E é bom quando uma expectativa negativa é quebrada. "Psychosis", lançado em novembro de 2017 lá fora e que ganhou edição nacional pela Hellion Records, fez com que eu esquecesse a imagem negativa deixada pelo álbum anterior. Ao invés de Max na produção, temos Arthur Rizk regulando a mesa de som. O guitarrista Marc Rizzo, parceiro de longa data dos Cavalera, completa o trio central da banda, que ainda contou com o próprio Rizk no baixo, além de diversas participações.
De modo geral, "Psychosis" é o disco menos experimental do Cavalera Conspiracy. Não temos em nenhuma das suas nove músicas o lado mais inovador que levou Max a ser reconhecido tanto no Sepultura quanto no Soulfly. O que não quer dizer, necessariamente, que estejamos diante de um disco menor, o que realmente não é verdade.
Dá pra dizer que "Psychosis" é o trabalho mais convencional do Cavalera Conspiracy, e talvez o mais extremo da banda. As canções passeiam pelo espectro do thrash metal, com algumas aproximações com o death. Iggor insere algumas batidas tribais bastante sutis, principalmente nas viradas de bateria, enquanto o trabalho de guitarra não tem nada de "noise" e é bem focado na pegada tradicional tanto do thrash quanto do death metal. "Hellfire" tem uma característica mais industrial que contrasta com o restante do tracklist, assim como a atmosférica faixa título, enquanto em outros momentos, como na ótima "Judas Pariah", o Cavalera Conspiracyabraça o seu lado death metal sem medo e nem receio.
"Psychosis" é um bom disco com músicas fortes como "Insane", "Terror Tactics", "Impalement Execution" e "Judas Pariah", que soa muito superior ao álbum anterior do Cavalera Conspiracy e mantém esse projeto de Max e Iggor ainda atraente e interessante para os fãs.
Fonte: Whiplash.net
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