terça-feira, 28 de outubro de 2025

Vocação divina: conheça a identidade das três freiras que não se curvaram ao regime ditatorial do Dogma

 

Ao longo das décadas, o rock n’ roll sempre reservou um espaço às encenações e ao quê teatral em suas aparições ao vivo. Bandas como KISS e Alice Cooper foram certeiras em causar fascínio e, em certa medida, medo em parte do público, com as suas maquiagens e adereços visuais.

A fórmula deu muito certo a ponto de outras bandas usarem o mesmo expediente! Slipknot e Ghost, só para citarmos os maiores que surgiram nos últimos anos, estão gozando de um sucesso que vem, de certa forma, do visual.

O novo mancebo no pedaço é o Dogma, que aposta em quatro freiras em trajes provocantes. As beatas do metal lançaram o álbum de estreia autointitulado em 2023. Desde então, elas liberaram três singles, incluindo o cover do hit Prayer, da Madonna.

A identidade real das moças se mantinha em segredo absoluto, mas como rolou rompimento com a pessoa que assina os cheques, três das cinco musicistas resolveram revelar as suas verdadeiras identidades e abandonar o barco.

A vocalista Lilith é na verdade Grace Jane. Rusalka, a sereia da mitologia Eslava, ganhou vida com o talento de Patri Grief e a bruxa Lamia foi animada pela artista Amber Maldonado.

Veja imagens das três personagens, bem como de suas intérprete









Fonte: Mundometalbr.com

domingo, 26 de outubro de 2025

Avenged Sevenfold lança ‘Some Kinda Hate’, cover do Misfits

 Em comemoração ao Halloween deste ano, AVENGED SEVENFOLD compartilhou seu cover da música “Some Kinda Hate” do MISFITS. A versão original da faixa apareceu na coletânea do MISFITS de 1985, “Legacy Of Brutality”. 


                                                   

“Mantendo o espírito da estação, a oferta deste ano de ‘Some Kinda Hate’ está disponível para todos,” diz AVENGED SEVENFOLD.

Em 2024, o guitarrista Zacky Vengeance, o baixista Johnny Christ e o baterista Brooks Wackerman lançaram sua versão de “Skulls”, enquanto 2023 os viu retrabalhando “Astro Zombies”, 2022 produziu “Last Caress” e o Halloween de 2021 marcou o lançamento de uma versão de “Hybrid Moments”. Todas as quatro faixas apresentam Vengeance nos vocais. 

O álbum mais recente do AVENGED SEVENFOLD, “Life Is But A Dream…”, foi escrito e gravado ao longo de quatro anos. Foi produzido por Joe Barresi e AVENGED SEVENFOLD em Los Angeles e mixado por Andy Wallace em Poconos, Pensilvânia. O álbum é uma jornada através de uma crise existencial; uma exploração muito pessoal sobre o significado, propósito e valor da existência humana, com a ansiedade da morte sempre à espreita. “Life Is But A Dream…” supostamente vendeu 36.000 unidades equivalentes de álbum nos EUA em sua primeira semana de lançamento, alcançando a posição No. 13 na parada Billboard 200. 

O LP anterior do AVENGED SEVENFOLD, “The Stage”, estreou em No. 4 na parada de álbuns The Billboard 200 em novembro de 2016. O lançamento surpresa de “The Stage” obteve as vendas mais baixas de um álbum do AVENGED SEVENFOLD em onze anos. Vendeu 76.000 cópias em sua primeira semana, menos da metade da contagem de seus dois trabalhos anteriores. 

No mês passado, AVENGED SEVENFOLD adiou sua turnê latino-americana de outono de 2025 devido à lesão vocal de M. Shadows. A banda estava programada para iniciar a turnê em 25 de setembro em Buenos Aires, Argentina, mas acabou cancelando a jornada após M. Shadows ser diagnosticado com hematoma de prega vocal, uma condição em que um vaso sanguíneo na corda vocal se rompe e vaza sangue sob o revestimento da corda vocal.


Fonte: rockbrigade.com

Foo Fighters lança nova música e anuncia tour em estádios nos EUA

 



FOO FIGHTERS confirmaram sua primeira turnê em estádios desde a gigantesca maratona “Everything Or Nothing At All” de 2023-2024, que esgotou campos de futebol americano e beisebol pelo mundo. Começando em 4 de agosto de 2026 no Rogers Stadium em Toronto, a nova turnê verá FOO FIGHTERS levando a euforia de volume máximo dos recentes shows surpresa da banda em clubes dos EUA e dos espetáculos ao ar livre/em arenas no exterior para um total de 12 cidades norte-americanas, concluindo (por enquanto) em 26 de setembro no Allegiant Stadium, em Las Vegas. QUEENS OF THE STONE AGE será o suporte direto em todas as datas, exceto em 12 de setembro em Fargo.


Se isso não é notícia boa o suficiente para você, hoje marca o lançamento da nova música do FOO FIGHTERS, “Asking For A Friend”. Apresentando uma abordagem melódica decididamente mais sombria do que o sucesso “Today’s Song”, “Asking For A Friend” aumenta a energia e intensidade de sua antecessora em favor de versos de abertura hipnóticos que crescem e explodem em refrões apaixonados de “O que é real? Estou perguntando por um amigo…” Quando o acelerado ápice final da música para bruscamente com um grito de “Ou isso é o fim?”, fãs do FF de todas as idades se verão alegremente subjugados.

