EDITORIAL
UM ANIVERSÁRIO SEM FESTA
Todo mês de maio tem um significado especial para nós da ROADIE CREW, pois foi neste mês, em 1998, que lançamos nossa primeira edição de circulação em todo o território nacional. Com a publicação da edição #254 iniciamos o ciclo do 23º ano em que a revista se tornou profissional. Mas quem nos acompanha desde o início sabe que a Roadie Crew começou bem antes, ainda como fanzine, cuja estreia se deu em agosto de 1994 (ed. #0) durante a realização do primeiro festival “Monsters of Rock” produzido no Brasil. Até o final de 1997 foram 8 edições do fanzine (de #0 a #7), mais a publicação do projeto piloto da revista oficial (ed. #8), que saiu em fevereiro de 1998. Portanto, já são quase 26 anos de dedicação ao rock em geral e ao heavy metal em especial.
Infelizmente, desta vez, mesmo tendo motivos para comemoração, não poderemos ter uma festa de aniversário. A causa principal que impede reunirmos toda a equipe para uma celebração é a grave crise na área de saúde que assolou o mundo neste primeiro semestre de 2020, com a pandemia do covid-19, que não poupou lugar nenhum neste planeta. Muitas vidas se perderam, incluindo artistas e profissionais que atuavam no cenário musical do qual fazemos parte, e a eles rendemos nossas homenagens e registramos nossos agradecimentos pelo trabalho que desenvolveram em prol da música pesada. Isso vale para músicos, técnicos, produtores, promotores de eventos, divulgadores, enfim, todas as pessoas que, de alguma forma, dedicaram sua vida, ou ao menos parte dela, ao rock e ao metal. Que continuem fazendo aquele barulho de respeito onde quer que se encontrem em outro plano.
Aqueles que continuam na batalha com certeza conseguirão superar esses momentos tão difíceis, até porque quem trabalha com esse tipo de música não o faz por mera obrigação. Existe muita paixão envolvida, e as coisas vão voltar ao normal. E quem tem o privilégio de curtir, de sentir o prazer de ouvir esse gênero musical, tem tido a oportunidade de dedicar mais tempo ouvindo música de alta qualidade. E a quantidade de obras disponíveis para se desfrutar é gigantesca, afinal são mais de 60 anos de produções que não têm prazo de validade e nunca se desgastam com o passar do tempo. Para quem é obrigado a ficar em casa para minimizar os riscos de contaminação, além das facilidades que a tecnologia possibilita no acesso às músicas através de plataformas de streaming, esta é uma grande oportunidade para colocar em dia as audições de seu próprio acervo. Afinal, nós, os amantes dessa arte geralmente somos colecionadores de discos de vinil, CDs, DVDs e revistas. E não há quase nada na vida melhor do que ouvir seu som preferido, no sossego da sua casa e no volume que você gosta.
Desde o final de 2019 temos enfrentado dificuldades com o cumprimento de prazos de serviços dos quais fazemos uso, entre eles distribuição em bancas, entregas para assinantes e serviços gráficos. Por essa razão, as edições deste primeiro semestre foram publicadas com frequência bimestral. Estamos trabalhando no sentido de voltar ao normal o mais breve possível.
Airton Diniz
CENÁRIO
VOCIFER
OS CONTADORES DE HISTÓRIAS DO TOCANTINSAbençoados por Shaman e Angra, apadrinhados por Thiago Bianchi, do Noturnall, e responsáveis por propagar lendas antigas da região amazônica por meio do heavy metal, os tocantinenses do Vocifer são uma grande revelação no cenário nacional. Em sua estreia, Boiuna, o título faz alusão a um mito de uma cobra gigante que atacava embarcações e devorava pescadores. Responsável pelas composições e a gravação do debut, João Noleto (vocal), Pedro Scheid (guitarra) e Lucas Lago (baixo) contam os detalhes sobre esses primeiros passos do grupo que, após as gravações, foi reforçado pelo guitarrista Gustavo Oliveira e pelo baterista Raphael Carvalho.
MARCIO BARALDI
IMAGINAÇÃO A SERVIÇO DO ROCK
Ao longo das décadas, Marcio Baraldi tem sido muito mais do que um cartunista que gosta de rock. Aliás, se você prestar atenção ao movimento cultural que ajudou a solidificar o rock brasileiro nas décadas passadas, encontrará o seu nome repetidas vezes associado às principais bandas do cenário. A mesma coisa acontecerá se pesquisar quem está hoje trabalhando para conservar a memória da música e dos quadrinhos no Brasil. Se tudo isso é motivo de orgulho, existe algo especial para ser celebrado neste momento: o relançamento especial comemorativo dos 15 anos do game Roko-Loko no Castelo do Ratozinger, que já pode ser baixado na Steam. Celebrando sua longa jornada e o aniversário do jogo daquele que é o seu personagem mais célebre, Baraldi conversou com a ROADIE CREW.
HELLISH WAR
MAIS UMA AULA DE HISTÓRIA E METAL
O Hellish War iniciou 2020 ainda colhendo os frutos de seu quarto álbum de estúdio, Wine of Gods (2019), considerado por muitos o mais consistente e imponente trabalho da discografia da banda de Campinas (SP). E se você ainda não escutou o mais recente petardo gravado por Bil Martins (vocal), Vulcano e Daniel Job (guitarras), JR (baixo) e Daniel Person (bateria), faça um favor a si mesmo e vá logo conferir essa aula de metal. E não deixe de ler abaixo a conversa que tivemos com Bil e Person.
SILVER MAMMOTH
VERSATILIDADE E MAIS MASSA SONORA EM NOVO TRABALHO
Muitos reclamam e questionam, mas o fato é que hoje, sem uma visão empresarial, encarar uma banda como negócio é fundamental para que ela sobreviva em meio ao oceano de grupos existentes. Junto aos consagrados Angra, Krisiun, Sepultura, entre outros, temos a galera do Armored Dawn e o Silver Mammoth, liderado pelo vocalista Marcello Izzo. Fundindo heavy/rock com psicodelia e toques contemporâneos, o grupo, completado atualmente por Renato Haboryni (guitarra), Chakal (baixo), Daniel Agostino (bateria) e Felipe Leão (teclado), chama a atenção não apenas pela música, mas também pela qualidade de seus clipes e o lançamento de alguns de seus trabalhos em vinil. Marcello Izzo fala um pouco sobre o sucessor de Mindlomania (CD, 2015) e Singles (compacto/vinil, 2017) e comenta sobre a pandemia gerada pela COVID-19.
DEAD OR A LIE
METAMORFOSE E AMADURECIMENTO
Criado em 2009 e com a mesma formação desde 2010, o Dead or a Lie começou a carreira como Dead or Alive e assim permaneceu por um bom tempo. Até que resolveram mudar tanto o nome como estilo musical, abrindo mão do hard rock e caindo de cabeça no stoner com alguns elementos que deixam o som ainda mais denso e sombrio. Assim, Matheus Vieira (guitarra e baixo), Carlos Oliveira (guitarra e baixo) e William Albino (vocal e bateria) criaram Monster, EP conceitual que fala sobre aquele monstro que mora dentro de cada um de nós. Os três conversaram com a gente para falar sobre tudo isso.
WILD HUNT
PRIMEIRO CAPÍTULO DA CAÇADA SELVAGEM
Não demorou praticamente nada, pois quando a banda Akallabêth encerrou atividades em 2008, Fábio Laporte já estava com um novo projeto pronto para estrear. Nascia o Wild Hunt. No entanto, a verdade é que o projeto demorou até finalmente colocar suas asas de fora. Foi apenas em 2018 que o EP Awakening Of The Wild Spirits viu a luz do dia, e só agora sua visibilidade está realmente aumentando. Uma pena, já que
se trata de um dos melhores trabalhos de folk/ black metal da atualidade. Sobre o fim da sua antiga banda, e tudo que aconteceu e está planejado para o Wild Hunt, conversamos com o mentor, Laporte.
FÖXX SALEMA
A PRIMEIRA BATIDA DE UM CORAÇÃO SELVAGEM
A vocalista Föxx Salema é, como todos nós, uma alma conectada ao heavy metal. Nesta entrevista, ela nos conta que cantava desde criança, mas que algo mudou quando conheceu o heavy metal: “Quando descobri o metal, foi o meu chamado, digamos assim. Alguma coisa que estava adormecida em meu íntimo despertou e eu pensei ‘é isso!’”. Daquele primeiro momento até o lançamento de Rebel Hearts, passaram-se vários anos. Föxx encontrou pela frente o melhor e o pior lado dos fãs de metal, mas encontrou na sua força interior na sua música e em seu caráter a bravura necessária para seguir adiante. Hoje, com o álbum de estreia em mãos, ela nos contou sobre alguns pontos dessa jornada.
ANGELIQUE
REVISITANDO OS PRINCÍPIOS DO GOTHIC/DOOM
Desde que nasceu em 2014 no Rio de Janeiro (RJ), a Angelique tinha muita clareza no gênero musical que queria praticar. Muito pelo fato de que o líder e principal compositor, o guitarrista Jonathan Dimithri, colocava tanta emoção em suas composições, que elas fluíam naturalmente pelos caminhos do gótico. Daí para acrescentarem doses cada vez maiores de elementos sinfônicos com arranjos cada vez melhor elaborados, foi apenas questão de tempo. Com a ótima recepção de seus singles mais recentes – The Seven Principles of Kybalion, inclusive, integra o volume 14 da coletânea Roadie Metal –, a banda deixa claro que tem um álbum sendo preparado, além de uma surpresa para os que a acompanham desde os primeiros dias. Confira o que o vocalista Beltane Tristesse nos contou sobre essa jornada.
ROADIE MAIL/TOP 3/MEMÓRIA
1 ANO SEM ANDRE MATOS
Escrevo para parabenizá-los pelas mais recentes edições. Não que elas sejam melhores que a história inteira de vocês, mas porque percebo que a qualidade é a mesma, mesmo com as mudanças de jornalistas. Afinal, o Batalha e o Claudio Vicentin não fazem mais entrevistas (gostaria de saber o motivo), André Dellamanha e Ricardo Campos devem estar em outras atividades. Mas hoje tem o Guilherme Spiazzi, Valtemir Amler e o Daniel Dutra que estão realmente fazendo um bom trabalho. E quando teremos alguma seção nova? Está na hora, essas novidades nos motivam e sabendo da qualidade de vocês, sempre pode vir coisa boa. E, para terminar, mês que vem faz um ano da passagem de Andre Matos. O que podemos esperar da ROADIE CREW? Obrigado, abraços.
Marcelo Cardoso
Curitiba/PR
Curitiba/PR
Hoje temos Antonio Carlos Monteiro, Guilherme Spiazzi, Valtemir Amler, Daniel Dutra, Thiago Prata, Leandro Nogueira Coppi, João Messias Jr., Claudio Vicentin, eu e outros da equipe, fazendo seções, resenhas, entrevistas e os especiais. Sobre o saudoso Andre Matos, ele terá uma belíssima, e merecida, homenagem com o anúncio do documentário em sua memória: “Maestro do Rock”. Este projeto, que a equipe da ROADIE CREW irá ajudar no que os produtores precisarem, teve início em 2018, quando o próprio Matos autorizou uma entrevista. O filme conta com direção de Anderson Bellini e com pauta e produção do jornalista Thiago Rahal Mauro, que foi integrante da equipe da ROADIE CREW. (Ricardo Batalha)
ENTREVISTAS
Nightwish
Daniel Dutra
Daniel Dutra
Foram cinco anos de espera, mas finalmente Floor Jansen (vocal), Tuomas Holopainen (teclados), Emppu Vuorinen (guitarra), Marco Hietala (baixo e vocal), Troy Donockley (gaita irlandesa, vocal e outros) e Kai Hahto (bateria) reapareceram com um novo álbum de estúdio do Nightwish. E o aguardado e ambicioso Human. :II: Nature. não apenas é um trabalho para agradar em cheio aos fãs, mas leva também a outro patamar dentro de sua própria história e no estilo que lidera e é a principal referência. Em uma entrevista de fato exclusiva – a ROADIE CREW foi a única publicação na América do Sul a falar com a banda durante a divulgação do disco –, Floor falou do conceito formado por Holopainen em torno da natureza e do comportamento humano, mas com a sua própria visão de alguns temas, num bate-papo animado e espontâneo que começou às 9h na Suécia e 4h no Brasil. Divirta-se!
