segunda-feira, 2 de junho de 2025

Incantation: “Eu venho de uma cena anterior, onde não havia regras, era só ser brutal, pesado, puto e mandar o mundo se f****”, diz John McEntee

 

John McEntee, vocalista/guitarrista do Incantation, refletiu sobre a ramificação Death Metal que resultou no surgimento de várias subvertentes como o death-doom, deathcore, brutal death metal, blackened death metal, etc. Durante uma nova entrevista com o Garza PodcastJohn relembrou seu começo na música extrema “antes que houvesse regras” no Death Metal, e o momento em que o gênero começou a se ramificar:



“Quando começamos, ainda era cedo o suficiente para que não existissem, entre aspas, ‘regras’ que eu aprendi mais tarde. Mas eu venho de uma cena anterior, onde não havia regras, era só: ser brutal, pesado, puto e mandar o mundo se foder.

Era como uma mistura de thrash agressivo, punk e hardcore. Simplesmente tudo — tudo junto, tornando o mais maligno e devastador possível. E então acho que, em certo ponto, começaram a surgir regras no death metal.”



Explicando que aquilo não era uma crítica às bandas que surgiram posteriormente, John McEntee abordou as diferenças entre as bandas pioneiras e as que vieram mais tarde:

“Não estou criticando, mas as bandas que surgiram nos anos 80, acho que não existiam… Você não pensava dessa forma, porque ainda estava sendo meio que criado, mesmo que já existissem bandas, obviamente como Death, Carcass e Bolt Thrower, todas começando naquela época. Mas ainda assim, não estava definido.

Parecia que, quando o material da Earache começou a ser lançado, a Roadrunner — ou Roadracer — começou a lançar material, a coisa começou a ficar um pouco definida, e então as pessoas começaram a seguir esse modelo. Então, eles estavam seguindo um ‘modelo da próxima geração do death metal’. Viemos quase de um pré-modelo do death metal.”



Antes do IncantationJohn McEntee fez parte do Revenant, onde gravou apenas as duas primeiras demos, “Beyond the Winds of Sorrow” (1987) e “Asphyxiated Time”, de 1988. Ele falou sobre sua passagem pela banda:

“Foi mais como se estivéssemos apenas descobrindo, como se nem soubéssemos 100% do que estávamos fazendo. Principalmente na minha banda anterior, Revenant. A gente simplesmente pegava tudo que era agressivo, louco e irritante e jogava na banda, e mandava o mundo se foder, esse tipo de coisa.”

O Revenant esteve em atividade entre (1986-1995), mas gravou apenas um álbum completo, “Prophecies of a Dying World”, de 1991. Quando o disco foi lançado, John já havia deixado a banda juntamente com o baterista Paul Ledney (em 1988), para fundarem juntos o Incantation em 1989. Porém, Paul Ledney só gravou a primeira demo do Incantation “Reh.1.3.90” e saiu para fundar o Profanatica em 1990. Outro detalhe sobre o Revenant, é que, em 2002, eles se reuniram com a mesma formação do seu único disco e lançaram o EP de quatro faixas, “Overman”.



A formação era: Henry Veggian (vocal, guitarra), Dave Jengo (guitarra), Tim Scott (baixo) e Will Corcoran (Bateria). Infelizmente, Will faleceu em janeiro de 2022.

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Fonte. Mundometalbr.com.br

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