Dave Grohl escreveu longamente sobre a inspiração para as novas músicas e a próxima turnê, em uma postagem que dizia em parte: “Desde o nosso retorno aos palcos em San Luis Obispo, há cinco semanas, fomos lembrados de por que amamos e somos eternamente dedicados a fazer esta coisa de FOO FIGHTERS. Desde nos reunirmos como uma banda e olharmos para uma lista de 30 anos de músicas para tirar o pó, a reimaginar versões com a incrível benção do único Ilan Rubin na bateria, a reconectar com nossos incríveis fãs e bombardeá-los com tudo o que temos (não importa o tamanho do local) porque não estaríamos aqui sem eles, temos o núcleo mais sólido. E o sol finalmente está nascendo no horizonte. Que melhor maneira de compartilhar a vista do que com amigos próximos?

“Em 1992, vi pela primeira vez o lendário KYUSS se apresentar no Off Ramp em Seattle e conheci o Sr. Josh Homme. A banda era amiga de um amigo e, em pouco tempo, o álbum deles “Blues For The Red Sun” se tornou a trilha sonora daquele verão. 33 anos depois e com muitos quilômetros percorridos, compartilhei alguns dos momentos musicais mais gratificantes da minha vida com meu querido amigo Josh. Um laço que dura toda a vida e que vai muito além do som que fizemos juntos. Por isso, é com grande felicidade que podemos compartilhar este próximo capítulo juntos com seu poderoso QUEENS OF THE STONE AGE.

“Mas nada disso estaria completo sem novas músicas para compartilhar de Pat, Nate, Chris, Rami, Ilan e eu. “Asking For A Friend” é uma canção para aqueles que esperaram pacientemente no frio, confiando na esperança e na fé para o seu horizonte aparecer. Procurando por ‘prova’ enquanto se agarram a um desejo até que o sol brilhe novamente.”


Fonte: Rockbrigade.com

Soulfly lança vídeo de ‘No Pain = No Power’ com Dino Cazares

 O SOULFLY lançou um videoclipe para a música “No Pain = No Power”, retirada do décimo terceiro álbum da banda, “Chama”, que saiu em 24 de outubro pela Nuclear Blast Records.

A faixa captura a banda em modo de batalha total — crua e impulsionadora — com poder de fogo convidado de Gabriel Franco (UNTO OTHERS), Ben Cook (NO WARNING) e a guitarra esmagadora de Dino Cazares (FEAR FACTORY).

O vídeo de “No Pain = No Power” foi dirigido por Zyon Cavalera, baterista do SOULFLY e filho do líder do SOULFLY, Max Cavalera, e editado por Cody Longhere.


Max Cavalera afirma: “Para mim, esta é a música e o vídeo de participação especial definitivos. Nikolas Motta, Biaggio, Dino, Igor A, Bootsie, Gabe, e Ben fizeram desta uma obra-prima coletiva! Zyon levou este álbum e vídeo para o próximo nível. É a primeira vez que ele escreveu um roteiro e dirigiu um videoclipe. Misturar UFC e metal esperançosamente inspirará toda uma nova geração de fãs! Chama!!”

Zyon Cavalera comenta: “Parece que foi ontem assistindo a lutas do UFC com minha família falando sobre como seria legal nos conectar com um lutador. Então vimos Pereira usando ‘Itsari’ e ficamos viciados desde então. ‘No Pain = No Power’ mostra que seus sonhos não estão tão distantes.”

Na próxima semana, o SOULFLY embarca na turnê “Favela Dystopia” 2025 na Costa Oeste com o GO AHEAD AND DIE. A jornada de 17 datas terá início em 1º de novembro em Roswell e seguirá para Denver, Spokane e Fresno antes de terminar em Flagstaff em 23 de novembro.


Fonte:Rockbrigade.com

Produtor de show passa a perna nos fãs do Helloween e os deixam no frio e na chuva

 

O Helloween está na estrada com a 40 Years Anniversary Tour, que é, como o nome já entrega, a celebração às suas quatro décadas de vida. A primeira apresentação desta tour aconteceu no dia 17 de outubro, no Rockhal em Esch-sur-Alzette, Luxemburgo.

Até então, a turnê estava indo bem, contudo, na noite de ontem, 25, em Zvolen, Eslováquia, os fãs foram desrespeitados pelo produtor local. De acordo com o grupo alemão, as portas da casa de show demoraram para serem abertas e os fãs ficaram na chuva e no vento. Além disso, não teve a área especial para quem pagou mais pelo ingresso.

Pelas redes sociais, Helloween lamentou o pouco caso do produtor da Eslováquia para com os fãs e enfatizou que o público merece mais respeito.

“Recebemos informações sobre os problemas ocorridos no show de ontem em Zvolen: atraso na abertura dos portões, fãs esperando do lado de fora no frio e na chuva, e a ausência da área Golden Circle [área especial mais próxima do palco], apesar de os ingressos terem sido vendidos.

Nós lamentamos muito por esses acontecimentos. Infelizmente, esses problemas eram de responsabilidade do promotor local, mas vamos acompanhar o caso e garantir que a situação seja investigada. Vocês merecem mais respeito. Obrigado pela paciência, lealdade e paixão, mesmo nessas condições difíceis”.

O septeto – Michael Kiske (vocal), Andi Deris (vocal), Kai Hansen (guitarra, vocal), Michael Weikath (guitarra), Sascha Gerstner (guitarra), Markus Grosskopf (baixo) e Daniel Löble (bateria) – vai continuar com a primeira perna europeia da 40 Years Anniversary Tour até o final de novembro.

