O novo disco do Death Angel segue em processo de criação, mas o caminho até ele está longe de ser tranquilo. Enquanto a banda se dedica à escrita do material que marcará seu décimo álbum de estúdio, os holofotes também recaem sobre as dificuldades internas provocadas pela agenda cada vez mais intensa de Mark Osegueda. Desde que o vocalista assumiu as vozes da banda de Kerry King (Slayer), sua rotina mudou drasticamente — e isso se reflete no Death Angel.
Em 2025, a banda liberou dois novos singles, “Wrath (Bring Fire)” e “Cult Of The Used”, mantendo viva a expectativa por um futuro lançamento. No entanto, o grupo ainda não sabe quando conseguirá entrar em estúdio para gravar o álbum completo. Mesmo assim, Osegueda garante em nova entrevista concedida a Radioactive MikeZ, apresentador do programa “Wired In The Empire”, da rádio 96.7 KCAL-FM, que o processo criativo avança de forma orgânica, com ideias sendo moldadas e demos surgindo conforme a banda encontra brechas na agenda. Ainda assim, os bastidores mostram que o ritmo poderia ser mais sólido caso o vocalista não estivesse tão comprometido com seu outro projeto.
A tensão aumentou quando o Death Angel precisou cancelar uma turnê ao lado do W.A.S.P., resultado direto dos compromissos de Osegueda com sua outra banda. Para muitos fãs, esse episódio simbolizou um ponto de virada na relação do vocalista com o grupo que o projetou mundialmente. A situação ficou ainda mais delicada quando ele revelou, em entrevistas, que só comunicou sua participação no novo projeto de King aos colegas após o anúncio oficial ao público.
O futuro incerto do Death Angel
Apesar das turbulências, o guitarrista Rob Cavestany insiste que a banda segue unida e focada. Segundo ele, a convivência forçada com esses desafios fortaleceu o grupo, mesmo que o período tenha sido marcado por frustrações e readaptações constantes. Como ele explica, parar não é uma opção — especialmente agora que o Death Angel se aproxima de marcos históricos, incluindo os 40 anos de “The Ultra-Violence”.
Ainda que o novo álbum não tenha previsão de lançamento, a banda trabalha para equilibrar celebrações de datas importantes com a composição do próximo registro. Cavestany reforça que a ideia de interromper o ciclo criativo nunca entrou em pauta e que o décimo disco acontecerá “por bem ou por mal”. Os músicos já acumulam demos e ideias suficientes para um capítulo sólido na discografia, mas aguardam o momento ideal para entrar em estúdio e dar forma final ao trabalho.
Enquanto isso, os fãs se dividem. Parte do público compreende que Osegueda vive uma fase excepcional de sua carreira ao lado de Kerry King, o que inevitavelmente impacta sua disponibilidade. No entanto, muitos enxergam seu distanciamento como uma traição ao legado do Death Angel, alimentando debates acalorados nas redes e fóruns de música. Entre expectativas, críticas e entendimentos, a verdade é que o próximo álbum da banda carrega consigo não apenas riffs inéditos, mas também a história de superação e reinvenção de um grupo que se recusa a ficar parado.
Fonte: Mundometalbr.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário