Ola Englund, guitarrista do The Haunted, comentou:
“‘Death To The Crown’ é uma daquelas músicas que simplesmente surgiram da mais pura frustração. É sobre aquele sentimento de ver políticos ou líderes tratando pessoas reais como peões em algum tipo de jogo. Não se trata de uma pessoa ou país específico — trata-se de um padrão maior. O poder subindo à cabeça das pessoas, egos crescendo fora de controle e o resto de nós tendo que lidar com a bagunça. É pesado. É agressivo. É o The Haunted.”
“Songs Of Last Resort” é décimo álbum de estúdio do The Haunted e o primeiro desde “Strength In Numbers” de 2017.
Indagado sobre o motivo pelo qual a banda demorou tanto para lançar um novo disco, o guitarrista Patrik Jensen, disse em uma entrevista recente com JJ Caithcart da Different Stages Radio:
“Nós nunca fizemos uma pausa. Sempre quisemos compor o próximo álbum. Ola sempre teve material novo, porque ele tem seu canal no YouTube. Ele faz demos o tempo todo e tem que compor toda semana. Jonas Björler [baixista], estava se sentindo esgotado por ter escrito dois álbuns do At The Gates sozinho. Seu irmão gêmeo não estava no [At The Gates na época]. Anders está de volta [no At The Gates] agora. Mas, sim, então Jonas estava esgotado por causa disso.
Veja bem, quando o The Haunted começou, éramos uma banda de ensaio. Fomos uma banda de ensaio por muito mais tempo do que nossos colegas de Gotemburgo. Então é assim que compomos nossas músicas. O tipo de thrash que tocamos é meio que progressivo, e precisa daquela pegada ao vivo para se tornar apropriado ao gênero. Mas depois que trocamos muitos membros em 2012, todos nós moramos em cidades diferentes — todos nós. Até mesmo em países diferentes, já que nosso baterista Adrian Erlandsson mora em Londres desde 1999, quando deixou o The Haunted para se juntar ao Cradle Of Filth.
Mas sim, então depois de ‘Strength In Numbers’, eu senti que… Parece um pouco rígido. Eu queria que o próximo álbum soasse mais como o The Haunted soava naquela época. E eu não sabia que o que eu tinha no meu computador, as ferramentas que eu tinha, os plugins de guitarra estavam me atrapalhando. Mas para tentar fazer as coisas andarem, reservei um estúdio aqui na minha cidade natal. Nós trouxemos o Adrian de avião, então só ele e eu, íamos passar seis dias no estúdio compondo músicas. Eu tinha um monte de ideias. Íamos fazer uma boa quantidade de músicas aqui. Então, tínhamos tudo pronto. Voltamos para minha casa. Ele estava dormindo no meu sofá. Íamos começar do zero no dia seguinte. O Adrian pegou uma virose e ficou exausto por três dias. E aí, no terceiro dia, é claro que eu peguei, porque é assim que a virose funciona. Então, eu ainda estava doente quando ele teve que voltar, arrumar tudo e pegar o avião para casa. Então, nem um minuto sequer se passou, de tudo isso. Então, foi uma chatice. Isso foi em 2021. Também tivemos a pandemia no meio. Mas em 2018 comecei a trabalhar como líder de uma equipe de guitarra em uma empresa que fabrica plug-ins de guitarra. Então, em março do ano passado, lançamos um plug-in de guitarra de alto ganho, o ENGL Savage. E quando toquei isso, percebi que soava como se eu estivesse sentado no espaço de ensaio. Foi onde eu cresci. Ola, ele é alguns anos mais novo que o resto de nós, então ele está acostumado a tocar tudo no computador; é assim que ele sempre fez. Mas, de repente, me senti em casa. Eu podia tirar tudo o que eu queria da minha mão direita. Então, entre março do ano passado e o final do verão — quanto tempo é isso, seis meses? — eu tinha escrito 11 músicas para este álbum. Eu não tinha ideia de que estava tão limitado pelas ferramentas que tinha à minha disposição. Então, de repente, eu tinha músicas, Ola sempre teve músicas. Eu disse ao outro Pessoal, ‘Ok, vamos gravar isso em novembro’. Encontrei um estúdio, o estúdio que aprendi a conhecer através do trabalho que faço com o The Hallo Effect. E, claro, eles ficaram felizes, mas também céticos. Com tantos anos e nada acontecendo, eles ficaram tipo, ‘Será que vamos mesmo estar prontos?’ ‘É, cara, vamos estar prontos.’ E, eventualmente, o Jonas também começou. E, sim, entramos no estúdio e essa coisa saiu.”
Sobre o que ele achou do resultado de “Songs Of Last Resort”, Jensen disse:
“Você sempre fica feliz com um novo álbum, mas não sabíamos. Achamos que é um álbum muito bom. Não sabíamos quando entramos no estúdio que seria mais do que um novo álbum, se é que isso faz sentido. Mas quando as coisas começaram a ser adicionadas, no início da mixagem, quando começamos a ouvir as músicas com vocais e solos, estávamos, tipo, no nosso grupo de bate-papo, ‘Isso soa muito bom’. Todo mundo estava dando sua opinião. Então talvez tenha valido a pena a espera, mas, sim, nunca pretendemos que durasse oito anos. Agora estamos de volta aos trilhos. Já comecei a compor para o próximo álbum, porque é muito fácil. Eu digo ‘fácil’ — é trabalho, mas não me sinto mais preso
Fonte. Mundometalbr.com