O último show desta etapa vai ser na cidade de Stuttgart, Alemanha. E vale destacar que esta apresentação já está com todos os ingressos vendidos. Aliás, vários espetáculos desta turnê já estão com os bilhetes esgotados.


Fonte: Rockbizz.com.br

Billy Graziadei (Biohazard) toma tombaço e abre a cabeça durante show em Montreal: “Sangrei por vocês”

 

Rock n’ roll é uma profissão perigosa! Se não é pelas loucuras das bebidas e drogas, o risco pode estar no próprio palco. Vários artistas já caíram e se machucaram seriamente enquanto estavam se apresentando.

E quem veio engrossar a lista foi o baixista do Biohazard, Billy Graziadei. No show realizado nesse sábado, 25, no Théâtre Beanfield em Montreal, Quebec, Canadá, o artista tomou um tombaço e abriu a cabeça.

O grande susto foi durante a performance da segunda música da apresentação, Wrong Side Of The Tracks. Billy perdeu o equilíbrio e caiu para trás, batendo a cabeça no praticável da bateria. Ele foi rapidamente ajudado por dois roadies, tirou o moletom com capuz e continuou o show.

Depois do show, nas redes sociais, o músico falou sobre o incidente: “Obrigado, Montreal! Sangrei por vocês e dei tudo de mim no palco”.



Showzaço!

O Biohazard está na estrada promovendo seu novo disco Divided We Fall, que saiu no dia 17 de outubro pelo selo BLKIIBLK.

As gravações do álbum ocorreram no Shorefire Recording Studios em Long Branch, Nova Jérsei, e no The Hydeaway em Van Nuys, Califórnia. A engenharia de som ficou nas mãos de Joseph DeMaio e Matt Hyde. Já a produção do álbum ficou sob a tutela de Phil Caivano.

Track listing de Divided We Fall:

01. F**k The System
02. Forsaken
03. Eyes On Six
04. Death of Me
05. Word To The Wise
06. Fight To Be Free
07. War Inside Me
08. S.I.T.F.O.A.
09. Tear Down The Walls
10. I Will Overcome
11. Warriors


Fonte:Rockbiz.com.br

Helloween trará seu power metal puro sangue ao Brasil em setembro de 2026

 

O ano que vem promete ser um ano bastante agitado para os fãs de rock e metal do nosso país! A nona edição do Monsters Of Rock vai rolar em 04 de abril e o Megadeth virá em maio com a This Was Our Life Tour.

E tem mais boa nova! O Helloween trará seu power metal puro sangue ao Brasil em setembro de 2026 para agitar ainda mais a nossa cena cultural. A anúncio da vinda surgiu nos telões do Allianz Parque nesse último sábado, 25 de outubro, pouco antes do Guns N’ Roses fazer o seu show para milhares de fãs. Veja:

E o que se sabe dessa vindoura passagem pelo nosso país é que será em promoção a 40 Years Anniversary Tour e, ao mesmo tempo, uma forma de divulgação de Giants & Monsters, décimo sétimo registro de estúdio dos caras, que saiu no dia 29 de agosto pelo selo alemão Reigning Phoenix Music (RPM).

Portanto, sons antigos como March Of Time, Future World, Ride The Sky, I Want Out, Dr. Stein e Eagle Fly Free marcarão presença nos shows ao lado das novatas This Is Tokyo e Universe (Gravity For Hearts).


Fonte:RockBizz.com.br

Pär Sundström explica por que o Sabaton não fala sobre conflitos atuais em andamento

 

Durante uma entrevista recente concedida ao programa “Metal XS” da Riff X, o baixista Pär Sundström, do Sabaton, contou um pouco sobre por que a banda decidiu seguir firme com a ideia de fazer músicas apenas sobre temas ligados à história militar. Pär explicou o que os levou a mergulhar de cabeça nesse conceito que acabou virando a marca registrada do som da banda:

“Outros tipos de história não se encaixam tão bem no heavy metal. Quer dizer, antes de mais nada, somos uma banda de heavy metal. É por isso que nossos corações realmente ardem. E sentimos que precisávamos de algo que também fosse relevante para cantar. E escolhemos história militar. Não somos os primeiros a fazer isso. Uma das minhas bandas favoritas é o Iron Maiden, e eles fizeram isso muito antes de nós. E foi talvez em algum momento entre essas bandas que encontramos a ideia de fazer isso, e simplesmente funcionou e ficou conosco. E 25 anos depois, ainda estamos fazendo isso porque, infelizmente, o mundo sempre foi um lugar muito violento e continua sendo. Então, infelizmente, não vamos ficar sem temas para cantar.”

Pär Sundström também abordou o fato de que o Sabaton não escreve sobre conflitos que estão acontecendo no presente ao redor do mundo, e tem razão para isso. Ele explicou:

“Não, nós não faríamos isso, porque ainda escrevemos sobre história militar, não sobre conflitos militares, e qualquer coisa que esteja acontecendo e se desenrolando no momento seria muito carregada politicamente.  E gostamos de nos manter afastados da política.”

Sabaton lançou o seu 13° álbum de estúdio “Legends” no último dia 17 de outubro.