Kreator
Valtemir Amler
Valtemir Amler
Com Gods of Violence (2017), o Kreator alcançou marcas inéditas na sua longa carreira. Na frieza dos números, o álbum conseguiu a sexta posição no Top Hard Rock Albums da Billboard, e a primeira nos charts alemães. No calor dos palcos, Gods of Violence foi ainda mais grandioso. Foram 152 shows, onde dividiram os holofotes com os amigos do Dimmu Borgir, Bloodbath e Hatebreed, e onde contaram com a maior produção que a banda alemã já dispôs em sua carreira. E, na maior parte dos shows, os ingressos se esgotaram rapidamente. Foi justamente esse momento especial e único que eles resolveram eternizar com seu novo trabalho ao vivo, London Apocalypticon – Live at the Roundhouse. O vocalista, guitarrista e membro fundador do grupo, Mille Petrozza nos falou sobre essa fase especial, sobre seus álbuns ao vivo favoritos e, ainda, sobre como o Kreator se tornou uma das principais referências para o metal extremo.
Anvil
Daniel Dutra
Daniel Dutra
Um cenário que se mostrava improvável nos anos 2000, mas que mudou a ponto de o Anvil estar lançado seu quinto álbum de inéditas no espaço de uma década. Um a cada dois anos, média até mesmo incomum no atual cenário da indústria musical, mas resultado direto da repercussão que teve o documentário Anvil! The Story of Anvil (2008). E a persistência de Steve “Lips” Kudlow (vocal e guitarra) e Robb Reiner (bateria) – desde 2014 acompanhados pelo baixista Chris Robertson – ganhou mais um capítulo com Legal at Last, o 18º trabalho de estúdio da banda canadense. Para falar de tudo isso e mais um pouco, incluindo sua abordagem sobre a legalização da maconha que dá o conceito do disco, Lips bateu um honesto papo com a ROADIE CREW.
Heaven Shall Burn
Valtemir Amler
Valtemir Amler
Ruptura. Esta talvez seja a palavra chave para entender a obra concebida pelos alemães do Heaven Shall Burn em seu novo álbum, Of Truth & Sacrifice. Se um rompimento musical não foi a opção – a sonoridade ainda é a tradicional da banda, acrescida de elementos pontuais –, a ruptura se fez manifesta no método de trabalho, no rompimento abrupto do eterno ciclo das bandas em atividade: composição, estúdio, turnê… Repita o ciclo. A fórmula usual de trabalho de tantas bandas precisou ser colocada por terra para que o Heaven Shall Burn conseguisse atingir o nível de concentração necessário para a concepção de seu nono disco de estúdio, o mais completo, selvagem e complexo até hoje. Contando com o trabalho do compositor Sven Helbig (Rammstein, Pet Shop Boys) e uma seção de cordas conduzida pelo maestro Wilhem Keitel, Of Truth & Sacrifice se destaca na discografia dos alemães e reafirma os seus velhos valores, ao mesmo tempo em que parece indicar um novo caminho. Além de uma bela capa (mais uma obra de Eliran Kantor), o material ainda tem mais um chamariz irresistível no seu ótimo conceito lírico. Sobre cada um destes pontos, a ROADIE CREW conversou com o guitarrista Maik Weichert.
H.E.A.T
Daniel Dutra
Daniel Dutra
Fã do H.E.A.T, fique tranquilo. Se você não curtiu o caminho bem mais moderno trilhado em Into the Great Unknown (2017), pode mergulhar sem medo no novo álbum da banda sueca. Imagine isso: Dave Dalone (guitarra), Jona Tee (teclados), Jimmy Jay (baixo) e Don Crash (bateria) anunciam a entrada do vocalista Erik Grönwall no lugar de Kenny Leckre¬mo, e a nova formação lança H.E.A.T II como sucessor de Freedom Rock (2010). Sim, porque o sexto disco do quinteto poderia muito bem ser o aclamado Ad¬dress the Nation de oito anos atrás. Até por isso, já saiu no pelotão de frente dos trabalhos com grandes chances de figu¬rar entre os melhores de 2020. Quer saber mais? Com a palavra, Grönwall.
Archon Angel
Daniel Dutra
Daniel Dutra
A história reserva um lugar especial àqueles que substituíram um vocalista icônico e, ainda assim, se transformaram na voz da banda. Zak Stevens teve a difícil missão de ocupar o posto de Jon Oliva no Savatage, mas tirou de letra e virou referência. Agora com o Archon Angel – ao lado de Aldo Lonobile (guitarra), Yves Campion (baixo), Marco Lazzarini (bateria) e Alessandro Del Vecchio (tecla¬dos, gravados em estúdio por Antonio Agate), além de um segundo guitarrista ao vivo, Federico Maraucci –, Stevens lança um novo trabalho, o ótimo Fallen. Em um longo papo, o sempre simpático vocalista falou da banda, do status do Circle II Circle e do Machines of Grace e, claro, dos reais planos para o Savatage.
Kobra and the Lotus
Valtemir Amler
Valtemir Amler
O Canadá sempre contribuiu para o desenvolvimento da cena rock e heavy metal, já que suas bandas sempre trouxe¬ram um sabor único ao estilo. Foi assim com os clássicos do Triumph e do Rush, depois com o hard’n’heavy vicioso de Helix e Anvil, e, entre dezenas de outras, não poderia ser diferente com os ‘riffs’ geniais de Jeff Waters e seu Annihilator. E é mais ou menos isso que a vocalista Kobra Paige e seus companheiros vêm fazendo nesta última década. Mantendo firme a tradição do metal canadense, o Kobra and the Lotus surgiu em 2009 em Calgary e, no mesmo ano, começou a chamar atenção no underground com seu primeiro registro, Out of the Pit. Recebidos inicialmente com uma mis¬tura de empolgação e desinteresse, o grupo rapidamente conquistou o seu lugar ao sol com o segundo álbum, autointitulado, de 2012. De lá até hoje, outros quatro álbuns foram lançados, sendo o mais recente Evolution, do ano passado. Nele, Kobra e sua banda mantêm intacta a fórmula típica de sua música, uma mistura consciente da sonoridade do metal clássico com o som moderno e repleto de ‘groove’ de bandas como Evanescence e Disturbed. Se isso serve como uma pis¬ta para os novos ouvintes, jamais servirá como um limite para Kobra Paige, que falou sobre o novo trabalho e de como a banda pretende se manter em constante evolução pelos próximos anos.
