A vinda da Nervosa a São Paulo na última semana, marcada pelo encerramento da turnê de Jailbreak e pela celebração de quinze anos de história da banda, rendeu uma longa conversa com a imprensa na Arena Galeria, realizada um dia antes do show especial que Prika Amaral (vocal e guitarra), Helena Kotina (guitarra), Emmelie Herwegh (baixo) e Gabriela Abud (bateria) apresentaram no Teatro do Sesc Bom Retiro. Entre os assuntos levantados — alguns dos quais destacamos anteriormente (leia aqui) —, uma pergunta feita por este repórter a Prika Amaral abordou como ela reagiria caso o guitarrista Michael Amott lhe oferecesse o posto de vocalista no Arch Enemy, substituindo Alissa White-Gluz, que anunciou sua saída da banda sueca recentemente (leia aqui).
A resposta foi imediata e enfática. “Nossa, eu me sentiria super lisonjeada, claro. Mas eu jamais deixaria a Nervosa.”
Prika reforçou que a banda é o centro de sua vida e de suas escolhas. “A Nervosa é minha vida, me dediquei… há quinze anos só faço isso praticamente. Larguei meu trabalho e muitas outras coisas, e me dedico 100% a isso, mais do que 100%.” Ela lembrou que abandonou um emprego estável no banco para viver de música. “Deixei uma vida confortável com salário bom e vários benefícios para viver isso, porque isso é o que me move, sabe? É disso que a minha alma se alimenta.”
Em resposta à outra pergunta da ROADIE CREW, sobre quais são os seus objetivos futuros com a Nervosa após ter realizado muitos sonhos nos primeiros quinze anos da banda, a guitarrista e vocalista destacou que cada objetivo alcançado gera um novo impulso. “O problema é que quando você cumpre a missão, você quer mais missão. A gente quer viver mais isso.” Para ela, o que mantém o grupo em movimento é reconhecer a oportunidade de trabalhar com música. “É importante parar um pouco e agradecer, porque apesar de a gente ter muito trabalho, é um privilégio.”
Prika também destacou seu senso de responsabilidade diante da longevidade da banda. “A gente sabe da responsabilidade que não é fácil. Se você desiste, para, você volta do zero… e talvez você não consiga de novo. É muito difícil, muito complicado. Então eu tenho essa responsabilidade de manter isso de continuar.”
Por fim, Prika Amaral encerrou sua resposta à pergunta anterior deixando claro que não cogita trocar de banda. “A gente ama fazer o que faz, a gente só quer mais… enfim, eu jamais deixaria a Nervosa para ir para outra banda.”
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