Fonte:Mundometalbr.com

Manowar: Joey DeMaio anuncia novidades sobre novo álbum de inéditas e regravação de clássico

 

Há cerca de dois anos, em 15 de outubro de 2023, o Manowar anunciou que além da chegada do seu décimo segundo álbum de estúdio (com previsão inicial para 2025, mas que não chegou até o momento), também aconteceria o lançamento da regravação do clássico “Sign Of The Hammer”.

Seria uma comemoração aos 40 anos do trabalho originalmente editado em 1984, mas novamente, a data precisou sofrer alterações.

O novo álbum, mesmo ainda não possuindo uma data específica de lançamento, segue recebendo atualizações de Joey DeMaio ao longo dos últimos anos. Mas, e quanto à regravação de “Sign Of The Hammer”?

Em entrevista ao Radiocast BG, em 2024 — também noticiada aqui — Joey confirmou que a regravação continuava nos planos do Manowar. Entretanto, desde então, não havia ocorrido nenhuma atualização oficial. Isso mudou no último dia 20 de outubro.

Nessa data, Joey DeMaio publicou, em seu site oficial, a seguinte declaração sobre o andamento do projeto:

“Manowarriors,

Acabamos de celebrar o aniversário de Sign Of The Hammer – um álbum que significou o mundo para nós e para vocês por mais de 40 anos.

Agora, deixem-me dar uma atualização sobre a regravação.

Nós anunciamos esse projeto há um tempo, e muitos de vocês têm perguntado: ‘Onde está?’

Pergunta justa. Vocês merecem uma resposta honesta. Aqui está:

Regravar um álbum tão querido é uma responsabilidade enorme. Essas músicas fazem parte da vida de vocês. São hinos que acompanharam vocês em momentos difíceis. Nós não tratamos isso com leveza.

Nós gravamos tudo.
Ouvimos.
E não ficamos satisfeitos.

O som ainda não estava lá — não tinha o poder arrasador que exigimos de nós mesmos, e que vocês merecem.

Então desmontamos os estúdios, testamos novas configurações de equipamento e regravamos tudo de novo. Mas ainda não era aquilo.

Depois, chegou o momento de preparar a turnê.

Poderíamos ter lançado às pressas? Poderíamos.
Mas isso não é quem nós somos.
Nunca comprometemos nossa música — e não será agora que vamos começar.

Tenham certeza:
A regravação de Sign Of The Hammer será lançada. E músicas novas também.

E, quando chegar, será mais agressiva, mais pesada e mais poderosa do que qualquer coisa que fizemos antes.

Obrigado pela paciência e lealdade.
Fiquem atentos!

Hail and Kill!

Com isso, fica confirmado que tanto a regravação comemorativa de “Sign Of The Hammer” quanto o aguardado novo álbum de estúdio seguem em desenvolvimento — e deverão finalmente ver a luz do dia em breve.


Fonte: Mundometalbr.com

 

A conexão do Mercyful Fate com o mito lovecraftiano de Cthulhu

 

A banda dinamarquesa Mercyful Fate sempre foi muito mais do que apenas Heavy Metal. Em meio aos riffs sombrios e aos vocais operísticos do vocalista King Diamond, há uma rica camada de referências ocultas e literárias que elevam o terror do grupo a outros patamares.

São muitos os assuntos abordados e boa parcela deles capazes de congelar a espinha dos fãs mais corajosos. De pactos com o “mochila de criança” à experiências fantasmagóricas imersivas, de possessões demoníacas, tramas sobrenaturais e passando por crimes brutais cometidos por “pessoas comuns”, o velho Mercyful Fate é inegavelmente um belíssimo exemplo de ousadia.

Um dos exemplos mais fascinantes está no álbum Time. A faixa The Mad Arab é um prato cheio para quem curte horror literário. Além disso, ela mergulha o ouvinte diretamente na mitologia do mestre máximo do horror cósmico, H.P.

A música é inspirada no infame Abdul Alhazred. A saber, o personagem foi criado por Lovecraft e seria o autor do temido livro fictício de magia e saber proibido: o Necronomicon.


O grimoire amaldiçoado

Supostamente, ele contém rituais, fórmulas, bem como conhecimentos ocultos sobre entidades cósmicas antigas — como Cthulhu, Yog-Sothoth e outros seres dos Mitos de CthulhuLovecraft o descreve como um grimoire amaldiçoado, temido por sua capacidade de enlouquecer ou destruir quem o lê.

Embora seja completamente inventado, o autor o tratava com tamanha verossimilhança — mencionando traduções, datas e edições falsas — que muitos leitores acreditaram que o Necronomicon realmente existia.


o incorporar Alhazred em suas letras, o Mercyful Fate fez mais do que apenas escrever uma canção pesada, mas reforçou seu status de verdadeiros contadores de histórias. A saber, a faixa “The Mad Arab” é só a primeira parte da história, já que a banda deu continuidade à saga com uma segunda composição intitulada “Kutulu (The Mad Arab Part Two)”, lançada no álbum seguinte, “Into the Unknown” (1996).

Entidade cósmica adormecida

Kutulu (ou Cthulhu, na grafia mais comum) é uma entidade cósmica criada por H.P. Lovecraft, aparecendo pela primeira vez no conto “The Call Of Cthulhu” (1928). Dessa forma, sua descrição é a de uma criatura colossal, com aparência híbrida de polvo, dragão e humano, coberta de tentáculos e asas membranosas.