Mayhem
Valtemir Amler
Valtemir Amler
Quando o guitarrista Euronymous deu os primeiros passos com o Mayhem já existia alguma movimentação no cenário norueguês, mas nada que rivalizasse com o seu novo grupo. E, olhando a partir deste contexto, o Mayhem representou o início de um novo capítulo para o metal, seja em seu país ou ao redor do mundo. A procla-mada ‘segunda onda do black metal’ não poderia ter pais mais icônicos. A mistura sem precedentes à altura de pioneirismo musical, escândalos e crimes levou a banda a ser considerada a ‘mais maldita do mun¬do’. Convivendo com a fama e a infâmia, já são mais de três décadas de black metal, celebradas com glória e fúria em seu novo álbum, Daemon. Para os fãs de longa data, o novo registro não poderia ter chegado em um momento mais oportuno. Enquanto o filme “Mayhem – Senhores do Caos” (‘Lords of Chaos’, 2019) tentava reduzir o legado do Mayhem e do black metal norueguês aos escândalos e aos crimes, Daemon mostra uma banda afiada, renovada e inspirada. Mais que isso, uma formação ainda relevante pela música que cria, a despeito de seu passado infame. Se você achou “Senhores do Caos” um filme que não é de todo mal, saiba que Daemon é um álbum de todo ótimo. Se considerou o filme terrível, é a hora certa de tirar aquele gosto sujo da sua boca. Os verdadeiros senhores do caos, a besta norueguesa está de volta, e o guitarrista Mortem Bergeton Iversen (Teloch) nos conta os pormenores dessa eterna busca pelo demônio.
Creedence Clearwater Revisited
Valtemir Amler
Valtemir Amler
Não importa o quão imersivo é o seu contato com o rock, nem tampouco qual o seu gênero musical favorito. É absoluta¬mente impossível que nunca tenha ouvido uma música do Creedence Clearwater Revival. Afinal, o quarteto formado por John Fogerty (vocal e guitarra), Tom Fogerty (guitarra), Doug Clifford (bateria) e Stu Cook (baixo) já atuava (sob nomes diversos) desde 1959, iniciando uma traje¬tória meteórica em 1967. Em cerca de cinco anos, lançaram sete álbuns completos de estúdio e emplacaram sucessos gigantes¬cos, como Have You Ever Seen The Rain, Proud Mary, Bad Moon Rising, Fortunate Son e Who’ll Stop The Rain. Então, em 1972, veio o anúncio do fim da banda após o lançamento de Mardi Gras, um álbum que já apresentava a proeminência das composições de Cook e Clifford, e que revelava o distanciamento dos outros integrantes. Se as tentativas de reunião nunca se mostraram efetivas, coube ao baixista e ao baterista a missão de reviver as glórias da antiga banda nos palcos. E foi assim que nasceu o Creedence Clearwater Revisited, em 1995. Sem visar os estúdios de gravação, e mirando seus esforços apenas nos palcos, a banda reconquistou os velhos fãs, agregou milhares de novos apre¬ciadores, percorreu o mundo em várias turnês, e recentemente anunciou sua despedida dos palcos em uma turnê espe¬cial, que inclusive passou pelo Brasil no ano passado. Para relembrar os grandes momentos de toda a sua longa trajetória, conversamos com Stu Cook.
Behemoth
Valtemir Amler
Valtemir Amler
Em outubro de 2018, o Behemoth redefiniu sua fórmula musical com o ambicioso e profundamente artístico I Loved You At Your Darkest. No álbum, uma jornada profunda e profana do líder Nergal em busca das raízes mais obscuras e ambíguas da arte sacra e da história da fé cristã, o grupo polonês acabou encontrando a sua expressão musical máxima. Da intempestividade extrema ao sacro-profano, da explosão do black metal ao culto ritualístico, o mais recente ‘full-length’ dos poloneses também encanta por outros atributos, como o incrível trabalho artístico da ‘embalagem’ do disco. Nela, a banda reinterpreta cenas clássicas da arte sacra com tanto cuidado e bom gosto que poderá enganar os não iniciados. Como se o seu manancial artístico não reconhecesse limites, Nergal ainda preparou uma nova versão do álbum, com nova arte e conteúdo inédito (lançada em janeiro deste ano), e um novo EP, O Pentagram Ignis, lançado no ano passado e vendido exclusivamente durante a turnê. Dono de verdades cáusticas, pensamento rápido e resoluto, e de uma inteligência extremamente aguçada, Nergal é um entrevista¬do gentil e extremamente educado, que nunca deixa de responder as perguntas de forma completa e sempre toma o cuidado de retomar ideias que possa julgar incompreendidas. E foi com essa atenção que ele nos apresentou um resumo das atividades mais recentes do Behemoth, uma banda que nunca deixa de evoluir.
Ross The Boss
Valtemir Amler
Valtemir Amler
A trajetória musical do guitarrista nova-iorquino Ross Friedman é uma daquelas que se envolvem e entrelaçam com o próprio desenvolvimento da música pesada. No início de sua jornada, ele ajudou a redefinir a fórmula do punk rock com a banda The Dictators. Então, com o fim prematuro em fins da década de 1970, partiu com tudo para o heavy metal, sendo peça fundamental na concepção dos seis primeiros álbuns do Manowar, hoje clássicos absolutos do estilo. Desde 1989, a carreira do guitarrista envolveu muitos projetos, entre eles uma passagem célebre pelo Brain Surgeons, um álbum muito interessante com o Manitoba’s Wild Kingdom e o ótimo Death Dealer, que já conta com dois trabalhos lançados. Porém, foi em seu projeto solo que reencontrou a sua melhor música. Com quatro álbuns na praça, a banda Ross The Boss é uma realidade incontes¬tável e o novo álbum, Born of Fire, pode ser considerado, sem medo de exageros, como o melhor que Friedman produziu desde sua saída do Manowar. Na entrevista a seguir, ‘O Chefe’ fala sobre Born of Fire e aproveita para elucidar a parte inicial de sua jornada, os anos punk do The Dictators e uma notícia que deixará os velhos fãs atentos.
Virus
Antonio Carlos Monteiro
Antonio Carlos Monteiro
Quem viveu os anos 80 viu; quem não estava por aí naquela época também conhece. Nos primórdios do heavy metal nacional, o Virus era uma das bandas que mais se destacava, graças aos shows elaborados e à participação na coletânea SP Metal (1984). Porém, quis o destino que o esperado disco de estreia não saísse naquela época e a banda acabou ficando décadas no estaleiro, até voltar em 2015 para um show em comemoração aos trinta anos da coletânea da Baratos Afins. E o que seria uma simples celebração acabou virando um retorno que culminou no tão aguardado primeiro disco, Contágio (2019). O repertório, escrito lá nos anos 80, mostra que o quinteto não perdeu a mão, e os fundadores Flavio Ferb (vocal), Fernando Piu (guitarra) e Renato RT (guitarra), agora acompanhados pela cozinha formada por Guilherme Boschi (baixo) e Lucio Del Ciello (bateria), logo se lançaram aos shows. Num dos mais recentes, realizado no SESC Belenzinho, em São Paulo, em março de 2020, mostraram uma versão matadora da música Angel Witch, da banda homônima, e que logo vai virar single. Neste papo, Flavio relembra um pouco da história da banda e fala sobre o que vem por aí.
Taurus
Thiago Prata
Thiago Prata
Falar do pioneirismo no metal nacional seria um bom ponto de partida na hora de produzir um compêndio da história do Taurus, embora esse também seja um clichê utilizado à exaustão. Opto então por ressaltar algo que o quarteto do Rio de Janeiro ratificou e reiterou em seu quinto e mais novo álbum, V: a banda é uma espécie de imã na cena. Nos anos 80, o grupo atraia a atenção de famintos fãs de thrash e tinha em seu circuito de shows os punks do Cólera e do Ratos de Porão. Com o passar dos anos, exerceu novamente seu magnetismo, influenciando novas gerações, com Violator e Cemitério como alguns de seus admiradores. E para este novo disco, trouxe para perto amigos como Alex Camargo (Krisiun) e Luiz Carlos Louzada (Vulcano), ao mesmo tempo em que permanece ligado a personagens que fazem parte de sua trajetória, como o ‘quinto integrante’ Beto de Gásperis. Em seu álbum mais versátil, os irmãos Cláudio (guitarra) e Sérgio Bezz (bateria), o vocalista Otávio Augusto e o baixista Felipe Melo prometem atrair ainda mais headbangers.
Caminhos do Thrash Metal nos Anos 1990
Valtemir Amler
Valtemir Amler
Os anos 1980 foram importantíssimos para o heavy metal. Você sabe, muitas coisas importantes aconteceram ao longo da década: da consolidação do estilo como um gênero de abrangência mundial ao nascimento de muitos dos seus subgêneros, passando pelo surgimento de algumas das grandes lendas ao sucesso nas rádios e na televisão. Para muitos parecia quase impossível o que se via naqueles tempos. E, dentre os protagonistas daquele cenário de transição e desenvolvimento, estava o thrash metal.
Porém, muito do que havia sido estabelecido precisaria ser reafirmado, para a sorte de alguns e o desespero de outros. Os ventos que soprariam nos anos 90 já davam as caras um bom tempo antes, pois o cenário do rock alternativo vinha ganhando força. Assim, muitos dos gigantes do thrash metal encaravam as mudanças.
Porém, muito do que havia sido estabelecido precisaria ser reafirmado, para a sorte de alguns e o desespero de outros. Os ventos que soprariam nos anos 90 já davam as caras um bom tempo antes, pois o cenário do rock alternativo vinha ganhando força. Assim, muitos dos gigantes do thrash metal encaravam as mudanças.
BLIND EAR - Tales Groo (Darkside)
Leonardo M. Brauna • Fotos: Felipe Aasgard Magni
Banda: Cathedral
Álbum: The Ethereal Mirror
Música: MIDNIGHT MOUNTAIN
“Tem umas levadas setentistas, mas dá para ver que não é daquela época. O vocal é meio largado. (R.C.: O vocalista já foi de uma banda Grindcore). Isso é o que mata, a gente vê aqui que o tipo de som não tem nada a ver com o outro (R.C.: Em 2013, eles anunciaram o encerramento). Não vou acertar essa. (R.C.: É o Cathedral). Nunca que ia me lembrar! Ouvi Cathedral fazendo som mais pesadão e arrastado. (R.C.: Esta é a única música desse álbum nesse estilo, o clipe dela também exalta os anos 70). Perfeito, gostei!”
Banda: Cathedral
Álbum: The Ethereal Mirror
Música: MIDNIGHT MOUNTAIN
“Tem umas levadas setentistas, mas dá para ver que não é daquela época. O vocal é meio largado. (R.C.: O vocalista já foi de uma banda Grindcore). Isso é o que mata, a gente vê aqui que o tipo de som não tem nada a ver com o outro (R.C.: Em 2013, eles anunciaram o encerramento). Não vou acertar essa. (R.C.: É o Cathedral). Nunca que ia me lembrar! Ouvi Cathedral fazendo som mais pesadão e arrastado. (R.C.: Esta é a única música desse álbum nesse estilo, o clipe dela também exalta os anos 70). Perfeito, gostei!”
ETERNAL IDOLS - Eddie Money
Antonio Carlos Monteiro
“Eu nunca vou usar essas roupas de lycra. Eu sou um cantor que vai lá e dá o recado. Tenho muito orgulho do que eu fiz. E além de tudo eu ficaria ridículo numa roupa daquelas…”, disse Eddie Money ao jornal The Repository em 2014. E fazia sentido. Antes de tudo, ele era considerado um operário do rock.
Nascido Edward Joseph Mahoney e filho de um policial e de uma dona de casa, o novaiorquino Eddie começou a cantar nas ruas aos 11 anos de idade. Na adolescência, passou por várias bandas, tendo sempre como objetivo de se dar bem com as garotas.
Aos 18 anos, considerou a possibilidade de seguir a carreira de seu pai, seu avô e seu irmão: alistou-se na academia de polícia. Só que ao mesmo tempo cantava no grupo Grapes of Wrath. Os caras da banda ficaram loucos quando souberam que ele estava se preparando para ser policial e o expulsaram: não queriam um tira com eles. “Era uma época em que a polícia e os adolescentes viviam em guerra”, entendeu ele.
“Eu nunca vou usar essas roupas de lycra. Eu sou um cantor que vai lá e dá o recado. Tenho muito orgulho do que eu fiz. E além de tudo eu ficaria ridículo numa roupa daquelas…”, disse Eddie Money ao jornal The Repository em 2014. E fazia sentido. Antes de tudo, ele era considerado um operário do rock.
Nascido Edward Joseph Mahoney e filho de um policial e de uma dona de casa, o novaiorquino Eddie começou a cantar nas ruas aos 11 anos de idade. Na adolescência, passou por várias bandas, tendo sempre como objetivo de se dar bem com as garotas.
Aos 18 anos, considerou a possibilidade de seguir a carreira de seu pai, seu avô e seu irmão: alistou-se na academia de polícia. Só que ao mesmo tempo cantava no grupo Grapes of Wrath. Os caras da banda ficaram loucos quando souberam que ele estava se preparando para ser policial e o expulsaram: não queriam um tira com eles. “Era uma época em que a polícia e os adolescentes viviam em guerra”, entendeu ele.
