que muitos consideram como o ideal ou próximo do ideal para um full length.
DITO ISSO, VAMOS EMBARCAR NESSA VIAGEM GLACIAL E VERIFICAR OS PRINCIPAIS PONTOS DESSE NOVO TRABALHO COMPOSTO EM SUA TOTALIDADE POR DEMONAZ.
Sem segredo nenhum, temos em “War Against All”, faixa que leva o nome do disco, uma abertura direta ao ponto e sem maiores novidades quanto à sua estrutura sonora. Seus versos relatam uma épica e intensa guerra, envolvendo os deuses dos deuses sob o céu vermelho-sangue com homens morrendo sob as encostas das montanhas. Riffs congelantes exaltam o reino das trevas, ou melhor dizendo: Blashyrkh.
EM UM BREVE RESUMO NAS PALAVRAS DE DEMONAZ, BLASHYRKH SIGNIFICA:
“O REINO DE TODAS AS TREVAS E FRIO.”
Inegavelmente para Demonaz, os primeiros anos do Black Metal são os que mais o inspiram. Isso é subitamente demonstrado aqui, ademais, com toda a estrutura de um Black Metal visceral sem aquela pompa melódica, apenas riffs afiados e diretos, bateria como uma locomotiva a todo vapor e baixo que funciona como uma parede de concreto de secagem rápida para deixar o alicerce bastante firme. Demonaz possui artimanha do estilo e demonstra tranquilidade ao lidar com o estilo que o colocou no mapa da mina da música extrema, além dos solos muito bem inseridos na trama.
Vemos em “Thunders Of Darkness” mais uma narração da grande batalha em que o domínio demoníaco dos céus fica extremamente explícito a partir dos primeiros versos. As hordas trovejantes cortam os céus como flechas em chamas e enviam toda energia para Demonaz e seus aliados, exímios combatentes infernais, com o propósito de executarem a receita gélida para seguimento dos trabalhos em prol do nome Immortal. Riffs e levadas de bateria com a companhia do contrabaixo, intensificando a disputa e causando colisões fortes entre os cavalos, arremessando cavaleiros de suas celas.
Como resultado, os acordes e bicordes dissonantes baixam ainda mais a temperatura para quase zero absoluto sem nenhuma extravagância, enquanto os riffs afiados e pedais duplos destroçam a neve para a locomotiva seguir trilho adentro. “Wargod” é o representante máximo de Blashyrkh e aquele que se sentará no trono. Temido por todos e tido como o único imortal, certamente o filho do trovão (não confundir com o Thor, também conhecido como Wotan) nasceu para conquistar e governar o Raventhrone.
Conforme citado em verso, o senhor da guerra acima dos homens é apoiado e louvado através dos acordes intrínsecos e bem elaborados por Demonaz, assim como as linhas cadenciadas escolhidas para a ocasião em variação com as partes em que os pedais duplos decolam. Seria muito mais devastador, visto que não repetisse tanto antes dos vocais de Demonaz esticarem a última sílaba para abrir espaço para um dedilhado calmo. Em pouco tempo, já estamos diante de novos riffs e a canção ganha mais velocidade. Certamente, locomotiva tradicional pede passagem.
Sob a encosta negra da montanha, “No Sun”. O céu é sempre negro, primordialmente sobrepondo a lua cheia. O vento frio e a neve congelante são seus acompanhantes nessa viagem. A sonoridade envolve a tropa com seu dedilhado gélido e ardente por consequência da baixa temperatura, causando queimaduras nos seres de alma apodrecida por causa de suas crenças malditas. Trata-se de um típico riff de Black Metal em que se repete e se molda para que fique mais denso nos momentos específicos, enquanto baixo e bateria acompanham toda a trajetória sem danificar o compasso com algo fora do esquadro.
Contudo, no momento em que a sustentação das notas se faz presente, fica nítida a resistência e o empenho necessário para tocar esse pantanoso estilo. Assim, representante da mensagem sem a presença da luz solar, a canção muda seu tráfego ao passar pelo solo petrificado e coberto por neve próxima de seu fim. Sem sol no horizonte, estrelas frias seguram o céu, assim como pregos feitos de estalactites, prendendo o forro escuro no teto.
“Return To Cold” marca a representação de Blashyrkh como uma casa, apesar de sempre fria e silenciosa, uma boa moradia para um guerreiro em batalha eterna. Em resumo, baixo em forma de inverno e neve, geada de riffs de guitarra e luz do norte acesa pela incessante bateria, fazem da canção uma quase continuação de sua antecessora através dos acordes parecidos.
Há uma pausa muito bem elaborada, o que traz mais vitalidade para a música, mesmo que ela seguindo por uma caminhada com velocímetro na média. O prato de ataque é utilizado a fim de intensificar cada golpe que a horda desfere nos tímpanos já congelados pelo tradicional Black Metal oriundo de Os/Bergen, Vestland.
“Norlandihr” é um tema instrumental com notas em forma de partículas de gelo em seu início. O comboio de notas calmas segue até que o exército de vida eterna chegue com seu armamento amplamente pesado para devastar o território inimigo e contar a história por todos os lugares que conquistou ao longo do tempo. Um novo dedilhado é desferido e abre espaço para a comitiva dar sequência ao seu percurso, dessa vez com as guitarras seguindo por caminhos diferentes até se encontrarem no fim de cada túnel.