Cthulhu está adormecido nas profundezas do oceano, na cidade submersa de R’lyeh, esperando o momento em que “as estrelas se alinharão” para despertar e retomar o domínio sobre a Terra. Mais do que um simples monstro, Cthulhu representa o terror cósmico lovecraftiano. É a própria ideia de que a humanidade é insignificante diante de forças antigas e incompreensíveis que habitam o universo.


Esta é certamente uma das provas definitivas que o Heavy Metal pode ser tão rico e assustador quanto a mais densa literatura de horror. Necronomicon e Heavy Metal? Essa mistura é imperdível.

Se você gostou deste tipo de matéria, comente os temas que você gostaria de ver abordados no site.


Fonte: Mundometalbr.com

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Soulfly divulga vídeo de "No Pain = No Power", faixa de seu novo disco



 O Soulfly divulgou seu novo disco de estúdio nesta sexta-feira (24 de outubro). Intitulado "Chama", o décimo terceiro trabalho de estúdio da banda liderada pelo guitarrista e vocalista brasileiro Max Cavalera tem 10 faixas e dá continuidade a "Totem" (2022).

"Chama" é um testemunho notável da afinidade natural do compositor brasileiro por riffs pesados e rítmicos que definiram seu som característico para ouvintes ao redor do mundo. Um verdadeiro retorno às origens espirituais do Soulfly que, de alguma forma, carrega uma vitalidade e modernidade contemporâneas. Algo que só poderia ser alcançado por um verdadeiro mestre do ofício, e Max nos impressionou mais uma vez.

Também nesta sexta-feira, o Soulfly divulgou o vídeo oficial de "No Pain = No Power". Esta faixa devastadora captura a banda em modo de batalha total-crua e intensa-com o poder de fogo convidado de Gabriel Franco (Unto Others), Ben Cook (No Warning) e a guitarra esmagadora de Dino Cazares (Fear Factory). É um hino desafiador: força forjada através da luta.


                                       

Max Cavalera declara: "Para mim, esta é a música e o vídeo de participação especial definitivos. Nikolas Motta, Biaggio, Dino, Igor A, Bootsie, Gabe e Ben fizeram disso uma obra-prima coletiva! Zyon levou este álbum e vídeo para o próximo nível. É a primeira vez que ele escreveu um roteiro e dirigiu um videoclipe. Misturar UFC e Metal esperançosamente inspirará uma nova geração de fãs! Chama!!".


Fonte: Whiplas.net


Guitarrista do SLAUGHTER TO PREVAIL nega ideologia nazi e admite que polêmicas são “culpa da própria banda”




Jack Simmons, guitarrista e cofundador do Slaughter To Prevail, falou abertamente sobre as acusações de que a banda teria ligações com ideologias nazistas. Em entrevista ao Ultimate Guitar, o músico afirmou que o grupo não tem qualquer envolvimento com pensamentos radicais e reconheceu que parte da polêmica vem de “erros do passado”.

O foco das críticas recai sobre o vocalista Alex Terrible, que por anos teve tatuado no braço o símbolo conhecido como Black Sun — imagem associada ao nazismo, mas também presente em tradições antigas de diferentes culturas. Simmons destacou que, na Europa Oriental e na Rússia, o desenho é visto sob outro contexto cultural e não como um emblema político. “Existem interpretações diferentes para esse tipo de símbolo dependendo de onde você está. O problema é que online tudo ganha outra proporção”, afirmou.

O guitarrista relatou um exemplo pessoal para ilustrar o que considera uma questão de perspectiva: “A avó da minha namorada, que mora na Ucrânia, tem tapetes com esse símbolo. Quando falei que era algo ligado ao nazismo, ela ficou ofendida e disse que, para ela, o desenho representa família e herança”.

Simmons admitiu que o grupo errou na forma como lidou com a própria imagem, mas negou qualquer intenção de propagar discursos extremistas. “Tomamos decisões ruins no passado, e é claro que isso teve consequências. Mas o que queremos é tocar, reunir pessoas e deixar a política fora disso”, disse.

Em setembro, Alex Terrible também se pronunciou sobre o tema no podcast Downbeat, explicando que fez a tatuagem quando frequentava círculos de direita interessados em simbolismo e esoterismo, sem ter consciência das conotações do desenho. O vocalista afirmou ter coberto o símbolo há anos e reconheceu que só mais tarde percebeu a gravidade da situação.

Terrible ainda comentou outras controvérsias, como o fato de ter aparecido com roupas da marca White Rex, ligada a um ativista de extrema-direita, e de ter posado para fotos usando um capacete da SS. Segundo ele, as escolhas foram imaturas e não refletem suas ideias atuais.

Slaughter To Prevail, que mistura músicos russos e americanos, lançou neste ano o álbum Grizzly, bem recebido nas paradas de rock e metal. O grupo segue em atividade, com turnê europeia marcada para o próximo ano e participação confirmada no festival Bloodstock Open Air, ao lado de Judas Priest e Lamb of God.


Fonte: Roadiecrew.com

O acidente de avião do Lynyrd Skynyrd e suas consequências

 

Músicos famosos já haviam morrido em acidentes de avião antes. Em 1959, perdemos três de uma vez: Buddy Holly, Ritchie Valens e the Big Bopper. Otis Redding, junto com quatro membros do Bar-Kays, havia caído em 1967, apenas três dias depois que o grande nome do soul gravou “$($Sittin’ on) The Dock of the Bay$”$. Em 1973, o avião do cantor e compositor Jim Croce atingiu uma árvore, matando ele e outras cinco pessoas.