CLASSICREW
1990
King Diamond
The Eye
King Diamond
The Eye
1970
George Harrison
All Things Must Pass
George Harrison
All Things Must Pass
2000
Dio
Magica
Dio
Magica
COLLECTION - Y&T
Marcelo Vieira
Lars Ulrich, baterista do Metallica, afirmou no documentário Anvil!: The Story of Anvil (2009) que decidiu se tornar músico após assistir a um show do Yesterday and Today, futuro Y&T, numa boate de Los Angeles. Apesar de o nome ter saído de um disco obscuro e hoje em dia valio¬síssimo dos Beatles, Dave Meniketti (vocal e guitarra), Phil Kennemore (baixo), Joey Alves (guitarra) e Leonard Haze (bateria) não tinham o ‘fab four’ entre as suas principais influências, preferindo a alta octanagem de grupos como Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath, ou seja, um rock mais pesado e que servisse de vitrine para seu líder exibir-se tanto na voz, privilegiadíssima, quanto nas seis cordas, como se a Les Paul, que se tornou a sua marca registrada ao longo dos anos, fosse uma extensão natural de seu corpo. O sucesso – moderado, reconheçamos – só veio em meados da década de 80, mas houve ocasiões, ainda nos anos 70, como quando o Van Halen foi a sua banda de abertura, que já indicavam um futuro, no mínimo, promissor. Prestes a completar 46 anos de carreira, tendo doze álbuns de estúdio, cinco ao vivo e muitas coletâneas na bagagem, o Y&T segue em atividade, sob o comando de Meniketti, o único vivo da formação original.
Lars Ulrich, baterista do Metallica, afirmou no documentário Anvil!: The Story of Anvil (2009) que decidiu se tornar músico após assistir a um show do Yesterday and Today, futuro Y&T, numa boate de Los Angeles. Apesar de o nome ter saído de um disco obscuro e hoje em dia valio¬síssimo dos Beatles, Dave Meniketti (vocal e guitarra), Phil Kennemore (baixo), Joey Alves (guitarra) e Leonard Haze (bateria) não tinham o ‘fab four’ entre as suas principais influências, preferindo a alta octanagem de grupos como Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath, ou seja, um rock mais pesado e que servisse de vitrine para seu líder exibir-se tanto na voz, privilegiadíssima, quanto nas seis cordas, como se a Les Paul, que se tornou a sua marca registrada ao longo dos anos, fosse uma extensão natural de seu corpo. O sucesso – moderado, reconheçamos – só veio em meados da década de 80, mas houve ocasiões, ainda nos anos 70, como quando o Van Halen foi a sua banda de abertura, que já indicavam um futuro, no mínimo, promissor. Prestes a completar 46 anos de carreira, tendo doze álbuns de estúdio, cinco ao vivo e muitas coletâneas na bagagem, o Y&T segue em atividade, sob o comando de Meniketti, o único vivo da formação original.
HIDDEN TRACKS – Molested
Valtemir Amler
Bergen, a segunda maior cidade da Noruega, sempre foi um centro cultural importante dentro da Escandinávia. Até por conta de seu gigantesco papel histórico, a cidade, marcada como o lar do imponente Grieg Hall, da tradiciona¬líssima Orquestra Filarmônica de Bergen (fundada em 1765), ocupou papel central no desenvolvimento do país. Além disso, é o local do nascimento de dois dos mais importantes compositores de todos os tempos, Ole Bull e Edvard Grieg. Porém, no final da década de 1980 e início de 1990, a cidade era marcada basicamente por três tipos diferentes de fãs de música: aqueles que não davam a mínima para o rock, os que trajavam camisetas do Nirvana e do Soundgarden, além dos que veneravam os caminhos abjetos do death metal e do grindcore.
Bergen, a segunda maior cidade da Noruega, sempre foi um centro cultural importante dentro da Escandinávia. Até por conta de seu gigantesco papel histórico, a cidade, marcada como o lar do imponente Grieg Hall, da tradiciona¬líssima Orquestra Filarmônica de Bergen (fundada em 1765), ocupou papel central no desenvolvimento do país. Além disso, é o local do nascimento de dois dos mais importantes compositores de todos os tempos, Ole Bull e Edvard Grieg. Porém, no final da década de 1980 e início de 1990, a cidade era marcada basicamente por três tipos diferentes de fãs de música: aqueles que não davam a mínima para o rock, os que trajavam camisetas do Nirvana e do Soundgarden, além dos que veneravam os caminhos abjetos do death metal e do grindcore.
RELEASES CDS/DVDS/BLU-RAY/DEMOS
Nesta edição:
7 Peles
Al Di Meola
Assassin
Basttardos
Blended Brew
Body Count
Bonfire
Brave
Brizio
Cannabis Corpse
Captain Black Beard
Code Orange
Contra Bando
Darker Life
Dead Or A Lie
Dinnamarque
Distimia Felt
Distort
Edu Megale
Eskröta
Exhumed
Facing Fear
Firewind
Goaten
Gotthard
Haren Scarem
Horror Chamber
Ihsahn
Institution
Ivanhoe
Jesse Damon
Joe Satriani
Justabeli
Khymera
Lamb of God
Lucifer
Magnum
Me Chama de Zé
Metal Church
Mofo
Myrath
Naglfar
Nightwish
Oz
Semblant
Shakra
Silver Mammoth
Taurus
The Unity
Vader
Vazio
Victor Smolski’s Amanac
Vikram
Vision Divine
Vocifer
Vulcano
Weapon UK
Wild Hunt
Al Di Meola
Assassin
Basttardos
Blended Brew
Body Count
Bonfire
Brave
Brizio
Cannabis Corpse
Captain Black Beard
Code Orange
Contra Bando
Darker Life
Dead Or A Lie
Dinnamarque
Distimia Felt
Distort
Edu Megale
Eskröta
Exhumed
Facing Fear
Firewind
Goaten
Gotthard
Haren Scarem
Horror Chamber
Ihsahn
Institution
Ivanhoe
Jesse Damon
Joe Satriani
Justabeli
Khymera
Lamb of God
Lucifer
Magnum
Me Chama de Zé
Metal Church
Mofo
Myrath
Naglfar
Nightwish
Oz
Semblant
Shakra
Silver Mammoth
Taurus
The Unity
Vader
Vazio
Victor Smolski’s Amanac
Vikram
Vision Divine
Vocifer
Vulcano
Weapon UK
Wild Hunt
Front Cover (por Marcelo Vasco)
Vader – Solitude in Madness
Vader – Solitude in Madness
Rock Average
(a redação atribui nota a um álbum)
Queensrÿche – Empire – Média final 8,77
(a redação atribui nota a um álbum)
Queensrÿche – Empire – Média final 8,77
Garage Demos
Envie o seu link do Facebook ou MySpace acompanhado de uma foto em alta resolução (em arquivo JPEG e 300 dpi – legendada e com crédito do fotógrafo), a capa da Demo (alta resolução) e press release/biografia (em arquivo de texto), para o endereço de e-mail: garagedemos@roadiecrew.com
PLAYLIST - Alexandre “Xandão” Brito (Andralls)
Leandro Nogueira Coppi • Foto: Pri Secco
Andralls on Fire: “Essa música foi a quarta escrita para o primeiro álbum. Denis veio com ela praticamente pronta e só mu¬damos alguns riffs de lugares e, então, ela ficou do jeito. Quando foi finalizada percebemos a força que ela tinha e falamos que seria a música de trabalho desse CD. A letra é do Denis Di Lallo e foi inspirada no nome da banda e no incêndio do Edifício Andraus, que acabou acontecendo em 1972. Acho que essa é a única que foi tocada em todos os shows do Andralls até hoje. Mesmo tocando milhares de vezes, ainda é uma música que nos divertimos muito tocando ao vivo.”
