
O Testament lançará na próxima sexta feira, dia 10 de outubro, seu décimo terceiro álbum de estúdio intitulado “Para Bellum”. O disco chegará às lojas e plataformas de streaming através do selo Nuclear Blast Records, bem como conterá 10 músicas inéditas distribuídas em pouco mais de 50 minutos de audição.
Durante o processo de composição do registro, muito se falou sobre o mesmo apresentar músicas diferentes do habitual. Agora, perto do lançamento, o vocalista Chucky Billy comentou sobre duas composições realmente distintas, mas que na opinião dele servem para abrilhantar e trazer novas camadas ao trabalho.
Ele mencionou em entrevista ao site Bravewords que o disco possui muita variação musical e, especialmente, vocal. Chuck disse o seguinte:
“Definitivamente é algo que elevamos um pouco mais acima do padrão do Testament, que continuamos a fazer em cada disco, porque todos são muito diferentes. O Eric (Peterson, guitarrista) e o Chris (Dovas, baterista) trabalharam muito duro, dedicaram muito tempo a este álbum. O Eric é realmente exigente quando se trata de bateristas, em relação às batidas típicas do Testament e aos ataques de pratos, tocando a bateria exatamente junto com o riff. Ele e o Chris trabalharam muito bem juntos! Eles criaram coisas realmente ótimas, diferentes, com uma nova sensação. Foi, na verdade, um desafio para mim vocalmente, porque é algo tão diferente.”
Sobre duas composições específicas, “Meant To Be” e “Nature Of The Beast”, o vocalista menciona serem duas das mais ousadas dos últimos tempos. Esta primeira, uma balada, algo que há bastante tempo o Testament não trazia em seus discos, apesar de faixas como “Return To Serenity” e “The Legacy” serem queridinhas dos fãs.
Questionado sobre a faixa ter uma vibração parecida com a de “Return To Serenity”, Chuck concorda:
“Sim, definitivamente tem essa vibração, e quando eu ouvi pela primeira vez, foi isso que me chamou a atenção. No começo, o Eric (Peterson, guitarrista) e o Alex (Skolnick, guitarrista) se reuniram em Nova York, na casa do Alex, e eles não quiseram me mostrar a música quando voltaram. Eu perguntei: ‘E aí, como foi?’ E o Eric disse: ‘Temos umas coisas boas. Estamos trabalhando em uma parte que ainda não estou pronto pra te mostrar, mas vai ser épica.’ Essa foi a única definição que ele me deu. É uma palavra bem grande, “épica”. Então, quando eu ouvi, pensei: ‘Caramba! Cara, isso tem tipo oito minutos!’ Mas ainda não tinha os solos. Eu não fazia ideia de onde os solos ou os vocais entrariam. Quando finalmente descobri as partes vocais, senti que não precisava de mais vocais naquela longa seção de solo. O Alex fez um ótimo trabalho nos solos dessa música.”
A faixa possui orquestrações de verdade, portanto, nada de Inteligência Artificial ou truques de estúdio:
“Bem, nós sabíamos, quando ouvimos a música, que ela era muito emocional, que talvez precisasse de algo a mais. No começo, pensamos: talvez uma peça orquestrada? Talvez seja demais. Que tal um quarteto de cordas? É, talvez isso. Aí o Alex disse: ‘Deixa eu entrar em contato com alguém.’ Ele voltou dizendo que a pessoa estava muito animada para trabalhar nisso. Nenhum de nós ouviu o que ele estava fazendo até recebermos as mixagens, porque estávamos apenas gravando as faixas enquanto o cara mixava o disco. Eu realmente não percebi aquilo nas mixagens. Mas, quando finalmente tudo se juntou e ouvi as primeiras mixagens com essa parte incluída, eu fiquei tipo: ‘Uau! Ele fez um trabalho incrível em transmitir emoção e dobrar as notas dentro do que estava fazendo.’ Essa adição acrescenta muito à música. Dá a ela aquele clima sonhador e balançado. É definitivamente algo diferente, mas, ao mesmo tempo, algo apropriado para a canção.”
“Nature Of The Beast” é a outra que inclusive se destaca por ser uma música não muito ortodoxa. Chuck Billy foi questionado se é apenas impressão ou se essa canção realmente tem um direcionamento mais voltado para o Rock tradicional. Ele concordou:
“Sim, muita coisa me lembrou o Thin Lizzy dos anos 70, especialmente com aquelas guitarras duelando. De novo, abordando músicas assim, vocal e liricamente, elas tinham aquele clima de rock mesmo. Algumas pessoas disseram que lembra uma música do Motörhead, por causa de como começa com aquelas guitarras com flanger. Consigo ver isso. Uma sensação diferente, mas é exatamente isso que dá ao disco uma variedade de sabores.”
A letra gira em torno de jogos de azar e, sobre isso, o frontman se recordou de uma outra música:
“Sim, nós escrevemos uma música chamada ‘Black Jack’ alguns anos atrás (no álbum Brotherhood Of The Snake, de 2016), era mais ou menos a mesma ideia. Mas essa era um pouco diferente, principalmente por causa do refrão, do jeito que a música balança. Foi pensada pra ser algo simples — ir a Las Vegas apostar, não dá pra ser mais simples do que isso.”
O Testament já liberou duas músicas como singles, “Infanticide I.A.” e “Shadow People”:
fonte. mundometalbr.com
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