Mesmo assim, os fãs de rock ficaram em choque quando souberam que dois membros chave do Lynyrd Skynyrd — Ronnie Van Zant e Steve Gaines — haviam morrido em um acidente de avião, junto com a backing vocal Cassie Gaines (irmã de Steve), após uma apresentação em Greenville, S.C., na noite de 20 de outubro de 1977. Também foram mortos o assistente do road manager da banda, o piloto e o co-piloto. De acordo com os relatórios da época, o Convair CV-300 fretado pela banda ficou sem combustível devido a um motor com defeito; uma tentativa de fazer um pouso de emergência falhou e o avião caiu em uma área florestal perto de Gillsburg, Miss.

Os outros membros da banda — Gary Rossington, Allen Collins, Leon Wilkeson, Billy Powell, Artimus Pyle e a backing vocal Leslie Hawkins — ficaram todos feridos em graus variados.

Assim como os outros citados no primeiro parágrafo, o Lynyrd Skynyrd estava no auge de sua popularidade quando a tragédia ocorreu. Apenas três dias antes, eles haviam lançado seu quinto álbum de estúdio, “Street Survivors”. Ele já estava sendo aclamado como um dos melhores trabalhos da banda até então, incluindo canções sólidas como “ThatSmell”, “What’sYourName” e “YouGotThatRight”.

Naquele momento, o Skynyrd havia sido uma força por apenas cerca de quatro anos. Embora Van Zant, Rossington e Collins estivessem tocando juntos em Jacksonville, Fla., desde 1964, sob vários nomes de bandas (tornando-se Lynyrd Skynyrd, em homenagem ao professor de ginástica do colégio Leonard Skinner, em 1969), não foi até 1972 que a fama começou a acenar. Naquele ano, eles foram descobertos pelo músico/produtor Al Kooper, que tinha visto a banda se apresentar em Atlanta e os contratou para seu próprio selo fonográfico, Sounds of the South. Com distribuição pela MCA Records, seu lançamento de estreia, “Lynyrd Skynyrd (pronounced leh-nerd skin-nerd)”, foi lançado em 1973 e alcançou um respeitável $#$27 na parada de álbuns da Billboard.

https://www.youtube.com/watch?v=QxIWDmmqZzY


Fonte:Rockbrigade.com.br

Novo material do Blind Guardian será mais melódico, diz Kürsch

 

O frontman do BLIND GUARDIAN, Hansi Kürsch, falou ao The Metal Voice do Canadá sobre os planos da banda para o sucessor do álbum “The God Machine”, de 2022. Depois que o co-anfitrião Jimmy Kay observou que o som e a abordagem geral de produção do BLIND GUARDIAN não podem ficar “muito maiores” do que foram em alguns dos trabalhos mais recentes do grupo, Hansi concordou. 

“Sim. Esse foi o meu sentimento depois de ‘[Twilight Orchestra:] Legacy of The Dark Lands’, e fiquei feliz quando seguimos em uma direção que tomamos com ‘The God Machine’, embora a composição básica não estivesse muito longe de ‘Beyond The Red Mirror’,” disse ele. “A maneira como a tratamos durante a produção e na mixagem a transformou em algo como um híbrido. É isso que eu quis dizer quando disse, bem, ‘The God Machine’ tem um pouco de referências do que fizemos no passado. Então… minha impressão é que não devemos avançar mais nesse caminho quando se trata de orquestração. Haverá composições clássicas, tenho quase certeza, no futuro, mas não levaremos tão longe quanto ‘Legacy Of The Dark Lands’, pelo menos não por um longo tempo. E, sim, você sabe quanto tempo levamos para produzir e realizar ‘Legacy Of The Dark Lands’. Então, duvido que haja algo assim, mas todos nós sentimos que é hora do material que te faz balançar a cabeça. Embora eu tenha que dizer que uma vez que estamos no estúdio, não temos tanto controle sobre onde a jornada está finalmente nos levando. Então, isso está aberto até certo ponto, mas a paixão por, eu diria, música descontraída está na banda. E fomos encorajados por isso também pela turnê que fizemos nos últimos, agora, quase três anos. Isso também nos enche de energia. E assim que terminamos toda essa turnê e voltamos à composição, geralmente há um pouco desse [mesmo tipo de] senso na nova composição. Então, estou bastante confiante de que será mais nessa direção.” 

Perguntado se o próximo álbum do BLIND GUARDIAN chegará algum tempo após a conclusão da turnê norte-americana da banda no outono de 2025, Hansi esclareceu: “Não haverá um álbum novo sendo lançado diretamente após a turnê, porque temos que compor o álbum. Aproveitaremos esse momento após a América do Norte e faremos a pausa que todos na banda estão procurando desesperadamente. Viajamos ao redor do mundo duas vezes, eu acho, e é hora agora de realmente manter nosso foco na composição e na vida familiar. Todos nós queremos essa privacidade de volta por um tempo — não por muito tempo, mas acho que nos deem um ano, talvez um ano e meio, e então vocês terão seu novo álbum. Como eu disse, acredito que está na tradição do que BLIND GUARDIAN representa e talvez tenha um pouco do estilo mais melódico e mais old school, mas não posso prometer. É apenas um sentimento.” 