Álbum: Massacre, Corruption, Destruction… (2000)
Andralls on Fire: “Essa música foi a quarta escrita para o primeiro álbum. Denis veio com ela praticamente pronta e só mu¬damos alguns riffs de lugares e, então, ela ficou do jeito. Quando foi finalizada percebemos a força que ela tinha e falamos que seria a música de trabalho desse CD. A letra é do Denis Di Lallo e foi inspirada no nome da banda e no incêndio do Edifício Andraus, que acabou acontecendo em 1972. Acho que essa é a única que foi tocada em todos os shows do Andralls até hoje. Mesmo tocando milhares de vezes, ainda é uma música que nos divertimos muito tocando ao vivo.”
Álbum: Massacre, Corruption, Destruction… (2000)
BACKGROUND - Ozzy Osbourne -parte 5
Antonio Carlos Monteiro
O fato de estar esperando seu primeiro filho com Ozzy, fez Sharon tomar algumas medidas radicais: garantiu que chamaria a polícia caso encontrasse qualquer tipo de droga em casa (e pode apostar que ela faria isso) e fez o esposo se livrar da coleção de armas. Ozzy topou mas, por outro lado, foi cada vez mais fundo na bebida. “Eu simplesmente não conseguia parar”, resumiu ele, e mais alguns episódios constrangedores acabaram acontecendo por conta disso.
Enquanto a gravidez de Sharon avan¬çava, a carreira de Ozzy ia a todo vapor. Durante a tour de Speak of the Devil, que mostrava ao mundo o novo guitarrista da banda, Jake E. Lee, Don Costa acabou sendo substituído por Bob Daisley – apesar dos problemas do passado, tanto Ozzy como Sharon queriam o baixista de volta para a gravação do próximo disco. Tiveram que fazer uma boa oferta financeira para que ele topasse.
Assim, com Lee, Daisley, Don Airey (teclado) e Tommy Aldridge (bateria), a banda entrou em estúdio para regis¬trar o que viria a ser Bark at the Moon..
O fato de estar esperando seu primeiro filho com Ozzy, fez Sharon tomar algumas medidas radicais: garantiu que chamaria a polícia caso encontrasse qualquer tipo de droga em casa (e pode apostar que ela faria isso) e fez o esposo se livrar da coleção de armas. Ozzy topou mas, por outro lado, foi cada vez mais fundo na bebida. “Eu simplesmente não conseguia parar”, resumiu ele, e mais alguns episódios constrangedores acabaram acontecendo por conta disso.
Enquanto a gravidez de Sharon avan¬çava, a carreira de Ozzy ia a todo vapor. Durante a tour de Speak of the Devil, que mostrava ao mundo o novo guitarrista da banda, Jake E. Lee, Don Costa acabou sendo substituído por Bob Daisley – apesar dos problemas do passado, tanto Ozzy como Sharon queriam o baixista de volta para a gravação do próximo disco. Tiveram que fazer uma boa oferta financeira para que ele topasse.
Assim, com Lee, Daisley, Don Airey (teclado) e Tommy Aldridge (bateria), a banda entrou em estúdio para regis¬trar o que viria a ser Bark at the Moon..
HEADPHONES IN FURY - Erik Gronwall (H.e.a.t)
Daniel Dutra • Foto: Divulgação
RAMMSTEIN
ÁLBUM: REISE, REISE (2004)
MÚSICA: MEIN TIEL
“É difícil escolher apenas uma música de uma banda. O Rammstein tem grandes canções, e Mein Tiel é uma delas. Nunca os vi ao vivo, então espero conseguir neste verão, mas isso se o coronavírus não continuar estragando tudo. O que é mais legal é que eles cantam em alemão, língua natal deles, e ainda assim conseguiram projeção mundial. Se tocarem no Brasil, por exemplo, os fãs vão cantar suas músicas, o que é incrível. (R.C.: Eles estiveram aqui pela primeira vez em 1999, abrindo para o Kiss, mas creio que, na época, não agradaram tanto ao público). Sério? E olha que eles já tinham um sucesso como Du Hast (N.R.: do álbum Sehnsucht, de 1997) naquela época, mas Kiss e Rammstein formam uma combinação estranha (risos).”
ÁLBUM: REISE, REISE (2004)
MÚSICA: MEIN TIEL
“É difícil escolher apenas uma música de uma banda. O Rammstein tem grandes canções, e Mein Tiel é uma delas. Nunca os vi ao vivo, então espero conseguir neste verão, mas isso se o coronavírus não continuar estragando tudo. O que é mais legal é que eles cantam em alemão, língua natal deles, e ainda assim conseguiram projeção mundial. Se tocarem no Brasil, por exemplo, os fãs vão cantar suas músicas, o que é incrível. (R.C.: Eles estiveram aqui pela primeira vez em 1999, abrindo para o Kiss, mas creio que, na época, não agradaram tanto ao público). Sério? E olha que eles já tinham um sucesso como Du Hast (N.R.: do álbum Sehnsucht, de 1997) naquela época, mas Kiss e Rammstein formam uma combinação estranha (risos).”