Os solos surgem para colocar os mercadores do inferno diante do brilho lunar sob o céu enegrecido pelos demônios que habitam nos arredores de cada acorde contrário feito. O baixo surge de modo isolado e mostra-se com as cordas cheias de neve, de acordo com sua distorção. A cavalaria prossegue… São pouco mais de sete minutos de emoção, espinha congelada e alma vibrando com a aurora boreal que paira nos céus ao anoitecer cintilante. Vale destacar os contratados,Kevin Kvålepara conduzir o kit macabro eArve Isdal (ou Ice Dale, você decide) para manter o prumo através do baixo e ditar o ritmo de clima escandinavo com o ar rarefeito das alturas montanhosas.
Entronizada na mente do autor, a luz da lua fortalece a tempestade que levou sua alma. Está vivo, atemporal e forte. Por conta da energia sombria e escura, e seu espírito de gelo, ele está e é “Immortal”. O inverno nunca morre para o homem do norte montado em seu cavalo. Seu sangue congelado ferve ao ver um mar de espadas do outro lado do mar. O guerreiro imortal é movido pela conquista e pela defesa da terra fria e também é tido como um morto-vivo pelos céticos.
Seu som reflete diretamente no que Demonaz planejou para o disco. Sem uma introdução, a canção começa bem direta e os riffs mudam o ritmo em contraste com o momento, seja uma emenda de estrofe, ou ponte para o refrão, lá estão as mudanças sutis, mas sem mudar o rumo da prosa. O lance é tocar Black Metal de acordo com o aquilo que representa o estilo representade fato.
A diferença está na produção, que é bem equilibrada e dá ênfase a todos os instrumentos, assim como as linhas de voz. A pausa somente com as guitarras esbravejando suas notas rasgadas como cortes de esmeril, enriquecem a faixa, tirando-a do modo comum e completamente simples. A simplicidade fica por conta das poucas variações e do mesmo modo constante de levada, contudo, se observar a bateria e o baixo. Afinal, isso é ruim? Jamais! É gratificante ouvir sonoridade mais crua, mesmo que não seja absolutamente crua. No desfecho final, o trono é reivindicado e as florestas são despedaçadas ao som dos guerreiros. Ninguém governa sob o céu e os dias caem para todos os filhos.
Sob um pálido sol, exércitos de noruegueses marcharam montanhas adentro para ressuscitar o orgulho e a honra de outrora. Escuridão, frio e lua de inverno, estas são características que formam o trono, “Blashyrkh My Throne”, o trono do norte. Sabe aquelas notas congelantes de outras ocasiões no disco? Aqui elas se mostram além de congelantes, bastante melancólicas também. O inverno rigoroso atinge em cheio cada instrumento, os tornando armas da neve contínua. Demonaz está em casa e quer de uma vez por todas o seu trono em Blashyrkh. Com uma linha de bateria mais cadenciada, é apresentado aquele Black Metal com notas dissonantes e levada mais calma, sem perder peso.
Arranjos de guitarra aparecem em meio ao silêncio dos outros equipamentos, mas apenas por pouco tempo. Logo o andaime montado para sustentar as paredes musicais surge para fortalecer a obra e oferecer aos vocais rasgados uma camada de proteção rígida. Mais um dedilhado solitário e toda a horda reaparece para colocar duas linhas de guitarra, sempre com uma melodia entristecida a mais em apoio às graves bases principais. O final é completamente direto como o começo da trama. Simplesmente acaba e não diz mais nada.
INFORMAÇÕES SOMBRIAS, CONCLUSÕES NEFASTAS E CURIOSIDADES CALAMITOSAS ADICIONAIS:
Lançado no dia 26 de maio via Nuclear Blast, o novo álbum apresenta uma receita voltada para o simples, mas sem soar primitivo e sem explorar muito o lado melódico. Pode trocar por melancólico e hostil, mas tranquilo de se ouvir. A ideia fica clara desde o início e mostra o Immortal em um caminho sem tantas variações dentro de cada canção, mas com alternâncias entre elas. Portanto, não é um álbum reto nem quadrado. É um álbum direto e com camadas que permeiam as faixas e as colocam em um modelo parecido com o que é feito no Besatt e no Dark Funeral.
Sobre Blashyrkh, sua origem vem de um reino mitológico localizado no cume de uma montanha, conforme descrito como “muito acima de ravengate” em relação à sua localização. Sua paisagem remete a uma região rústica e povoada por montanhas antigas, bosques misteriosos e arrepiantes, com efeito causado pelo grito dos corvos. Esse tema pode ser encontrado com mais detalhes em uma das clássicas canções do Immortal, essa mesmo que você pensou e disse pra si mesmo (a)! “Blashyrkh(MightyRavendark)”, última faixa do 3º álbum, “BattleIn The North” (1995), contém o retrato da cidadela cercada por corvos que contornam os portões, ao mesmo tempo em que são cercados por demônios. Lá predominam os legítimos reis dos salões mais altos, então você pode conferir a fundo através do álbum citado.
NÉVOA EM FORMA DE FICHA TÉCNICA:
Produzido e gravado no Conclave &Earshot Studio por Arve Isdal (Ice Dale), tendo a parceria de Herbrand Larsen na gravação, Iver Sandøy cuidou da masterização no Solslottet, enquanto Håkon Grav foi o encarregado para elaborar o layout. A arte da capa recebeu a assinatura de Mattias Frisk.
“I AM IMMORTAL, MY SPIRIT OF ICE MY BLOOD IS FROZEN, I DWELL IN THE COLD MY FIRE COME FROM THE MOON AND MY EYES STARE INTO THE GLOOM”