Sobre uma possível data de lançamento para o próximo álbum do BLIND GUARDIAN, Hansi disse: “Será em 2027, eu diria. Nos deem 2026 para compor músicas. Buscamos a qualidade. Quer dizer, poderíamos tecnicamente fazer um álbum, incluindo produção, em nove meses. Fizemos isso nos estágios iniciais da banda, mas eu quero ter meu tempo, e os outros caras também. Então, nos deem o início de 2027 para talvez finalizar a produção e lançar o álbum, e então outra turnê, espero que no final de 2027.”

 Fonte: Rockbrigade.com.br

Entrevista: Chris Boltendahl fala do Grave Digger no Brasil

 

Não julgar o livro pela capa é um desafio nos dias de hoje, especialmente quando tantas delas são geradas por inteligência artificial — sinal de preguiça, descaso, pressa, falta de orçamento… ou un poco de cada.

A arte feita por IA acabou repercutindo mais do que o próprio conteúdo de “Bone Collector” (2024). Segundo o vocalista Chris Boltendahl, o 22º álbum de estúdio do Grave Digger marca um retorno às origens — a tempos pré-teclados — e também um afastamento dos arroubos conceituais e históricos que deixaram de ser novidade e vêm sendo exaustivamente copiados por grupos mais recentes.

Baratos que saem caro à parte, o disco é um dos motivos pelos quais os decanos do heavy metal alemão estão de malas prontas para mais uma turnê pelo Brasil, a décima terceira da carreira.

Reflexões sobre os primórdios que vêm sendo redescobertos pelos melômanos brasileiros à medida que a Rock Brigade Records relança preciosidades de catálogo em caprichadas edições, e sobre as motivações para seguir em frente — resumidas no “amor pelo metal” — também aparecem no bate-papo a seguir com um veterano que se recusa a ser visto como tal. Aos 63 anos, Boltendahl fala das bandas da juventude com o sorriso de quem finalmente conseguiu o tão aguardado novo LP do Judas Priest ou do Van Halen, após horas na fila em frente à loja de discos.

Rock Brigade: O Grave Digger retornará à América Latina em novembro para a turnê Latin America Celebrations, incluindo quatro shows no Brasil. Quais são suas expectativas para esta nova visita?

Chris Boltendahl: Como sempre, esperamos que muita gente vá aos shows, que nos divirtamos e que possamos fazer uma grande festa de heavy metal com o público local. Vamos tocar muitos clássicos dos anos 80 e 90 e duas ou três músicas novas do álbum mais recente. Nenhuma música da era Axel Ritt [guitarrista (2009-2023)] — então estamos em boa forma, acredite. Estamos com fome de jogo, e a banda está soando melhor do que há 20 anos.

Esta será a 13ª vez da banda no Brasil. O que torna o público brasileiro tão especial para o Grave Digger?

O público brasileiro é extremamente entusiasmado, selvagem, e vive o heavy metal com cada parte do corpo, sabe? Isso é algo que eu gosto muito. É um tipo de energia que também encontramos, mais ou menos, aqui no sul da Europa.

O itinerário inclui Brasília, Curitiba, São Paulo e Limeira. Os fãs podem esperar diferenças no setlist dependendo da cidade, ou será uma celebração unificada em todos os shows?

Não, não. O setlist será o mesmo em todas as cidades.

O que inspirou o título e o conceito por trás do álbum “Bone Collector”?

Na verdade, não há um conceito desta vez. Fizemos muitos álbuns conceituais no passado — de “Tunes of War” (1996) a “Symbol of Eternity” (2022), foram vários. Mas agora somos uma banda de heavy metal de quatro integrantes. Nunca tivemos teclados de verdade no palco, só ocasionalmente com o Reaper. E agora voltamos a ser uma banda pura de guitarras, baixo, bateria e vocais. Voltamos ao som característico do Grave Digger.

Quando começamos com o Axel e também no início com o Tobias Kersting [guitarrista], ainda usávamos alguns sons de teclado no MacBook, sabe? Mas eu acabei com isso, porque não precisamos mais. As músicas com teclado, quando tocadas sem teclado, soam muito melhor ao vivo. Portanto, com “Bone Collector”, voltamos às raízes do Grave Digger.

Como “Bone Collector” se conecta à tradição do Grave Digger de misturar história e temas sombrios nas letras?

Desta vez, temos apenas temas sombrios. Sem história. Há muitas bandas que agora estão copiando o que fizemos — por exemplo, os Templários. Se você ouvir o novo álbum do Sabaton, está cheio de referências aos Templários e tudo mais. Ei, nós fizemos essa porra em 1998 [com o álbum “Knights of the Cross”], sabe? Por que estão copiando algo que fizemos tantos anos atrás? Fizemos um álbum inteiro sobre os Templários! “Symbol of Eternity” também é sobre eles.

Mas enfim, não precisamos mais fazer discos conceituais. Estamos compondo músicas novas no momento, e elas também são bem diferentes desses trabalhos. Temos preferido temas sombrios e histórias de terror. 

De alguma forma você escreveu as letras inspirado pelo que está acontecendo no mundo hoje — guerras, matanças, a ascensão da extrema direita na Europa e nos Estados Unidos, e assim por diante?

Sim, com certeza. Porque, se você ligar a TV, não há outra coisa. Nos EUA, na Ucrânia, em Israel, em Gaza… É uma tragédia. Não chega a me inspirar diretamente, mas é impossível ignorar.