COLUNISTAS
It’s Only Rock’n’Roll
Antonio Carlos Monteiro
HELP!: O COMEÇO DE TUDO COM A MÚSICA DOS BEATLES
Antonio Carlos Monteiro
HELP!: O COMEÇO DE TUDO COM A MÚSICA DOS BEATLES
Já contei aqui vários episódios de minha trajetória com a música e que não são poucos – afinal, lá se vai mais de meio século apaixonado por esse negócio chamado rock! E uma das mais interessantes é aquela de como descobri esse estilo de música.
Normalmente, um garoto é apresentado ao rock por um irmão mais velho, por um primo, até mesmo pelos pais. Mas nos anos 60 não era bem assim, já que pouca gente sabia o que era aquilo.
Sempre houve muita música na minha casa quando era criança. Minha mãe gostava de música brasileira, principalmente Roberto Carlos (que naqueles tempos era o principal nome da Jovem Guarda), enquanto meu pai era aficionado por música erudita, especialmente ópera – mas não tinha nada contra o rock e me lembro bem de como ele ficou bem impressionado quando apresentei Queen a ele. Nenhum dos dois era músico, mas minha mãe arriscou uns acordes ao violão na juventude…
Normalmente, um garoto é apresentado ao rock por um irmão mais velho, por um primo, até mesmo pelos pais. Mas nos anos 60 não era bem assim, já que pouca gente sabia o que era aquilo.
Sempre houve muita música na minha casa quando era criança. Minha mãe gostava de música brasileira, principalmente Roberto Carlos (que naqueles tempos era o principal nome da Jovem Guarda), enquanto meu pai era aficionado por música erudita, especialmente ópera – mas não tinha nada contra o rock e me lembro bem de como ele ficou bem impressionado quando apresentei Queen a ele. Nenhum dos dois era músico, mas minha mãe arriscou uns acordes ao violão na juventude…
Brotherhood
Luiz Cesar Pimentel
O BOM CARMA
Luiz Cesar Pimentel
O BOM CARMA
Em inglês há uma definição boa para a consequência na arte da pandemia: “disaster waiting to happen”. Algo como “catástrofe anunciada”. Um filme de que já sabemos o final, e este não é feliz. Meio que um transatlântico em direção a um iceberg sem tempo de desviar a rota. Certo? Acredito que sim. Diria que 97% do meu racional aposta nisso, sendo os 3% restantes gêmeos do meu idealismo mais cego que minhoca.
O mundo artístico se dividirá em antes e depois da pandemia. Será uma terra arrasada. Que sacodirá tanto artistas quanto público.
Só que façamos um exercício otimista e busquemos o lado positivo da situação. 1. Realmente acredito que de tudo pode-se extrair algo positivo. 2. É tama¬nha desgraça que se sentarmos e aceitarmos passivamente, nunca nos recuperaremos.
O mundo artístico se dividirá em antes e depois da pandemia. Será uma terra arrasada. Que sacodirá tanto artistas quanto público.
Só que façamos um exercício otimista e busquemos o lado positivo da situação. 1. Realmente acredito que de tudo pode-se extrair algo positivo. 2. É tama¬nha desgraça que se sentarmos e aceitarmos passivamente, nunca nos recuperaremos.
A Look at Metal
Claudio Vicentin
VIVA OS BARES E OS EVENTOS DE HEAVY METAL!
Claudio Vicentin
VIVA OS BARES E OS EVENTOS DE HEAVY METAL!
Na tradição histórica, depois de um período de confinamento e muitas mortes, há uma grande explosão de vida. Veja que após a Peste Negra da Europa medieval tivemos o Renascimento, movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália do século XIV e, então, a vida medieval foi embora para dar lugar a Idade Moderna.
Muitos dizem que essa tendência a uma explosão de sociabilidade em um primeiro momento pós-pandemia poderá acontecer de novo – realmente, acredito nisso. Até porque eu, e acre¬dito que milhares de outras pessoas por esse nosso planeta, não queiram viver em um mundo sem bar e sem festivais de rock/heavy metal. No primeiro caso, não sou alcoólatra, não se trata disso e nem de tomar porres, mas de socializar, beber uma cerveja, comer um petisco e ouvir uma boa música.
Muitos dizem que essa tendência a uma explosão de sociabilidade em um primeiro momento pós-pandemia poderá acontecer de novo – realmente, acredito nisso. Até porque eu, e acre¬dito que milhares de outras pessoas por esse nosso planeta, não queiram viver em um mundo sem bar e sem festivais de rock/heavy metal. No primeiro caso, não sou alcoólatra, não se trata disso e nem de tomar porres, mas de socializar, beber uma cerveja, comer um petisco e ouvir uma boa música.
Campo de Batalha
Ricardo Batalha
DIAS BRANCOS
Ricardo Batalha
DIAS BRANCOS
Trancado em quarentena, eu não vi o sol se pondo. Não vi ninguém, muito menos falei pessoalmente com alguém. Não estou conectando este texto com a obra ‘Noites Brancas’, de Dostoiévski, apenas relatando o que todos sentimos neste momento delicado da história da humanidade.
Aqui, em meio a panelas batendo, gritos ao anoitecer, discussões em redes sociais e medo exposto a todos, permaneço sozinho. Se houve uma profunda melancolia para alguns, os momentos de reflexão serviram com a mesma intensidade para outros. Porém, a música salva.
Neste ponto, a pandemia do Coronavírus conseguiu fazer o inimaginável, com todos os artistas e músicos espalhados pelo mundo trancados em casa. Sim, eles são meros mortais como nós, mas os fãs passaram a acompanhá-los atentamente em lives, webnars e algumas poucas respostas trocadas em mídias sociais.
Aqui, em meio a panelas batendo, gritos ao anoitecer, discussões em redes sociais e medo exposto a todos, permaneço sozinho. Se houve uma profunda melancolia para alguns, os momentos de reflexão serviram com a mesma intensidade para outros. Porém, a música salva.
Neste ponto, a pandemia do Coronavírus conseguiu fazer o inimaginável, com todos os artistas e músicos espalhados pelo mundo trancados em casa. Sim, eles são meros mortais como nós, mas os fãs passaram a acompanhá-los atentamente em lives, webnars e algumas poucas respostas trocadas em mídias sociais.
PROFILE - Neto Romão (Furia Inc.)
Primeiro disco que comprou:
“Iron Maiden – The Best of the Beast.”
“Iron Maiden – The Best of the Beast.”
POSTER DUPLO
– Angel Witch
– Five Finger Death Punch
– Five Finger Death Punch
Fonte: Roadiecrew.com
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