Costumo transformar esses temas em metáforas do heavy metal, ou transportá-los para outra era. Não somos uma banda política, mas lidamos com esses assuntos de forma indireta — transformo tudo isso em histórias e lhes dou uma abordagem diferente. 

A arte da capa de “Bone Collector” foi criada com o uso de inteligência artificial. O que levou vocês a escolher essa abordagem?

Foi engraçado, porque, quando li sobre isso, comecei a fazer alguns testes. Fiquei sentado aqui brincando: “Ah, nada mal… outra capa… nada mal…”. Passei dois dias inteiros criando capas do Grave Digger, uma atrás da outra — e cada uma ficava melhor que a anterior.

Depois de mais de 600 capas, surgiu aquela que usamos no fim. Eu disse: “É essa. Eu quero usar.” E, tudo bem, sou um cara velho, sabe? Tenho 63 anos, não estava pensando muito nas consequências. Achei que estava ótimo, aceitei — e aí veio o shitstorm [Risos.]

De qualquer forma, gosto da capa, porque ela representa muito bem a música. Mas já terminamos a arte do próximo álbum — e desta vez ela é pintada à mão novamente! 

Como você enxerga o papel da IA no processo criativo da música e na identidade visual das bandas?

Acho que não dá mais para parar, sabe? Tobias e eu, quando compomos, não usamos IA para ter ideias nem nada assim. Mas imagino que muitos jovens usem.

Nós temos o privilégio de sermos caras criativos de outra geração. Já vimos e ouvimos tantas bandas de heavy metal que temos um grande banco de dados na cabeça para criar novas músicas. Mas, para os mais jovens, isso pode ser mais difícil — talvez por isso recorram à IA.

O problema é que, se todo mundo usar IA, daqui a dez anos tudo vai soar igual, sabe? 

Quando se trata de compor um novo álbum do Grave Digger, é uma questão de dar aos fãs o que eles esperam ouvir?

Não. Primeiro, escrevemos a música que gostamos, sabe? E, em segundo lugar, pensamos no que achamos que os fãs vão adorar. Mas, antes de tudo, fazemos algo por nós. Às vezes dizemos uns aos outros: “Ei, vamos…”, tipo: “Vamos escrever uma música como ‘Kill the King’, mas no estilo Grave Digger”, sabe?

Também temos nossos ídolos e nossas referências, como Deep Purple, Rainbow e Black Sabbath — bandas que crescemos ouvindo. Usamos essas influências na nossa música, entende? Então não precisamos de IA pra isso. Já temos muitos dados guardados na cabeça. 

Alguns fãs da cena metal têm sentimentos mistos sobre arte gerada por IA. Como você responde àqueles que acreditam que as capas de álbuns devem sempre ser feitas por artistas humanos?

Eu sei que muitos artistas humanos também usam IA, sabe? Mas, no nosso caso, sei que os artistas não usaram. Mesmo assim, a capa parece diferente — é muito dinâmica, com cores lindas, e totalmente distinta da anterior. Acho que as pessoas vão perceber que não é uma capa feita por IA.

Aliás, há ferramentas que detectam isso: você pode colocar a imagem lá e o sistema indica rapidamente se é arte feita por IA ou não. E, no nosso caso, é impossível — é 0% IA, sabe?

Esta turnê também celebra os 45 anos do Grave Digger. Olhando pra trás, de quais momentos da carreira da banda você mais se orgulha?

Acho que o 25º aniversário, quando gravamos o “25 to Live” (2005) em São Paulo. Foi um evento incrível. Também me lembro do início, nos anos 80 — 81, 82 — quando fazíamos pequenos shows para quinze pessoas. Eu tocava guitarra, tinha uma bem barata e cheguei a queimá-la no palco, como o Jimi Hendrix! [Risos.]

Aconteceram muitas coisas engraçadas na minha carreira. E este ano também celebramos o 45º aniversário com uma apresentação no Wacken, quando meu filho subiu ao palco conosco, assim como o Uwe Lulis, para tocar duas músicas. Foi ótimo. São essas pequenas coisas da vida que tornam tudo tão especial, sabe? 

O que você acha que foi a chave para o Grave Digger permanecer forte e relevante por quase cinco décadas de heavy metal?

Nós amamos heavy metal. É uma resposta simples, mas verdadeira. Acreditamos no heavy metal. Acho que o metal pode curar muita coisa. Fazer música e ser criativo mantém você jovem. Não há mágica especial por trás disso. O heavy metal é a mágica. E isso é incrível. 

Você tem sido a voz e o rosto do Grave Digger desde o início. Como sua relação com a música e com os fãs evoluiu ao longo desses 45 anos?

A relação com os fãs é mais ou menos a mesma. O que mudou foi o espírito da época. Quando eu era garoto, ia à loja de discos e ficava esperando na fila até chegar o novo álbum do Judas Priest, do Van Halen ou de quem fosse. Colocar o vinil no toca-discos era como tocar o Santo Graal.

Naquele tempo, a música era mais parte da cultura. Hoje, com o streaming, é mais como o McDonald’s — algo rápido, passageiro. Você pode ouvir tudo no Spotify, mas a magia por trás da música se perdeu um pouco, sabe?

Mesmo assim, acho que a cena do heavy metal continua diferente. Os fãs de metal ainda são dedicados aos seus ídolos e bandas, muito mais do que em outros gêneros como rap ou pop. Isso é algo de que nos orgulhamos.

https://www.youtube.com/watch?v=WVLf0Te2qqo


fonte: Rockbtigade.com.bt